quarta-feira, 6 de julho de 2016

What happened in Vegas... Didn't stayed in Vegas - 27º capítulo - Interativa










No one else's arms can lift... Lift me up so high

Quando você está com aquele
Que estava destinado a encontrar
Tudo se encaixa
Todas as estrelas se alinham
Quando você é tocado pela nuvem
Que tocou a sua alma
Não deixe escapar

(Demi Lovato - Heart by heart)



Na manhã do dia 26 de agosto, eu acordei e me sentia estranha. Parecia que estava fora do meu corpo e fazia as coisas automaticamente. Quase não consegui comer e, se pus alguma coisa no estômago, foi por pura insistência das meninas.

Durante toda a tarde, enquanto eu me arrumava (E era arrumada), realmente parecia que estava em outro mundo, com a cabeça vazia e me sentindo uma espécie de espectadora de todo aquele... Circo. Quer dizer, eu ainda não conseguia me acostumar à ideia daquele casamento ostensivo. Por mim, podia ser uma cerimônia simples, só com as pessoas mais próximas, mais aconchegante e poderia ter comprado só a comida mesmo.

E foi justamente enquanto estava observando meu próprio reflexo no espelho, com as meninas terminando de arrumar o vestido e o véu que eu podia prever como seria minha vida dali para a frente: Por mais que o fosse um porto seguro, não digo só financeiramente, uma vez que eu tinha certeza que ele não me deixaria desamparada com um filho nos braços, mas em termos de emocional também, apesar de tudo. Eu gostava do , verdade fosse dita. E não era pouco. Mas eu nunca tinha sentido nem um terço do que eu sentia quando estava com o . Quer dizer, o era um cara incrível, mas... Se ele me lançasse um olhar diferente, era como se nada de diferente acontecesse. Enquanto que com o ... Bastava um único olhar, mesmo um comum, era o suficiente para que eu saísse do meu próprio eixo.

Mas, como eu estava indo por um caminho sem volta, ia ter de esperar passar o tempo e, com a convivência, gostar do do jeito que deveria. Não ia ser uma tarefa fácil, graças à vida que eu teria dali para a frente e que não tinha nada a ver comigo, mas ia dar um jeito; Era necessário.

Quando a Lola saiu do quarto onde estávamos, a Di me encarou fixamente através do reflexo e disse:

- Eu não vou fazer o mesmo discurso de sempre porque você vai continuar teimando até o final. E por saber que, a partir do momento em que você se casar com o , as coisas vão mudar... - Abri a boca para retrucar, mas ela não deixou: - Eu só posso te desejar que você seja feliz. Mas muito, muito mesmo.

Não me controlei e a abracei apertado. Antes de nos separarmos, porém, ela falou:

- Ah... Não vamos chorar senão vai ser o fim das maquiagens e já está em cima da hora!

Rindo, a liberei do abraço e vi que ela já estava começando a chorar. Coisa rara, porém...

Logo, o cerimonialista veio nos apressar e as meninas me seguiram até a escadaria que ia nos levar ao local da festa.

Uma vez lá, respirei fundo enquanto as meninas se preparavam. E foi só quando comecei a ouvir a música clássica escolhida para tocar no momento em que eu entrasse é que a sensação estranha de não estar ali voltou e com força.

Depois que as meninas entraram, foi a minha vez. E eu sentia um torpor absurdo ao caminhar pelo longo tapete vermelho estendido até o altar. Sentia o olhar de todos na minha direção, ouvia os comentários sobre a minha aparência, independente se eram positivos ou negativos, mas realmente não os ouvia. Parecia que eu era um robô caminhando na direção do e do juiz e eu sequer me dava ao trabalho de forçar um sorriso. O caminho até aquele que seria meu marido até um de nós morrer parecia cada vez mais longo e, quando dei por mim, já estava parada ao seu lado. Ele sorria satisfeito, como se estivesse numa propaganda de pasta de dentes ao mesmo tempo em que ganhasse na loteria. O juiz começou com seu discurso, falando principalmente sobre quando duas pessoas destinadas a ficarem juntas. Foi quando eu comecei a acordar. E começou a enxurrada de lembranças e memórias de tudo aquilo que eu havia passado com o , desde o flagra na banheira em Las Vegas até a briga besta quando eu descobri sobre a sabotagem.

- ... Aceita essa mulher como sua legítima esposa, prometendo amá-la e respeitá-la até o último dos seus dias?

Mantive meu olhar baixo o tempo inteiro e me desliguei dali por um instante. Fui trazida de volta à realidade forçada ao ouvir exclamações de surpresa. Pisquei várias vezes e, quando olhei para a Nadine e a Lola, as duas estavam com expressões iguais de choque e descrença. A Di percebeu meu olhar na sua direção e fez um gesto discreto de negação.

- Eu não aceito me casar com a porque seria injusto. A começar pelo fato de que não a respeito.

Olhei para o chocada e eu juro que consegui ouvir um barulho distante de um grilo.

- Como você não me respeita? - Perguntei e o se levantou, me pedindo para segui-lo. Conseguiu me convencer e fui com ele até a casa. Assim que fechou a porta do antigo escritório, respondeu:

- Eu te obriguei a, esse tempo todo, ficar comigo por puro egoísmo. Apesar de achar que ia dar certo entre a gente, já que somos amigos e a gente sempre se deu muito bem, dentro e fora da cama, ainda sim... Eu não ia te fazer cem por cento feliz. E é por isso que eu estou, sutilmente... Ou talvez nem tanto, terminando tudo com você. Eu prefiro fazer isso e ainda ter chance de continuar sendo seu amigo do que insistir no casamento e daqui a... Dez anos ou até menos, a gente brigar todo santo dia e eu me arrepender por ter te privado da vida que você merece e quer de verdade.

Eu respirei fundo e ele disse:

- Vai atrás dele. Teve uma segunda chance e não vou te deixar desperdiça-la.

Tentei controlar as lágrimas, mas não consegui.

- Se eu fosse você, correria, já que Heathrow fica um pouco longe daqui. Não se preocupe quanto ao casamento. Eu dou um jeito.

- Dá sim. Tenta com a Seren. Afinal de contas... Não vai ser um total desperdício de dinheiro, comida e tempo. - Respondi, antes de abraça-lo. - E eu sei que vocês dois estão que não se aguentam mais ficarem longe um do outro... E eu fico feliz por ter sido ela, que é uma garota incrível.

