quarta-feira, 29 de julho de 2015

What happens in Vegas... Might not stay in Vegas - 18º capítulo

18. Will you stand by me finally

Sou uma bagunça
Mas ao menos eu sei como
Posso te fazer rir como mais ninguém
Tremenda bagunça
Mas ao menos sempre fui eu mesmo
Sem truques de mágica

Oh não

(The Rasmus - I’m a mess)

Luiza

          - Estou tão ferrada. - Gemi, quando estava à beira da piscina da casa das meninas.

          - Isso tudo por que o Tom falou que quer conversar com você? - A Nadine perguntou.

          - Você está com medo do Tom, Izzy? - A Lola quis saber.

          - Então... Estou com medo. Sei lá, apesar de tudo, ele foi o único que eu senti que tem uma... Hostilidade minúscula comigo. Provavelmente porque ele deve imaginar que eu sou como a ex do Bill.

          - Mas você conseguir fazer a banda voltar não é prova suficiente de que você é confiável?- A Lola perguntou e dei de ombros.

          - A questão é que foi traumático, Lola. Eu sei que a outra lá ferrou, não só com a banda, mas a amizade deles. Não tiro a razão de ele desconfiar de mim. Mas... Sei lá, custa tentar?

          - Algum plano em mente? - A Di quis saber. - Além do óbvio?

          - E o óbvio é...? - A ruiva perguntou.

A Di suspirou e confessou:

          - Vocês são impossíveis! - Rimos. - E como eu sei que vocês vão querer ouvir... Eu estou ficando com o Tom. Querendo, posso muito bem fazer a cabeça dele ao seu favor...

Dei de ombros e mudamos de assunto.

Quando a Lola foi ao banheiro, a Di aproveitou a oportunidade:

          - Então... Estou percebendo que você está com um brilho no olhar... Um sorrisinho besta...

Suspirei e admiti:

          - É... Ao contrário de umas e outras, Coyle, eu admito quando acontecem as coisas. E não vou negar que noite passada eu dormi com o Bill.

          - Tá, eu já dormi com você e a Lola.

Suspirei de novo.

          - Eu transei com ele, satisfeita?

          - Quantas vezes?

          - Nadine!

Riu e confessei:

          - Três. Duas ontem à noite e uma hoje de manhã.

          - E aí?

Ia responder quando ouvi meu celular dando um aviso de mensagem. Peguei o aparelho e li:

Estou em Los Angeles. Onde você está?

Digitei a resposta, com o endereço da casa das meninas.

          - O que foi? - A Di quis saber e falei:

          - O Alex está aqui em Los Angeles.

          - Nicola! - Gritou, de repente, me olhando. - Vamos ao mercado!

A ruiva apareceu, sem entender nada. Quando elas saíram, esperei um pouco até que ouvisse a campainha. Como as meninas tinham deixado as chaves comigo, então abri o portão. Estava lindo, de terno e, apesar disso, aconteceu uma coisa estranhíssima: Não senti aquele nervosismo monstruoso de sempre que o via.

          - Você está linda. - Falou, depois de me cumprimentar. Dei um sorriso fraco e disse:

          - Você também.

Entramos e, quando nos sentamos num sofá de frente para o outro, ele perguntou:

          - Então... Como estão as coisas por aqui?

          - Bem... Quer dizer, eu sei que não tem muito tempo, mas... Estão melhorando desde que cheguei. E você? Foi para Londres?

          - Tóquio, resolver uns assuntos para a empresa. E então... O que queria conversar comigo?

Respirei fundo.

          - Você... Sabe que eu ia aceitar seu pedido de namoro. Só que fui para Las Vegas e houve toda essa mudança de planos.

          - Sim...

          - E... Ai... É difícil falar.

          - Tive uma ideia. Vem comigo.

Se levantou, me guiando pela mão até o quarto da Lola. Fez com que eu entrasse ali e fechou a porta.

          - Senta no chão. - Pediu e obedeci. - Agora fala tudo o que você está sentindo.

Respirei fundo.

          - Eu realmente gosto muito de você. Se não, não teria começado nada com você. Mas de uns tempos para cá, as coisas estão mudando. Antes, quando eu te via, tinha aquelas famosas borboletas no meu estômago, faltava meu ar e minhas pernas tremiam. Quando te vi agora... Foi diferente. Não tinha mais nada tão intenso. E me sinto mal por isso. De verdade. Eu queria conseguir corresponder ao que sente por mim, mas não consigo. Não mais. Eu te amo Alex, mas não como você me ama. É mais como... Um amor fraternal. Por favor, não me odeie.

O ouvi suspirar e não consegui mais segurar o choro.

          - Eu não quero te perder. - Falei, tombando a cabeça para trás.

          - Não vai. - Garantiu. - Pode se casar com todos os roqueiros do mundo desde que eu possa continuar falando com você. Se precisar, sabe que vou estar por perto para te proteger ou, em casos extremos, te resgatar. E... Eu tenho que te dizer que conheci alguém.

          - Ah é? E como ela é?