Ele sorriu e nos abraçamos, ao mesmo tempo, apertado e, assim que saí da sala, encontrei o pessoal.

- O que foi?- A Nadine se apressou.

- A gente tem um avião para segurar no solo. - Falei, indo na direção do estaciona-mento. Ao chegar, porém, assobiei para os valetes, que foram buscar os carros. De repente, a ) apareceu na minha frente e perguntou:

- O que está acontecendo? Onde você vai, ?

Sem dizer nada, fui até ela e a abracei, falando:

- Eu espero de verdade que você não me odeie. Eu amo o , mas... Não o suficiente para fazê-lo feliz como homem. E boa sorte com a sua... Bom, desejo, sua futura nora. É uma garota excelente, confie em mim.

E dei um beijo no seu rosto. Ela ia falar alguma coisa quando a Di me chamou. Entrei no carro, olhando por cima do ombro rapidamente a tempo de ver a ) em estado de choque. Durante o caminho para Heathrow, traçávamos o plano: Quem chegasse primeiro ao aeroporto, iria atrás do e o seguraria até que eu chegasse. Se ele já estivesse dentro do avião, daríamos um jeito de tirá-lo de lá.

Cerca de uma hora e quinze depois, estávamos chegando no aeroporto e, enquanto o ia estacionar, a Di e eu descemos primeiro e fomos correndo pelo saguão, atraindo os olhares de todo mundo. Ignorei todos e fui correndo até o balcão de informações e, ofegante, perguntei para o atendente, que me observava com uma surpresa extrema:

- O voo para Los Angeles já decolou?

- Os passageiros ainda estão embarcando.

- Qual é o portão, por gentileza?

Me informou e lá fui eu correndo e tentando segurar aquela porcaria de vestido para não me atrapalhar. A Di estava bem atrás de mim e, quando finalmente chegamos, vi dois funcionários fechando o portão. Senti um bolo se formar na minha garganta e crescer cada vez mais e eu só ouvia a Di reclamando com o segurança, sem sucesso. No final das contas, falei com ela:

- Deixa para lá. Não era para ser...

- Vai jogar a toalha assim?- Perguntou. - Honestamente eu esperava mais de você, .

- E o que você quer que eu faça? Me atire em plena pista de decolagem para o avião passar em cima de mim? - Retruquei. - Anda, vamos embora.

Vendo que não ia ter jeito, foi andando comigo até a saída e, assim que conseguimos encontrar os outros, não consegui segurar o choro e, de repente, fui abraçada por todo mundo.

- Se quiser... Dá para ir para Los Angeles... - A Lola falou, quando o abraço coletivo terminou. Neguei com a cabeça e respondi:

- É tarde demais...

De repente, a Lola tirou o celular da bolsa e mexeu, lendo em voz alta:

- Faça uma boa viagem e por favor, não me decepcione. E vá até o setor de voos particulares. .

Ergui o olhar para ela, sem entender e a Nadine falou:

- Eu acho que não é tarde demais...

- Mas eu não trouxe nada. Nem meu celular! - Respondi.

- Então... Vamos logo de uma vez antes que fique tarde. - Ela retrucou, me puxando pelo pulso. A Lola puxou o outro e as duas me guiaram até o bendito do setor. Durante o caminho, as duas me explicaram que o já tinha dado um jeito de mandar as minhas coisas na frente e então, quando vi o jatinho particular, não me surpreendi.

- Na primeira brecha, manda uma mensagem, avisando se deu certo ou não. Só isso. - A Lola pediu e sorri fraco. Em seguida, elas me abraçaram ao mesmo tempo e, quando eu vi a ruiva chorando, chamei sua atenção:

- Oi! Eu tenho uma reputação de insensível para manter! Para de me fazer chorar, sua gengibre sem-vergonha!

Ela riu e me despedi de cada um. Assim que encontrei o piloto, ele me cumprimentou, ignorando totalmente o fato de que eu ainda estava usando o vestido de noiva e, logo, ocupei uma das poucas (Mas confortáveis) poltronas dali. Em seguida, a comissária de bordo veio me oferecer alguma coisa que eu educadamente recusei. Com cerca de meia hora de voo, eu decidi tirar aquele vestido e trocar por outro, mas mais casual e menos incômodo.



- Senhores passageiros, informamos que vamos iniciar os procedimentos de descida ao Aeroporto Internacional de Los Angeles. Por favor, mantenham os cintos afivelados. - A voz do comandante ecoou por todo o avião. Depois de mais de doze horas de voo... Eu estava de volta à Los Angeles. Só consegui dormir (E até descansar um pouco) graças à um remédio contra insônia. Foi bom porque, principalmente, eu não ia conseguir pensar na , que à uma hora daquelas, devia estar em lua-de-mel com o .

Logo que o avião aterrissou, esperei diminuir o fluxo dos passageiros desembarcando para poder sair também e, assim que peguei as malas, fui na direção da saída. Não demorei a encontrar o motorista que o J.J. tinha mandado para me buscar e foi eficiente quando rapidamente pôs a minha bagagem na mala do carro enquanto eu me sentava no banco de trás.

Depois de cerca de quarenta minutos, eu estava em casa. O J.J. me vendeu a propriedade de volta e ainda me fez o favor de deixa-la impecável. Deixei as coisas na entrada enquanto observava o motorista ir embora. Respirei fundo antes de subir as escadas, indo na direção do meu quarto. Nem bem tinha aberto a porta e ouvi um barulho vindo do banheiro. O mais bizarro era a sensação de déjà-vu que tive. Peguei a primeira coisa pesada que encontrei (E mantive o celular firme em minha mão, pronto para ligar para a polícia) e empurrei a porta entreaberta. Não sei como não soltei as duas coisas ao ver que a sensação não era à toa. Assim que me viu, apoiou os braços sobre a borda e, sobre eles, descansou o queixo. A posição era a mesma que a da primeira vez, com as pernas descansando, também para fora da água e cruzadas. A diferença era a que, agora, os cabelos estavam presos em um coque mais folgado.