          - É... Ainda estamos nos conhecendo, então, é cedo para dizer.

          - Se ela te fizer qualquer coisa de mal, avisa que você tem uma amiga que é uma leoa.

Riu fraco e disse:

          - Antes que você me pergunte... Não estou bravo com você. Foi honesta e sejamos francos. Quem sou eu para competir com Bill Kaulitz? O cara que te fez ir para outra cidade para ir ver o show dele mais de uma vez, cometer todas as loucuras que você fez...

          - É, mas qual é a garantia de que pode dar certo entre ele e eu depois que o prazo do juiz acabar?

          - E qual é a garantia de que não vai?

Parei para pensar e não houve resposta.

          - Aquilo que te falei em Nova Iorque, de você me avisar se precisar, ainda está de pé.

Me levantei, abrindo a porta. Ele se levantou rapidamente e, sem deixa-lo dizer qualquer coisa, o abracei apertado, chorando. Ele acariciava os meus cabelos e tentava me acalmar.

Depois que ele foi embora, liguei para o Bill para avisar que iria dormir na casa das meninas e ele percebeu que tinha alguma coisa de errado comigo. Até tentou descobrir o que tinha acontecido, mas não conseguiu.

 Na manhã seguinte, quando cheguei ao estúdio, pedi à Claire, aproveitando que só nós duas estávamos ali:

          - Eu preciso que você me faça um favor enorme. Liga para o Tom e avisa que, se ele quiser ir almoçar comigo hoje, está tudo bem. E ó... Nada de falar com o Bill.

Mesmo estranhando, atendeu ao meu pedido.

Uma hora em ponto, o Tom já estava ali e, quando entrei no carro, me cumprimentou. Fomos até um restaurante ali perto e esperou até que trouxessem os pedidos para começar a conversa:

          - Eu vou ser honesto. Ainda não vi nenhum motivo para confiar em você.

          - Eu sei. - Respondi. - E você tem mais motivos para continuar desconfiado. Te entendo e, se estivesse no seu lugar, agiria da mesma forma. Mas o que eu quero te perguntar é outra coisa.

          - O que?

          - O que eu posso fazer para que me dê uma única chance para mostrar que sou confiável?

Me olhava, avaliando.

          - Pode começar me explicando direito o que o Alex foi fazer na casa das meninas ontem.

          - Foi para conversar comigo. Eu quis esclarecer algumas coisas.

          - Que coisas?

Respirei fundo e avisei:

          - Eu sei que, de algum modo, o Bill vai perceber, mas se puder tentar manter segredo, pelo menos por enquanto...

Seu olhar passou de avaliativo para desconfiado.

          - Estou gostando de verdade dele. Eu não queria me envolver com seu irmão, mas... Do jeito que as coisas estão, é inevitável. Quis falar com o Alex justamente para esclarecer que ainda gosto dele, mas como amigo. Diferente do que sinto pelo Bill.

          - E o que você sente pelo meu irmão, exatamente?

Hesitei.

          - Ainda é cedo para dizer que amo seu irmão. Posso dizer o mesmo sobre paixão. Eu diria que gosto muito dele.

          - Supondo que o prazo do juiz acabe e o Bill te peça para ficar aqui. O que ia fazer?

          - Honestamente? Teria de ver como tudo estaria entre eu e ele para poder te dizer com certeza. Dependendo, posso ir para Londres, só para acertar algumas coisas que ficaram pendentes, como meus trabalhos e, na pior das hipóteses, vender a minha parte do apartamento para as meninas e, talvez, possa voltar para cá e ver o que acontece. Normalmente penso no que vou fazer futuramente, mas desta vez, eu não sei o que fazer. Tudo depende de como vamos estar na próxima audiência com o juiz.

          - O que quer fazer com a sua parte do dinheiro?

Olhei para ele.

          - Investir numa coisa pessoal. Não é algo como cirurgia plástica. Só duas pessoas sabem o que é e eu prefiro que continue assim.

Estreitou os olhos e falei:

          - Olha, eu sei o que aquela... Coisa fez com o seu irmão e com a banda. Te garanto que, se ela aparecesse aqui e agora, ia fazer um estrago naquela cara de... - Me freei. - Enfim. Se eu estou fazendo tudo isso, de impor condições para que a banda volte, que o Bill volte a conviver com o Georg e o Gustav e todo o resto, não é por puro egoísmo, já que sou fã de vocês. Só... Estou aproveitando a oportunidade para tentar arrumar o estrago que aquela monstra do pântano fez. Principalmente com a amizade de mais de uma década de vocês. Vejo o quanto Bill sente falta disso e quis dar esse... Empurrãozinho. E pelo que estou vendo... Ele não é o único.

Continuou me avaliando e disse:

          - Você perguntou o que podia fazer para que eu te desse um voto de confiança... Então mostre que merece. Prove que eu estou errado ao seu respeito. Não quero provas materiais, mas comportamentais mesmo.

Concordei.