- De novo teve um engano. - Falou. - Mas não foi do hotel e sim meu. Eu reconheço que fui burra, teimosa e até mesmo orgulhosa. E tenho que parar de me deixar levar pela raiva. Você tinha razão. Eu realmente não deveria ter dado tanta importância para uma coisa tão... Enfim. Não era tão séria assim.

Balancei a cabeça lentamente.

- Eu... Queria saber uma coisa. - Comecei. Me encarou com expectativa e continuei: - O fato de você estar sem roupa na minha banheira é algum tipo de incentivo para que eu te perdoe?

- Ah não... - Respondeu. Começou a se mexer e, quando vi, ela se levantou. Se enrolou numa toalha e veio andando lentamente até onde eu estava e parou a poucos centímetros de distância de mim. - Estou sem roupa na sua banheira porque eu sempre tomo banho pelada. E estava precisando de... Relaxar - Tinha erguido a mão até a fivela do meu cinto. - um pouco. Afinal, para conseguir chegar aqui antes de você foi um tanto quanto... Exaustivo.

- ... - Falei, tentando me controlar. De repente, me ocorreu uma coisa que, apesar de tudo, me ajudou e muito a não perder o juízo completamente. - E... O que o seu marido achou de você estar aqui?

- Eu estou solteira. Definitivamente. E se estou aqui é justamente por ajuda do . Foi ele quem me arranjou o jatinho particular. Mas eu vim aqui porque preciso me desculpar por tudo que te fiz. Reconheço que fui uma idiota completa durante todo esse tempo e é um dos meus maiores arrependimentos. Não vou exigir que você volte comigo. Só...

Antes mesmo que ela pudesse concluir a frase, eu reagi.



Ele estava me beijando. Como se a vida dele dependesse daquilo. E eu correspondi à altura. Sem perder muito mais tempo, logo deu um jeito de irmos para o quarto. Já ia me fazer deitar na sua cama quando o interrompi e, mesmo sem separar as bocas, falei:

- A toalha!

- O que tem?

- Está molhada. Me deixa tirar, pelo menos.

E obviamente, ele foi mais rápido. Em seguida, o segurava minha cintura e a outra mão estava com os dedos entrelaçados nos meus cabelos e puxava, com delicadeza, meu rosto na direção do seu. Logo, começou a fazer com que eu me deitasse na cama e ele ficou por cima. Na mesma hora, segurei a barra da sua camiseta e comecei a puxá-la para cima e só interrompemos o beijo para passar a peça de roupa pela sua cabeça. Logo em seguida, voltou a se aproximar, mas do meu pescoço. Não deixou qualquer mínimo pedacinho de pele passar intocado pelos seus lábios e, como sempre, ao tocar o ponto crítico perto da minha orelha, eu não consegui me segurar e gemi. Por mais que não gostasse muito da sensação áspera da barba, ainda sim, em horas como aquela, não me importava tanto assim; Até gostava, para falar a verdade. Não tinha me dado conta de que estava mordendo o lábio até que ele falou, em tom de aviso:

- Não faz isso que eu fico com vontade.

Soltei o lábio, dando um meio sorriso e o provoquei:

- Mata a vontade então...

Se aproximou e mordeu o meu lábio. Senti uma das suas mãos percorrendo a minha perna e fazendo com que envolvesse seu quadril. Por causa da proximidade, pude sentir o quanto ele estava excitado e foi o que me deu mais vontade para provoca-lo. E foi o que eu fiz: Como deu, rebolei um pouco e, mesmo por entre o beijo, o ouvi gemer. Imediatamente, senti uma das suas mãos indo até a minha bunda e a apertou com vontade. Não consegui aguentar e logo dei um jeito de tirar o resto das suas roupas. Uma vez livre delas, deixou de me beijar na boca e recomeçou a partir de onde tinha parado no meu pescoço. Foi descendo até chegar ao colo e, em seguida, até o busto. Tomou um dos meus seios em uma das mãos enquanto cobria o outro com a boca. Deixava a ponta da língua rodear o bico e também o sugava. À medida que ia ficando cada vez mais excitada e sentia uma sensação boa ia começando, arqueei as costas.

Algum tempo depois, passou a beijar a minha barriga e, quando estava cada vez mais próximo do baixo-ventre, tive o impulso de fechar as pernas, na esperança que pudesse me segurar um pouco, mas não teve como. Quando achei que ele fosse continuar, fui surpreendida assim que começou a ir na direção da minha coxa. Vez ou outra, ameaçava subir, mas ao invés disso, preferiu me provocar, continuando a beijar a parte interna. Quando eu estava quase pedindo para que ele parasse de ficar enrolando, fui pega de surpresa ao sentir um dos seus dedos deslizando sem pressa para dentro de mim; Há algum tempo eu tinha desistido de tentar controlar os meus gemidos e, por isso, simplesmente me deixei levar por tudo aquilo que ele me fazia sentir. Porém, me agarrei aos lençóis assim que, não contente, ele deslizou outro dedo e começou a aumentar a velocidade com que me masturbava. E, como se não fosse suficiente eu quase não aguentar mais... Alguns poucos minutos depois que ele tinha penetrado o segundo dedo em mim, se aproveitou que fechei os olhos para me surpreender de novo, desta vez com a língua. Por reflexo, mordi o lábio e não tinha me dado conta do quanto de força que estava usando até sentir o gosto de sangue. Imediatamente, soltei o lábio e abri os olhos, não conseguindo esconder o susto. E obviamente, o percebeu.

- O que foi? - Quis saber.

- Nada. - Resmunguei. Na mesma hora, tirou os dedos e grunhi.

- Me conta senão eu paro com tudo. - Ameaçou, se sentando na cama. - E aí você vai ficar só na vontade.

Arqueei a sobrancelha e o provoquei:

- Quem disse?

De início não tinha entendido. Mas, assim que me viu apoiando as minhas mãos sobre a minha barriga, sua expressão mudou.

- Você não vai fazer isso... - Disse e ergui o queixo, levando uma das mãos direta-mente para o meu sexo. Afastei mais as pernas e comecei a me tocar, sempre mantendo o olhar fixo no seu, que como sempre, parecia me queimar. Ainda mais agora, que eu o desafiava tão descaradamente.

- Sempre que eu estava sozinha em casa... - Comecei a dizer. - Fosse em uma noite de folga, fosse numa das noites em que o bar não abria...

Deixei um dos meus dedos começar a brincar com o meu clitóris.

- O que você fazia?

- Eu tirava cada peça de roupa, deitava na minha cama, ficando nessa posição e... Imaginava que não era a minha mão me tocando.

- E... Era de quem?

- A sua.

Naquele instante, logo comecei a sentir o prazer aumentando cada vez mais e, uma vez que atingi o clímax, fechei os olhos e passei a respirar pela boca. Ainda estava me recuperando quando percebi que o estava se aproximando e, depois de ficar por cima de mim, fez com que eu enroscasse as pernas no seu quadril e em seguida, senti que estava me penetrando e se movia com certa ansiedade. Quase na mesma hora, começou a me beijar e era daquele jeito mais... Intenso e sensual. Não consegui resistir e deixei as minhas unhas arranharem suas costas, mas bem de leve e, assim que minhas mãos alcançaram a sua bunda, não me controlei e a apertei. Em resposta, ele mordeu e sugou o meu lábio.

Começou a investir com mais rapidez e até deu um jeito de ir mais profundamente também e não demorou muito mais tempo para que ficasse impossível de continuar com o beijo. Então, o jeito foi ficarmos só com os rostos próximos um do outro. Mas em alguns momentos, era irresistível e eu acabava roubando alguns beijos rápidos.

Talvez por estar se segurando há mais tempo que eu, ele não demorou muito a chegar ao seu limite. Mas nem por isso, cumpriu com a ameaça de me deixar com vontade; Não parou de investir até que eu também atingisse o clímax.

Eu ainda estava naquele estado de languidez quando o se deitou ao meu lado. Em seguida, me puxou para mais perto e fez com que eu me deitasse sobre o seu peito. Na mesma hora, começou a acariciar as minhas costas e aquilo estava tão bom que eu estava quase dormindo. E foi o que eu fiz depois de pouquíssimo tempo. Não consegui resisti e dormi do jeito que eu estava.

No dia seguinte, quando acordei, estranhei o quarto. Olhei ao redor e, quando ouvi o som do chuveiro, seguido da voz do , caiu a ficha. Eu sorri com a lembrança de toda a loucura que tinha acontecido há cerca de vinte e quatro horas. Se eu tivesse seguido com o plano original, à uma hora daquelas eu tinha casado com o . Provavelmente estaria acordando em uma suíte luxuosa de hotel em Santorini, com todo aquele mar da cor de safira. Mas não. Não era aquilo que eu tinha feito e honestamente? Só tinha um arrependimento: O de ter demorado tanto para vir para Los Angeles. Mas... Só para ter certeza de que aquilo não era um sonho, me levantei e, pelo sim, pelo não, eu peguei uma das camisas do e a vesti. Em seguida, fui até a varanda e fiquei observando a vista que tinha da cidade.

- Sabia que eu acho que essa camisa fica melhor em você do que em mim? - Ele perguntou, passando um braço em torno da minha cintura e me assustando. - Desculpa.

- Tudo bem. E já que a camisa fica melhor em mim... Perdeu, playboy.

Ele riu e beijou o meu pescoço.

- No que estava pensando?

- Na loucura que eu fiz. - Respondi. - De embarcar em um jato, e vir até aqui só por sua causa.

- Eu fiz pior por sua causa... Não se esqueça que vendi a casa. Larguei tudo o que tinha aqui.

- E no final... Deu certo.

- Eu sei. Ah! E não pensa que eu vou te deixar escapar assim, tão facilmente, uma terceira vez, viu?

Rindo, concordei e, como deu, beijei o seu rosto.

- Ah! Quase esqueci. Tenho que avisar as meninas. - Falei, me lembrando de repente. - Elas querem saber se tudo deu certo ou não.

- Liga depois. Hoje... Você é minha.

- Só hoje? - Perguntei, o provocando. - Achei que essa história de sair correndo de Londres só por sua causa fosse ter um resultado mais... Duradouro. Tipo... Pelo menos um ano.

- É... Mas eu estou pensando mais no aqui e agora. E eu quero você.

Na mesma hora entendi o que ele quis dizer com aquilo.

Bem mais tarde, estávamos os dois sentados lado a lado na sala, cada um comendo uma fatia de pizza e vendo Kitchen nightmares. De repente, senti o olhar do na minha direção e, quando eu me virei para olhá-lo, perguntei:

- O que foi?

- Você está sofrendo tanto quanto os donos de restaurante...

Ri fraco e confessei:

- É porque eu não acho que aceitaria bem um Gordon Ramsay sendo grosseiro. Tudo bem que precisa de um choque de realidade, mas...

Depois que o programa acabou, o desligou a TV e me observou.

- O que foi? - Perguntei.

- Ainda não caiu a ficha de que você é finalmente minha, sem prazos e nem ninguém para atrapalhar.

Dei um sorriso fraco e perguntei:

- Sinceramente? Não caiu para mim também.

- Acabou que eu nem tive a chance de te perguntar uma coisa.

- O quê?

- São várias coisas, na realidade. Mas a principal é: O aceitou numa boa?

Concordei.

- Eu te falei que foi ele quem emprestou o jato para que eu pudesse chegar antes de você.

- Me lembra de agradecê-lo depois.

Assenti. Me puxou para mais perto e, depois que pousei a cabeça sobre o seu peito, quis saber:

- E o que ele ia fazer com o casamento?

- Mandei ele ir atrás da Seren. Quem sabe? - Perguntei e notei que ele hesitou por um instante. - Quê?

- Ela estava a fim dele. - Admitiu. - Então...

- Foi por isso que ela estava metida no meio da sabotagem? - Concordou. - Se ela fizer o feliz, eu a perdoo.

Beijou o topo da minha cabeça e perguntei:

- Mais alguma coisa que você queria saber?

- É... Tem.

Me endireitei para olhá-lo e propôs:

- Você aceita namorar comigo? Mas desta vez, a gente vai com mais calma.

Dei um meio sorriso antes de surpreendê-lo com um beijo. Assim que nos separamos, ele insistiu:

- Só para ter certeza... É um sim, né?

- É. - Respondi, sorrindo. - Definitivamente.

Acho que não preciso dizer o que aconteceu depois, preciso?