Quando cheguei ao estúdio, depois do almoço, o Bill estava concentrado em alguma coisa e, aproveitando que ele não estava me ouvindo, graças aos fones de ouvido, me aproximei sorrateiramente da sua cadeira e, quando estava menos esperando, me inclinei e comecei a beijar sua nuca, o assustando sem querer.

          - Me desculpe. - Falei, morrendo de vergonha. Sorriu e me puxou para o seu colo depois de tirar os fones.

          - O veterinário ligou, a propósito.

          - E o que ele falou dos gatinhos?

          - Que depois de passar esses dias todos em observação e fazendo vários exames... Estão bem. Quer dizer, tem um que está com aquela doença da Vivi.

          - Ai meu Deus! - Cobri a boca com a mão.

          - É. Mas diz ele que já tem algumas pessoas interessadas, então...

Concordou. De repente, a Claire bateu na porta e perguntou:

          - Hã... Luiza, posso falar com você um instante?

Me levantei e, depois que fui até ela, disse:

          - Pode me fazer um favor?

Concordei.

          - Aconteceu um imprevisto e tem como você avisar ao Stefan que não vou hoje?

          - Tudo bem. - Respondi. O telefone tocou e ela foi correndo atender. Quando me virei para o Bill, claro que quis saber o que tinha acontecido e tive uma ideia. Liguei para as meninas e conversei com as duas. Ficaram um pouco hesitantes, mas, no final, concordaram.

Assim, logo que íamos embora, falei com o Bill:

          - Acho que está na hora de você saber o que a gente faz todas as terças e quintas.

Me olhou, estranhando e perguntei, esticando a mão e indicando as chaves do carro:

          - Posso?

Me entregou e foi para o lado do passageiro. Ajustei seu banco e consegui sair da vaga com uma habilidade que o deixou surpreso. Fui dirigindo e confesso que estranhei um pouco, principalmente depois de ter passado o último ano dirigindo por Londres. Perguntou:

          - Estranhando por que aqui é diferente de Londres?

          - É... Um pouco. E o mais absurdo disso é que a minha cidade tem a mesma mão que aqui. Tirei carteira lá e tive que fazer autoescola de novo depois que mudei para a Inglaterra.

Riu fraco e, quando chegamos no centro, não pôde esconder a surpresa por estarmos ali. Entramos num estacionamento aberto e logo vi uma vaga. Depois que parei o carro, abri a porta e não pude deixar de rir da sua cara de surpresa. Perguntei:

          - Vai ficar aí?

Parecendo acordar, saiu do carro e foi andando até onde eu estava. Consegui descobrir o botão do alarme e travei as portas. Fui andando com ele até um prédio ali perto e, depois que abriram o portão, fui andando até o elevador, daqueles antigos. Fechou as grades de fora e do interior e apertei o botão três. Perguntou:

          - Vai me contar onde estamos indo?

Sorri, misteriosa e, assim que chegamos, havia uma música alta tocando, combinada com as instruções de um homem. A recepcionista, uma jovem mexicana de pele bronzeada e cabelos incrivelmente escuros estava ali, se mexendo levemente. A cumprimentei e arregalou os olhos ao ver o Bill.

O guiei pela mão até o vestiário e, antes de entrar, falei:

          - Me espera aqui. Se precisar, o banheiro masculino é ali.

Depois de trocar de roupa, me olhou, não escondendo a curiosidade.
  
          - Vem? - Perguntei, estendendo a mão para ele, que me acompanhou. Assim que chegamos ao mesmo salão de onde vinha a música alta, algumas pessoas olharam para o Bill. Logo encontrei as meninas e fomos até elas. A Lola se aquecia, sentada no chão e esticando a perna. Já a Nadine estava só sentada ao lado, apoiada nos braços. As duas conversavam e, assim que nos notaram ali, cumprimentaram o Bill.

          - E a Claire? - A Di quis saber.

          - Não vai vir. Disse que teve um imprevisto e pediu para avisar ao Stefan.

          - E falando no diabinho... - A Lola disse, indicando o nosso professor. Era um latino típico, com pele bronzeada, traços marcantes e olhos e cabelos escuros. Apesar de ser professor de dança, era gorduchinho e baixo.

          - Buenas!

Todo mundo respondeu e ele deu um tempinho para que o resto da turma chegasse. Uma vez que estava todo mundo ali, foi impossível para ele não notar o Bill.

          - Já que você está aqui... Vai ser o par da Luiza. - Decidiu e, vendo que o Bill ia argumentar, falei baixo:

          - Vai por mim... Melhor não argumentar. E eu te ajudo.

Logo, o Stefan começou a explicar o que iríamos fazer e, assim que começaram a tocar a música, fui dando as orientações para o Bill e até que ele estava conseguindo acompanhar o ritmo, ainda que não tivesse feito nenhuma aula.

Quando estávamos dando uma pausa, mal conseguia aguentar ficar de pé e, depois que o Bill percebeu, fez com que eu sentasse numa cadeira e, se ajoelhou no chão. Apoiou meu pé sobre o próprio joelho e tirou meu sapato. Repetiu o gesto com o outro e a Lola se materializou ao nosso lado. Disse:

          - Isso está tão fofo...