What happened in Vegas... Didn't stayed in Vegas - 27º capítulo


No one else's arms can lift... Lift me up so high

Quando você está com aquele
Que estava destinado a encontrar
Tudo se encaixa
Todas as estrelas se alinham
Quando você é tocado pela nuvem
Que tocou a sua alma
Não deixe escapar

(Demi Lovato - Heart by heart)

Luiza

Na manhã do dia 26 de agosto, eu acordei e me sentia estranha. Parecia que estava fora do meu corpo e fazia as coisas automaticamente. Quase não consegui comer e, se pus alguma coisa no estômago, foi por pura insistência das meninas.

Durante toda a tarde, enquanto eu me arrumava (E era arrumada), realmente parecia que estava em outro mundo, com a cabeça vazia e me sentindo uma espécie de espectadora de todo aquele... Circo. Quer dizer, eu ainda não conseguia me acostumar à ideia daquele casamento ostensivo. Por mim, podia ser uma cerimônia simples, só com as pessoas mais próximas, mais aconchegante e poderia ter comprado só a comida mesmo.

E foi justamente enquanto estava observando meu próprio reflexo no espelho, com as meninas terminando de arrumar o vestido e o véu que eu podia prever como seria minha vida dali para a frente: Por mais que o Alex fosse um porto seguro, não digo só financeiramente, uma vez que eu tinha certeza que ele não me deixaria desamparada com um filho nos braços, mas em termos de emocional também, apesar de tudo. Eu gostava do Alex, verdade fosse dita. E não era pouco. Mas eu nunca tinha sentido nem um terço do que eu sentia quando estava com o Bill. Quer dizer, o Alex era um cara incrível, mas... Se ele me lançasse um olhar diferente, era como se nada de diferente acontecesse. Enquanto que com o Bill... Bastava um único olhar, mesmo um comum, era o suficiente para que eu saísse do meu próprio eixo.

Mas, como eu estava indo por um caminho sem volta, ia ter de esperar passar o tempo e, com a convivência, gostar do Alex do jeito que deveria. Não ia ser uma tarefa fácil, graças à vida que eu teria dali para a frente e que não tinha nada a ver comigo, mas ia dar um jeito; Era necessário.

Quando a Lola saiu do quarto onde estávamos, a Di me encarou fixamente através do reflexo e disse:

- Eu não vou fazer o mesmo discurso de sempre porque você vai continuar teimando até o final. E por saber que, a partir do momento em que você se casar com o Alex, as coisas vão mudar... - Abri a boca para retrucar, mas ela não deixou: - Eu só posso te desejar que você seja feliz. Mas muito, muito mesmo.

Não me controlei e a abracei apertado. Antes de nos separarmos, porém, ela falou:

- Ah... Não vamos chorar senão vai ser o fim das maquiagens e já está em cima da hora!

Rindo, a liberei do abraço e vi que ela já estava começando a chorar. Coisa rara, porém...

Logo, o cerimonialista veio nos apressar e as meninas me seguiram até a escadaria que ia nos levar ao local da festa.

Uma vez lá, respirei fundo enquanto as meninas se preparavam. E foi só quando comecei a ouvir a música clássica escolhida para tocar no momento em que eu entrasse é que a sensação estranha de não estar ali voltou e com força.

Depois que as meninas entraram, foi a minha vez. E eu sentia um torpor absurdo ao caminhar pelo longo tapete vermelho estendido até o altar. Sentia o olhar de todos na minha direção, ouvia os comentários sobre a minha aparência, independente se eram positivos ou negativos, mas realmente não os ouvia. Parecia que eu era um robô caminhando na direção do Alex e do juiz e eu sequer me dava ao trabalho de forçar um sorriso. O caminho até aquele que seria meu marido até um de nós morrer parecia cada vez mais longo e, quando dei por mim, já estava parada ao seu lado. Ele sorria satisfeito, como se estivesse numa propaganda de pasta de dentes ao mesmo tempo em que ganhasse na loteria. O juiz começou com seu discurso, falando principalmente sobre quando duas pessoas destinadas a ficarem juntas. Foi quando eu comecei a acordar. E começou a enxurrada de lembranças e memórias de tudo aquilo que eu havia passado com o Bill, desde o flagra na banheira em Las Vegas até a briga besta quando eu descobri sobre a sabotagem.

- Alexander Richard Ireland... Aceita essa mulher como sua legítima esposa, prometendo amá-la e respeitá-la até o último dos seus dias?

Mantive meu olhar baixo o tempo inteiro e me desliguei dali por um instante. Fui trazida de volta à realidade forçada ao ouvir exclamações de surpresa. Pisquei várias vezes e, quando olhei para a Nadine e a Lola, as duas estavam com expressões iguais de choque e descrença. A Di percebeu meu olhar na sua direção e fez um gesto discreto de negação.

- Eu não aceito me casar com a Luiza porque seria injusto. A começar pelo fato de que não a respeito.

Olhei para o Alex chocada e eu juro que consegui ouvir um barulho distante de um grilo.

- Como você não me respeita? - Perguntei e o Alex se levantou, me pedindo para segui-lo. Conseguiu me convencer e fui com ele até a casa. Assim que fechou a porta do antigo escritório, respondeu:

- Eu te obriguei a, esse tempo todo, ficar comigo por puro egoísmo. Apesar de achar que ia dar certo entre a gente, já que somos amigos e a gente sempre se deu muito bem, dentro e fora da cama, ainda sim... Eu não ia te fazer cem por cento feliz. E é por isso que eu estou, sutilmente... Ou talvez nem tanto, terminando tudo com você. Eu prefiro fazer isso e ainda ter chance de continuar sendo seu amigo do que insistir no casamento e daqui a... Dez anos ou até menos, a gente brigar todo santo dia e eu me arrepender por ter te privado da vida que você merece e quer de verdade.

Eu respirei fundo e ele disse:

- Vai atrás dele. Teve uma segunda chance e não vou te deixar desperdiça-la.

Tentei controlar as lágrimas, mas não consegui.

- Se eu fosse você, correria, já que Heathrow fica um pouco longe daqui. Não se preocupe quanto ao casamento. Eu dou um jeito.

- Dá sim. Tenta com a Seren. Afinal de contas... Não vai ser um total desperdício de dinheiro, comida e tempo. - Respondi, antes de abraça-lo. - E eu sei que vocês dois estão que não se aguentam mais ficarem longe um do outro... E eu fico feliz por ter sido ela, que é uma garota incrível.

Ele sorriu e nos abraçamos, ao mesmo tempo, apertado e, assim que saí da sala, encontrei o pessoal.

- O que foi?- A Nadine se apressou.

- A gente tem um avião para segurar no solo. - Falei, indo na direção do estaciona-mento. Ao chegar, porém, assobiei para os valetes, que foram buscar os carros. De repente, a Lee apareceu na minha frente e perguntou:

- O que está acontecendo? Onde você vai, Luiza?

Sem dizer nada, fui até ela e a abracei, falando:

- Eu espero de verdade que você não me odeie. Eu amo o Alex, mas... Não o suficiente para fazê-lo feliz como homem. E boa sorte com a sua... Bom, desejo, sua futura nora. É uma garota excelente, confie em mim.

E dei um beijo no seu rosto. Ela ia falar alguma coisa quando a Di me chamou. Entrei no carro, olhando por cima do ombro rapidamente a tempo de ver a Lee em estado de choque. Durante o caminho para Heathrow, traçávamos o plano: Quem chegasse primeiro ao aeroporto, iria atrás do Bill e o seguraria até que eu chegasse. Se ele já estivesse dentro do avião, daríamos um jeito de tirá-lo de lá.

Cerca de uma hora e quinze depois, estávamos chegando no aeroporto e, enquanto o Tom ia estacionar, a Di e eu descemos primeiro e fomos correndo pelo saguão, atraindo os olhares de todo mundo. Ignorei todos e fui correndo até o balcão de informações e, ofegante, perguntei para o atendente, que me observava com uma surpresa extrema:

- O voo para Los Angeles já decolou?

- Os passageiros ainda estão embarcando.

- Qual é o portão, por gentileza?

Me informou e lá fui eu correndo e tentando segurar aquela porcaria de vestido para não me atrapalhar. A Di estava bem atrás de mim e, quando finalmente chegamos, vi dois funcionários fechando o portão. Senti um bolo se formar na minha garganta e crescer cada vez mais e eu só ouvia a Di reclamando com o segurança, sem sucesso. No final das contas, falei com ela:

- Deixa para lá. Não era para ser...

- Vai jogar a toalha assim?- Perguntou. - Honestamente eu esperava mais de você, Luiza.

- E o que você quer que eu faça? Me atire em plena pista de decolagem para o avião passar em cima de mim? - Retruquei. - Anda, vamos embora.

Vendo que não ia ter jeito, foi andando comigo até a saída e, assim que conseguimos encontrar os outros, não consegui segurar o choro e, de repente, fui abraçada por todo mundo.

- Se quiser... Dá para ir para Los Angeles... - A Lola falou, quando o abraço coletivo terminou. Neguei com a cabeça e respondi:

- É tarde demais...

De repente, a Lola tirou o celular da bolsa e mexeu, lendo em voz alta:

- Faça uma boa viagem e por favor, não me decepcione. E vá até o setor de voos particulares. Alex.

Ergui o olhar para ela, sem entender e a Nadine falou:

- Eu acho que não é tarde demais...

- Mas eu não trouxe nada. Nem meu celular! - Respondi.

- Então... Vamos logo de uma vez antes que fique tarde. - Ela retrucou, me puxando pelo pulso. A Lola puxou o outro e as duas me guiaram até o bendito do setor. Durante o caminho, as duas me explicaram que o Alex já tinha dado um jeito de mandar as minhas coisas na frente e então, quando vi o jatinho particular, não me surpreendi.

- Na primeira brecha, manda uma mensagem, avisando se deu certo ou não. Só isso. - A Lola pediu e sorri fraco. Em seguida, elas me abraçaram ao mesmo tempo e, quando eu vi a ruiva chorando, chamei sua atenção:

- Oi! Eu tenho uma reputação de insensível para manter! Para de me fazer chorar, sua gengibre sem-vergonha!

Ela riu e me despedi de cada um. Assim que encontrei o piloto, ele me cumprimentou, ignorando totalmente o fato de que eu ainda estava usando o vestido de noiva e, logo, ocupei uma das poucas (Mas confortáveis) poltronas dali. Em seguida, a comissária de bordo veio me oferecer alguma coisa que eu educadamente recusei. Com cerca de meia hora de voo, eu decidi tirar aquele vestido e trocar por outro, mas mais casual e menos incômodo.

Bill

- Senhores passageiros, informamos que vamos iniciar os procedimentos de descida ao Aeroporto Internacional de Los Angeles. Por favor, mantenham os cintos afivelados. - A voz do comandante ecoou por todo o avião. Depois de mais de doze horas de voo... Eu estava de volta à Los Angeles. Só consegui dormir (E até descansar um pouco) graças à um remédio contra insônia. Foi bom porque, principalmente, eu não ia conseguir pensar na Luiza, que à uma hora daquelas, devia estar em lua-de-mel com o Alex.

Logo que o avião aterrissou, esperei diminuir o fluxo dos passageiros desembarcando para poder sair também e, assim que peguei as malas, fui na direção da saída. Não demorei a encontrar o motorista que o J.J. tinha mandado para me buscar e foi eficiente quando rapidamente pôs a minha bagagem na mala do carro enquanto eu me sentava no banco de trás.

Depois de cerca de quarenta minutos, eu estava em casa. O J.J. me vendeu a propriedade de volta e ainda me fez o favor de deixa-la impecável. Deixei as coisas na entrada enquanto observava o motorista ir embora. Respirei fundo antes de subir as escadas, indo na direção do meu quarto. Nem bem tinha aberto a porta e ouvi um barulho vindo do banheiro. O mais bizarro era a sensação de déjà-vu que tive. Peguei a primeira coisa pesada que encontrei (E mantive o celular firme em minha mão, pronto para ligar para a polícia) e empurrei a porta entreaberta. Não sei como não soltei as duas coisas ao ver que a sensação não era à toa. Assim que me viu, apoiou os braços sobre a borda e, sobre eles, descansou o queixo. A posição era a mesma que a da primeira vez, com as pernas descansando, também para fora da água e cruzadas. A diferença era a que, agora, os cabelos estavam presos em um coque mais folgado.