Ri e ele começou a me fazer uma massagem.

          - Ai que inveja. - Ela disse e falei:

          - Me resigno a não explicitar o que pensei para não apanhar.

          - É... Bom mesmo. Escutem... A Di estava falando de a gente ir comer alguma coisa saindo daqui. Animam a ir?

Demos de ombros e concordamos.

          - Algum lugar especial?- Perguntei e ela também deu de ombros. - Ai, mas que preguiça disso!

Ela riu e, logo a pausa acabou.

Quando terminou a aula, viemos embora e as meninas iam nos seguindo até a hamburgueria que o Bill tinha se lembrado. A Nadine foi fazer os pedidos enquanto nós íamos escolher a mesa. A Lola perguntou, depois que nos sentamos:

          - Bill, sabia que a Iza não gosta de sorvete?

Senti o olhar dele.

          - Não... É sério?

          - É. Não gosto.

          - Por quê?

          - É sério que você está me questionando por eu não gostar de sorvete?

          - Estou tentando entender, só isso.

Suspirei.

          - Sou intolerante à lactose. Não gosto de coisas muito geladas. Prefiro chá a sorvete...

Olhou para a Nicola, que concordou.

          - A Izzy já tinha esse hábito antes mesmo de a gente se conhecer.

          - Você não é normal... - Disse, rindo. - Preferir sorvete à chá?

Dei de ombros.

          - Bom, pelo menos você sabe que eu gosto de chocolate. - Respondi.

          - Para de modéstia, Iza. Você não gosta. Você ama. - A Di falou, se sentando ao lado da Lola.

          - Mas vocês duas decidiram armar um complô contra mim hoje?

Claro que as duas riram e continuaram com o assunto.

Quando chegamos em casa, estava me preparando para ir dormir quando o Bill bateu na porta.

          - Adelante! - Falei, do banheiro.

          - Luiza? - O ouvi me chamar e falei:

          - Um segundo.

Terminei de vestir a camisola e, assim que saí, me olhou de cima a baixo e perguntei:

          - Posso te fazer uma proposta?

Concordou.

          - Eu paro de te chamar de Kaulitz se me chamar de Iza. Izzy pode também.

          - E por que não posso te chamar mais de Luiza?

          - Porque parece que você está me dando uma bronca. Mesmo quando tenho certeza que não. Sem falar que... - Comecei a andar na sua direção. - Iza é mais íntimo que Luiza. Do mesmo jeito que acontece com Bill e Kaulitz, respectivamente.

          - Tudo bem então... Iza.

          - Então... Queria falar comigo sobre...?

Hesitou por um instante e, em seguida, se aproximou, parando na minha frente. Pôs uma mecha de cabelo atrás da minha orelha e deixou o dedo deslizar pela linha do meu maxilar. Ergueu meu queixo e começou a se inclinar na minha direção. Fechei os olhos e quase imediatamente senti sua boca na minha. Suas mãos foram para a minha cintura, a apertando com gentileza. Correspondi, tocando seu rosto e o puxando para mais perto. Quando as coisas estavam começando a ficarem intensas e não conseguíamos mais respirar direito, decidimos que era a hora de parar. Manteve seu rosto próximo ao meu e disse:

          - Dorme comigo hoje...

          - De novo?

O observava quando abriu os olhos.

          - Ah... Não. Eu não quis dizer... Isto é. Se você quiser, por mim tudo bem...

          - O que você quer? Não precisa ficar sem graça de dizer.

          - Só... Dormir com você. No máximo, de conchinha.

Sorri e falei:

          - Gostou de ter dormido comigo ontem? Mesmo parecendo que você estava dividindo a cama com um furacão ao invés de uma pessoa comum?

Assentiu e parecia um menino pequeno.

          - Tá... - Respondi. Fui andando até a entrada do quarto e, quando já estava com a mão no interruptor, perguntei, o olhando: - Não vai vir?

Nem precisou perguntar uma segunda vez; Quando vi, já estava ao meu lado.

Quando acordei na manhã seguinte, fiz um pouco de preguiça, ficando de olhos fechados e só aproveitando a posição em que estava. Sabia que o Bill me abraçava por trás e ele me parecia estranhamente quente. Me virei de lado como pude e encostei de leve no seu rosto, sentindo sua temperatura e estava normal. De repente, ele gemeu e perguntei:

          - Te machuquei?

          - Não... Mas... Não mexe.

Estranhei e me manteve imóvel, apoiando o braço no meu quadril.

          - Sabia que se tentar me fazer ficar quieta é pior, não é? - Perguntei e ele suspirou. Só então consegui perceber o que estava de errado. Aliás... Perceber não. Sentir.

          - Desculpa. - Disse, morrendo de vergonha.

          - Te desculpar por algo que é normal?

          - Bom, essa sua camisola não ajuda nem um pouco, se quiser saber.

Não consegui segurar o riso e senti que me bateu.

          - Sabia que tem gente que se excita batendo nos outros, não é? - O provoquei.