- De novo teve um engano. - Falou. - Mas não foi do hotel e sim meu. Eu reconheço que fui burra, teimosa e até mesmo orgulhosa. E tenho que parar de me deixar levar pela raiva. Você tinha razão. Eu realmente não deveria ter dado tanta importância para uma coisa tão... Enfim. Não era tão séria assim.

Balancei a cabeça lentamente.

- Eu... Queria saber uma coisa. - Comecei. Me encarou com expectativa e continuei: - O fato de você estar sem roupa na minha banheira é algum tipo de incentivo para que eu te perdoe?

- Ah não... - Respondeu. Começou a se mexer e, quando vi, ela se levantou. Se enrolou numa toalha e veio andando lentamente até onde eu estava e parou a poucos centímetros de distância de mim. - Estou sem roupa na sua banheira porque eu sempre tomo banho pelada. E estava precisando de... Relaxar - Tinha erguido a mão até a fivela do meu cinto. - um pouco. Afinal, para conseguir chegar aqui antes de você foi um tanto quanto... Exaustivo.

- Luiza... - Falei, tentando me controlar. De repente, me ocorreu uma coisa que, apesar de tudo, me ajudou e muito a não perder o juízo completamente. - E... O que o seu marido achou de você estar aqui?

- Eu estou solteira. Definitivamente. E se estou aqui é justamente por ajuda do Alex. Foi ele quem me arranjou o jatinho particular. Mas eu vim aqui porque preciso me desculpar por tudo que te fiz. Reconheço que fui uma idiota completa durante todo esse tempo e é um dos meus maiores arrependimentos. Não vou exigir que você volte comi-go. Só...

Antes mesmo que ela pudesse concluir a frase, eu reagi.

Luiza

Ele estava me beijando. Como se a vida dele dependesse daquilo. E eu correspondi à altura. Sem perder muito mais tempo, logo deu um jeito de irmos para o quarto. Já ia me fazer deitar na sua cama quando o interrompi e, mesmo sem separar as bocas, falei:

- A toalha!

- O que tem?

- Está molhada. Me deixa tirar, pelo menos.

E obviamente, ele foi mais rápido. Em seguida, o Bill segurava minha cintura e a outra mão estava com os dedos entrelaçados nos meus cabelos e puxava, com delicadeza, meu rosto na direção do seu. Logo, começou a fazer com que eu me deitasse na cama e ele ficou por cima. Na mesma hora, segurei a barra da sua camiseta e comecei a puxá-la para cima e só interrompemos o beijo para passar a peça de roupa pela sua cabeça. Logo em seguida, voltou a se aproximar, mas do meu pescoço. Não deixou qualquer mínimo pedacinho de pele passar intocado pelos seus lábios e, como sempre, ao tocar o ponto crítico perto da minha orelha, eu não consegui me segurar e gemi. Por mais que não gostasse muito da sensação áspera da barba, ainda sim, em horas como aquela, não me importava tanto assim; Até gostava, para falar a verdade. Não tinha me dado conta de que estava mordendo o lábio até que ele falou, em tom de aviso:

- Não faz isso que eu fico com vontade.

Soltei o lábio, dando um meio sorriso e o provoquei:

- Mata a vontade então...

Se aproximou e mordeu o meu lábio. Senti uma das suas mãos percorrendo a minha perna e fazendo com que envolvesse seu quadril. Por causa da proximidade, pude sentir o quanto ele estava excitado e foi o que me deu mais vontade para provoca-lo. E foi o que eu fiz: Como deu, rebolei um pouco e, mesmo por entre o beijo, o ouvi gemer. Imediatamente, senti uma das suas mãos indo até a minha bunda e a apertou com vontade. Não consegui aguentar e logo dei um jeito de tirar o resto das suas roupas. Uma vez livre delas, deixou de me beijar na boca e recomeçou a partir de onde tinha parado no meu pescoço. Foi descendo até chegar ao colo e, em seguida, até o busto. Tomou um dos meus seios em uma das mãos enquanto cobria o outro com a boca. Deixava a ponta da língua rodear o bico e também o sugava. À medida que ia ficando cada vez mais excitada e sentia uma sensação boa ia começando, arqueei as costas.

Algum tempo depois, passou a beijar a minha barriga e, quando estava cada vez mais próximo do baixo-ventre, tive o impulso de fechar as pernas, na esperança que pudesse me segurar um pouco, mas não teve como. Quando achei que ele fosse continuar, fui surpreendida assim que começou a ir na direção da minha coxa. Vez ou outra, ameaçava subir, mas ao invés disso, preferiu me provocar, continuando a beijar a parte interna. Quando eu estava quase pedindo para que ele parasse de ficar enrolando, fui pega de surpresa ao sentir um dos seus dedos deslizando sem pressa para dentro de mim; Há algum tempo eu tinha desistido de tentar controlar os meus gemidos e, por isso, simplesmente me deixei levar por tudo aquilo que ele me fazia sentir. Porém, me agarrei aos lençóis assim que, não contente, ele deslizou outro dedo e começou a aumentar a velocidade com que me masturbava. E, como se não fosse suficiente eu quase não aguentar mais... Alguns poucos minutos depois que ele tinha penetrado o segundo dedo em mim, se aproveitou que fechei os olhos para me surpreender de novo, desta vez com a língua. Por reflexo, mordi o lábio e não tinha me dado conta do quanto de força que estava usando até sentir o gosto de sangue. Imediatamente, soltei o lábio e abri os olhos, não conseguindo esconder o susto. E obviamente, o Bill percebeu.

- O que foi? - Quis saber.

- Nada. - Resmunguei. Na mesma hora, tirou os dedos e grunhi.

- Me conta senão eu paro com tudo. - Ameaçou, se sentando na cama. - E aí você vai ficar só na vontade.

Arqueei a sobrancelha e o provoquei:

- Quem disse?

De início não tinha entendido. Mas, assim que me viu apoiando as minhas mãos sobre a minha barriga, sua expressão mudou.

- Você não vai fazer isso... - Disse e ergui o queixo, levando uma das mãos direta-mente para o meu sexo. Afastei mais as pernas e comecei a me tocar, sempre mantendo o olhar fixo no seu, que como sempre, parecia me queimar. Ainda mais agora, que eu o desafiava tão descaradamente.

- Sempre que eu estava sozinha em casa... - Comecei a dizer. - Fosse em uma noite de folga, fosse numa das noites em que o bar não abria...

Deixei um dos meus dedos começar a brincar com o meu clitóris.

- O que você fazia?

- Eu tirava cada peça de roupa, deitava na minha cama, ficando nessa posição e... Imaginava que não era a minha mão me tocando.

- E... Era de quem?

- A sua.

Naquele instante, logo comecei a sentir o prazer aumentando cada vez mais e, uma vez que atingi o clímax, fechei os olhos e passei a respirar pela boca. Ainda estava me recuperando quando percebi que o Bill estava se aproximando e, depois de ficar por cima de mim, fez com que eu enroscasse as pernas no seu quadril e em seguida, senti que estava me penetrando e se movia com certa ansiedade. Quase na mesma hora, começou a me beijar e era daquele jeito mais... Intenso e sensual. Não consegui resistir e deixei as minhas unhas arranharem suas costas, mas bem de leve e, assim que minhas mãos alcançaram a sua bunda, não me controlei e a apertei. Em resposta, ele mordeu e sugou o meu lábio.

Começou a investir com mais rapidez e até deu um jeito de ir mais profundamente também e não demorou muito mais tempo para que ficasse impossível de continuar com o beijo. Então, o jeito foi ficarmos só com os rostos próximos um do outro. Mas em alguns momentos, era irresistível e eu acabava roubando alguns beijos rápidos.

Talvez por estar se segurando há mais tempo que eu, ele não demorou muito a chegar ao seu limite. Mas nem por isso, cumpriu com a ameaça de me deixar com vontade; Não parou de investir até que eu também atingisse o clímax.

Eu ainda estava naquele estado de languidez quando o Bill se deitou ao meu lado. Em seguida, me puxou para mais perto e fez com que eu me deitasse sobre o seu peito. Na mesma hora, começou a acariciar as minhas costas e aquilo estava tão bom que eu estava quase dormindo. E foi o que eu fiz depois de pouquíssimo tempo. Não consegui resisti e dormi do jeito que eu estava.

No dia seguinte, quando acordei, estranhei o quarto. Olhei ao redor e, quando ouvi o som do chuveiro, seguido da voz do Bill, caiu a ficha. Eu sorri com a lembrança de toda a loucura que tinha acontecido há cerca de vinte e quatro horas. Se eu tivesse seguido com o plano original, à uma hora daquelas eu tinha casado com o Alex. Provavelmente estaria acordando em uma suíte luxuosa de hotel em Santorini, com todo aquele mar da cor de safira. Mas não. Não era aquilo que eu tinha feito e honestamente? Só tinha um arrependimento: O de ter demorado tanto para vir para Los Angeles. Mas... Só para ter certeza de que aquilo não era um sonho, me levantei e, pelo sim, pelo não, eu peguei uma das camisas do Bill e a vesti. Em seguida, fui até a varanda e fiquei observando a vista que tinha da cidade.

- Sabia que eu acho que essa camisa fica melhor em você do que em mim? - Ele perguntou, passando um braço em torno da minha cintura e me assustando. - Desculpa.

- Tudo bem. E já que a camisa fica melhor em mim... Perdeu, playboy.

Ele riu e beijou o meu pescoço.

- No que estava pensando?

- Na loucura que eu fiz. - Respondi. - De embarcar em um jato, e vir até aqui só por sua causa.

- Eu fiz pior por sua causa... Não se esqueça que vendi a casa. Larguei tudo o que tinha aqui.

- E no final... Deu certo.

- Eu sei. Ah! E não pensa que eu vou te deixar escapar assim, tão facilmente, uma terceira vez, viu?

Rindo, concordei e, como deu, beijei o seu rosto.

- Ah! Quase esqueci. Tenho que avisar as meninas. - Falei, me lembrando de repente. - Elas querem saber se tudo deu certo ou não.

- Liga depois. Hoje... Você é minha.

- Só hoje? - Perguntei, o provocando. - Achei que essa história de sair correndo de Londres só por sua causa fosse ter um resultado mais... Duradouro. Tipo... Pelo menos um ano.

- É... Mas eu estou pensando mais no aqui e agora. E eu quero você.

Na mesma hora entendi o que ele quis dizer com aquilo.

Bem mais tarde, estávamos os dois sentados lado a lado na sala, cada um comendo uma fatia de pizza e vendo Kitchen nightmares. De repente, senti o olhar do Bill na minha direção e, quando eu me virei para olhá-lo, perguntei:

- O que foi?

- Você está sofrendo tanto quanto os donos de restaurante...

Ri fraco e confessei:

- É porque eu não acho que aceitaria bem um Gordon Ramsay sendo grosseiro. Tudo bem que precisa de um choque de realidade, mas...

Depois que o programa acabou, o Bill desligou a TV e me observou.

- O que foi? - Perguntei.

- Ainda não caiu a ficha de que você é finalmente minha, sem prazos e nem ninguém para atrapalhar.

Dei um sorriso fraco e perguntei:

- Sinceramente? Não caiu para mim também.

- Acabou que eu nem tive a chance de te perguntar uma coisa.

- O quê?

- São várias coisas, na realidade. Mas a principal é: O Alex aceitou numa boa?

Concordei.

- Eu te falei que foi ele quem emprestou o jato para que eu pudesse chegar antes de você.

- Me lembra de agradecê-lo depois.

Assenti. Me puxou para mais perto e, depois que pousei a cabeça sobre o seu peito, quis saber:

- E o que ele ia fazer com o casamento?

- Mandei ele ir atrás da Seren. Quem sabe? - Perguntei e notei que ele hesitou por um instante. - Quê?

- Ela estava a fim dele. - Admitiu. - Então...

- Foi por isso que ela estava metida no meio da sabotagem? - Concordou. - Se ela fizer o Alex feliz, eu a perdoo.

Beijou o topo da minha cabeça e perguntei:

- Mais alguma coisa que você queria saber?

- É... Tem.

Me endireitei para olhá-lo e propôs:

- Você aceita namorar comigo? Mas desta vez, a gente vai com mais calma.

Dei um meio sorriso antes de surpreendê-lo com um beijo. Assim que nos separamos, ele insistiu:

- Só para ter certeza... É um sim, né?

- É. - Respondi, sorrindo. - Definitivamente.

Acho que não preciso dizer o que aconteceu depois, preciso?