          - É, eu sei. - Falou de um jeito meio impaciente.

De repente, me surgiu uma ideia irresistível demais.

          - Bill, me solta, por favor.

Mesmo estranhando, obedeceu. O empurrei de leve pelos ombros e fiz com que se deitasse de costas. Fiquei de quatro sobre ele e me inclinei na sua direção, começando a beijar sua bochecha. Não resistindo, dei uma mordida de leve e ele riu. O provoquei:

          - A culpa é sua... Quem mandou ser altamente gostoso?

          - Eu sou altamente gostoso? - Perguntou, achando graça. Concordei e continuei trilhando um caminho de beijos, passando agora pelo seu pescoço e não deixando nenhum mínimo pedaço da sua pele passar ileso. Quando voltei a beijar sua boca, conseguiu inverter as posições e ficou deitado por cima de mim. Segurou firme em minha perna, a passando em torno do seu quadril e fez o mesmo com a outra, quase imediatamente.

Tão logo sua boca deixou a minha e estava cada vez mais perto do meu ouvido, disse, com aquela voz sexy, rouca e um pouco ofegante:

          - Estou reconsiderando irmos ao estúdio hoje.

          - E o que vai usar como justificativa?

          - Ainda estou tentando pensar em alguma coisa, mas não está fácil.

Ri baixo e mordeu de leve o lóbulo da minha orelha.

Um tempinho depois, já não tinha mais nenhuma barreira de roupas atrapalhando e ele já se movia daquele jeito mais lento e torturante imaginável quando fomos interrompidos por batidas na porta. Nós dois resmungamos e ele, interrompendo o beijo, disse:

          - O que foi?

          - Bill, a Claire está no telefone e disse que é importante. - Ouvi a Rosa dizer e ele suspirou, saindo de mim e deixando aquela sensação incômoda de vazio. Se esticou para pegar o aparelho sobre o criado mudo ao lado da cama e disse:

          - Fala, Claire.

Houve uma pausa e seu rosto ficou tenso.

          - E quando foi?

Outra pausa e não ousei tocá-lo; Vai que aquilo só ia piorar ainda mais seu nervosismo evidente?

          - Tá. Daqui a pouco estamos aí.

Despediu-se rapidamente e, depois que recolocou o aparelho no lugar, se levantou, procurando a boxer.

          - O que foi? - Perguntei. - Alguma coisa séria com o estúdio?

          - É. Se arruma que a gente vai sair logo. - Respondeu, um pouco frio. Me levantei e, pegando a minha camisola caída no chão (E fazendo questão de não colocar a calcinha), a vesti quando se distraiu e fui para o meu quarto.

Na primeira oportunidade que tive, porém, avisei à Rosa:

          - Deixa o quarto do Bill do jeito que está. Depois dou uma arrumada.

Mesmo estranhando, concordou e ele logo reapareceu, avisando que tínhamos de ir. Corri para acompanha-lo e, assim que chegamos ao estúdio, haviam dois executivos engravatados, de cabelos grisalhos e expressões sérias sentados nos sofás da recepção. Me apresentou brevemente aos dois, que eram representantes da gravadora e fomos até a sala do Bill. Me sentei ao sofá de couro enquanto os dois ocuparam as cadeiras de frente para a escrivaninha. Os dois executivos conversavam sobre amenidades com o Bill e dava para ver que aquilo tudo era para encher linguiça, nada mais além disso. Sem falar na cara de poucos amigos dele...

Quando menos esperei, ouvimos umas batidas na porta e, quando esta se abriu, olhei para ver quem era e, para minha surpresa era aquele nojento do Paul.

What happens in Vegas... Might not stay in Vegas - 18º capítulo - Interativa












18. Will you stand by me finally

Sou uma bagunça
Mas ao menos eu sei como
Posso te fazer rir como mais ninguém
Tremenda bagunça
Mas ao menos sempre fui eu mesmo
Sem truques de mágica
Oh não

(The Rasmus - I’m a mess)



- Estou tão ferrada. - Gemi, quando estava à beira da piscina da casa das meninas.

- Isso tudo por que o falou que quer conversar com você? - A Nadine perguntou.

- Você está com medo do , Izzy? - A Lola quis saber.

- Então... Estou com medo. Sei lá, apesar de tudo, ele foi o único que eu senti que tem uma... Hostilidade minúscula comigo. Provavelmente porque ele deve imaginar que eu sou como a ex do .

- Mas você conseguir fazer a banda voltar não é prova suficiente de que você é confiável?- A Lola perguntou e dei de ombros.

- A questão é que foi traumático, Lola. Eu sei que a outra lá ferrou, não só com a banda, mas a amizade deles. Não tiro a razão de ele desconfiar de mim. Mas... Sei lá, custa tentar?

- Algum plano em mente? - A Di quis saber. - Além do óbvio?

- E o óbvio é...? - A ruiva perguntou.

A Di suspirou e confessou:

- Vocês são impossíveis! - Rimos. - E como eu sei que vocês vão querer ouvir... Eu estou ficando com o . Querendo, posso muito bem fazer a cabeça dele ao seu favor...

Dei de ombros e mudamos de assunto.

Quando a Lola foi ao banheiro, a Di aproveitou a oportunidade:

- Então... Estou percebendo que você está com um brilho no olhar... Um sorrisinho besta...

Suspirei e admiti:

- É... Ao contrário de umas e outras, Coyle, eu admito quando acontecem as coisas. E não vou negar que noite passada eu dormi com o .

- Tá, eu já dormi com você e a Lola.

Suspirei de novo.

- Eu transei com ele, satisfeita?

- Quantas vezes?

- Nadine!

Riu e confessei:

- Três. Duas ontem à noite e uma hoje de manhã.

- E aí?

Ia responder quando ouvi meu celular dando um aviso de mensagem. Peguei o aparelho e li:

Estou em Los Angeles. Onde você está?

Digitei a resposta, com o endereço da casa das meninas.

- O que foi? - A Di quis saber e falei:

- O está aqui em Los Angeles.

- Nicola! - Gritou, de repente, me olhando. - Vamos ao mercado!

A ruiva apareceu, sem entender nada. Quando elas saíram, esperei um pouco até que ouvisse a campainha. Como as meninas tinham deixado as chaves comigo, então abri o portão. Estava lindo, de terno e, apesar disso, aconteceu uma coisa estranhíssima: Não senti aquele nervosismo monstruoso de sempre que o via.

- Você está linda. - Falou, depois de me cumprimentar. Dei um sorriso fraco e disse:

- Você também.

Entramos e, quando nos sentamos num sofá de frente para o outro, ele perguntou:

- Então... Como estão as coisas por aqui?

- Bem... Quer dizer, eu sei que não tem muito tempo, mas... Estão melhorando desde que cheguei. E você? Foi para Londres?

- Tóquio, resolver uns assuntos para a empresa. E então... O que queria conversar comigo?

Respirei fundo.

- Você... Sabe que eu ia aceitar seu pedido de namoro. Só que fui para Las Vegas e houve toda essa mudança de planos.

- Sim...

- E... Ai... É difícil falar.

- Tive uma ideia. Vem comigo.

Se levantou, me guiando pela mão até o quarto da Lola. Fez com que eu entrasse ali e fechou a porta.

- Senta no chão. - Pediu e obedeci. - Agora fala tudo o que você está sentindo.

Respirei fundo.

- Eu realmente gosto muito de você. Se não, não teria começado nada com você. Mas de uns tempos para cá, as coisas estão mudando. Antes, quando eu te via, tinha aquelas famosas borboletas no meu estômago, faltava meu ar e minhas pernas tremiam. Quando te vi agora... Foi diferente. Não tinha mais nada tão intenso. E me sinto mal por isso. De verdade. Eu queria conseguir corresponder ao que sente por mim, mas não consigo. Não mais. Eu te amo , mas não como você me ama. É mais como... Um amor fraternal. Por favor, não me odeie.

O ouvi suspirar e não consegui mais segurar o choro.

- Eu não quero te perder. - Falei, tombando a cabeça para trás.

- Não vai. - Garantiu. - Pode se casar com todos os roqueiros do mundo desde que eu possa continuar falando com você. Se precisar, sabe que vou estar por perto para te proteger ou, em casos extremos, te resgatar. E... Eu tenho que te dizer que conheci alguém.

- Ah é? E como ela é?

- É... Ainda estamos nos conhecendo, então, é cedo para dizer.

- Se ela te fizer qualquer coisa de mal, avisa que você tem uma amiga que é uma leoa.

Riu fraco e disse:

- Antes que você me pergunte... Não estou bravo com você. Foi honesta e sejamos francos. Quem sou eu para competir com ? O cara que te fez ir para outra cidade para ir ver o show dele mais de uma vez, cometer todas as loucuras que você fez...

- É, mas qual é a garantia de que pode dar certo entre ele e eu depois que o prazo do juiz acabar?

- E qual é a garantia de que não vai?

Parei para pensar e não houve resposta.

- Aquilo que te falei em Nova Iorque, de você me avisar se precisar, ainda está de pé.

Me levantei, abrindo a porta. Ele se levantou rapidamente e, sem deixa-lo dizer qualquer coisa, o abracei apertado, chorando. Ele acariciava os meus cabelos e tentava me acalmar.

Depois que ele foi embora, liguei para o para avisar que iria dormir na casa das meninas e ele percebeu que tinha alguma coisa de errado comigo. Até tentou descobrir o que tinha acontecido, mas não conseguiu.

Na manhã seguinte, quando cheguei ao estúdio, pedi à Claire, aproveitando que só nós duas estávamos ali:

- Eu preciso que você me faça um favor enorme. Liga para o e avisa que, se ele quiser ir almoçar comigo hoje, está tudo bem. E ó... Nada de falar com o .

Mesmo estranhando, atendeu ao meu pedido.

À uma hora em ponto, o já estava ali e, quando entrei no carro, me cumprimentou. Fomos até um restaurante ali perto e esperou até que trouxessem os pedidos para começar a conversa:

- Eu vou ser honesto. Ainda não vi nenhum motivo para confiar em você.

- Eu sei. - Respondi. - E você tem mais motivos para continuar desconfiado. Te entendo e, se estivesse no seu lugar, agiria da mesma forma. Mas o que eu quero te perguntar é outra coisa.

- O que?

- O que eu posso fazer para que me dê uma única chance para mostrar que sou confiável?

Me olhava, avaliando.

- Pode começar me explicando direito o que o foi fazer na casa das meninas ontem.

- Foi para conversar comigo. Eu quis esclarecer algumas coisas.

- Que coisas?

Respirei fundo e avisei:

- Eu sei que, de algum modo, o vai perceber, mas se puder tentar manter segredo, pelo menos por enquanto...

Seu olhar passou de avaliativo para desconfiado.

- Estou gostando de verdade dele. Eu não queria me envolver com seu irmão, mas... Do jeito que as coisas estão, é inevitável. Quis falar com o justamente para esclarecer que ainda gosto dele, mas como amigo. Diferente do que sinto pelo .

- E o que você sente pelo , exatamente?

Hesitei.

- Ainda é cedo para dizer que amo. Posso dizer o mesmo sobre paixão. Eu diria que gosto muito dele.

- Supondo que o prazo do juiz acabe e o te peça para ficar aqui. O que ia fazer?

- Honestamente? Teria de ver como tudo estaria entre eu e ele para poder te dizer com certeza. Dependendo, posso ir para Londres, só para acertar algumas coisas que ficaram pendentes, como meus trabalhos e, na pior das hipóteses, vender a minha parte do apartamento para as meninas e, talvez, possa voltar para cá e ver o que acontece. Normalmente penso no que vou fazer futuramente, mas desta vez, eu não sei o que fazer. Tudo depende de como vamos estar na próxima audiência com o juiz.

- O que quer fazer com a sua parte do dinheiro?

Olhei para ele.

- Investir numa coisa pessoal. Não é algo como cirurgia plástica. Só duas pessoas sabem o que é e prefiro que continue assim.

Estreitou os olhos e falei:

- Olha, eu sei o que aquela... Coisa fez com o e com a banda. Te garanto que, se ela aparecesse aqui e agora, ia fazer um estrago naquela cara de... - Me freei. - Enfim. Se eu estou fazendo tudo isso, de impor condições para que a banda volte, que o volte a conviver com o e o e todo o resto, não é por puro egoísmo, já que sou fã de vocês. Só... Estou aproveitando a oportunidade para tentar arrumar o estrago que aquela monstra do pântano fez. Principalmente com a amizade de mais de uma década de vocês. Vejo o quanto sente falta disso e quis dar esse... Empurrãozinho. E pelo que estou vendo... Ele não é o único.

Continuou me avaliando e disse:

- Você perguntou o que podia fazer para que eu te desse um voto de confiança... Então mostre que merece. Prove que estou errado ao seu respeito. Não quero provas materiais, mas comportamentais mesmo.

Concordei.

Quando cheguei ao estúdio, depois do almoço, o estava concentrado em alguma coisa e, aproveitando que ele não estava me ouvindo, graças aos fones de ouvido, me aproximei sorrateiramente da sua cadeira e, quando estava menos esperando, me inclinei e comecei a beijar sua nuca, o assustando sem querer.

- Me desculpe. - Falei, morrendo de vergonha. Sorriu e me puxou para o seu colo depois de tirar os fones.

- O veterinário ligou, a propósito.

- E o que ele falou dos gatinhos?

- Que depois de passar esses dias todos em observação e fazendo vários exames... Estão bem. Quer dizer, tem um que está com aquela doença da Vivi.

- Ai meu Deus! - Cobri a boca com a mão.

- É. Mas diz ele que já tem algumas pessoas interessadas, então...

Concordou. De repente, a Claire bateu na porta e perguntou:

- Hã... , posso falar com você um instante?

Me levantei e, depois que fui até ela, disse:

- Pode me fazer um favor?

Concordei.

- Aconteceu um imprevisto e tem como você avisar ao Stefan que não vou hoje?

- Tudo bem. - Respondi. O telefone tocou e ela foi correndo atender. Quando me virei para o , claro que quis saber o que tinha acontecido e tive uma ideia. Liguei para as meninas e conversei com as duas. Ficaram um pouco hesitantes, mas, no final, concordaram.

Assim, logo que íamos embora, falei com o :

- Acho que está na hora de você saber o que a gente faz todas as terças e quintas.

Me olhou, estranhando e perguntei, esticando a mão e indicando as chaves do carro:

- Posso?

Me entregou e foi para o lado do passageiro. Ajustei seu banco e consegui sair da vaga com uma habilidade que o deixou surpreso. Fui dirigindo e confesso que estranhei um pouco, principalmente depois de ter passado o último ano dirigindo por Londres. Perguntou:

- Estranhando por que aqui é diferente de Londres?

- É... Um pouco. E o mais absurdo disso é que a minha cidade tem a mesma mão que aqui. Tirei carteira lá e tive que fazer autoescola de novo depois que mudei para a Inglaterra.

Riu fraco e, quando chegamos no centro, não pôde esconder a surpresa por estarmos ali. Entramos num estacionamento aberto e logo vi uma vaga. Depois que parei o carro, abri a porta e não pude deixar de rir da sua cara de surpresa. Perguntei:

- Vai ficar aí?

Parecendo acordar, saiu do carro e foi andando até onde eu estava. Consegui descobrir o botão do alarme e travei as portas. Fui andando com ele até um prédio ali perto e, depois que abriram o portão, fui andando até o elevador, daqueles antigos. Fechou as grades de fora e do interior e apertei o botão três. Perguntou:

- Vai me contar onde estamos indo?

Sorri, misteriosa e, assim que chegamos, havia uma música alta tocando, combinada com as instruções de um homem. A recepcionista, uma jovem mexicana de pele bronzeada e cabelos incrivelmente escuros estava ali, se mexendo levemente. A cumprimentei e arregalou os olhos ao ver o .

O guiei pela mão até o vestiário e, antes de entrar, falei:

- Me espera aqui. Se precisar, o banheiro masculino é ali.

Depois de trocar de roupa, me olhou, não escondendo a curiosidade.

- Vem? - Perguntei, estendendo a mão para ele, que me acompanhou. Assim que chegamos ao mesmo salão de onde vinha a música alta, algumas pessoas olharam para o . Logo encontrei as meninas e fomos até elas. A Lola se aquecia, sentada no chão e esticando a perna. Já a Nadine estava só sentada ao lado, apoiada nos braços. As duas conversavam e, assim que nos notaram ali, cumprimentaram o .

- E a Claire? - A Di quis saber.

- Não vai vir. Disse que teve um imprevisto e pediu para avisar ao Stefan.

- E falando no diabinho... - A Lola disse, indicando o nosso professor. Era um latino típico, com pele bronzeada, traços marcantes e olhos e cabelos escuros. Apesar de ser professor de dança, era gorduchinho e baixo.

- Buenas!

Todo mundo respondeu e ele deu um tempinho para que o resto da turma chegasse. Uma vez que estava todo mundo ali, foi impossível para ele não notar o .

- Já que você está aqui... Vai ser o par da . - Decidiu e, vendo que o ia argumentar, falei baixo:

- Vai por mim... Melhor não argumentar. E eu te ajudo.

Logo, o Stefan começou a explicar o que iríamos fazer e, assim que começaram a tocar a música, fui dando as orientações para o e até que ele estava conseguindo acompanhar o ritmo, ainda que não tivesse feito nenhuma aula.

Quando estávamos dando uma pausa, mal conseguia aguentar ficar de pé e, depois que o percebeu, fez com que eu sentasse numa cadeira e, se ajoelhou no chão. Apoiou meu pé sobre o próprio joelho e tirou meu sapato. Repetiu o gesto com o outro e a Lola se materializou ao nosso lado. Disse:

- Isso está tão fofo...

Ri e ele começou a me fazer uma massagem.

- Ai que inveja. - Ela disse e falei:

- Me resigno a não explicitar o que pensei para não apanhar.

- É... Bom mesmo. Escutem... A Di estava falando de a gente ir comer alguma coisa saindo daqui. Animam a ir?

Demos de ombros e concordamos.

- Algum lugar especial?- Perguntei e ela também deu de ombros. - Ai, mas que preguiça disso!

Ela riu e, logo a pausa acabou.

Quando terminou a aula, viemos embora e as meninas iam nos seguindo até a hamburgueria que o tinha se lembrado. A Nadine foi fazer os pedidos enquanto nós íamos escolher a mesa. A Lola perguntou, depois que nos sentamos:

- , sabia que a não gosta de sorvete?

Senti o olhar dele.

- Não... É sério?

- É. Não gosto.

- Por quê?

- É sério que você está me questionando por eu não gostar de sorvete?

- Estou tentando entender, só isso.

Suspirei.

- Sou intolerante à lactose. Não gosto de coisas muito geladas. Prefiro chá a sorvete...

Olhou para a Nicola, que concordou.

- A já tinha esse hábito antes mesmo de a gente se conhecer.

- Você não é normal... - Disse, rindo. - Preferir chá à sorvete?

Dei de ombros.

- Bom, pelo menos você sabe que eu gosto de chocolate. - Respondi.

- Para de modéstia, . Você não gosta. Você ama. - A Di falou, se sentando ao lado da Lola.

- Mas vocês duas decidiram armar um complô contra mim hoje?

Claro que as duas riram e continuaram com o assunto.

Quando chegamos em casa, estava me preparando para ir dormir quando o bateu na porta.

- Adelante! - Falei, do banheiro.

- ? - O ouvi me chamar e falei:

- Um segundo.

Terminei de vestir a camisola e, assim que saí, me olhou de cima a baixo e perguntei:

- Posso te fazer uma proposta?

Concordou.

- Eu paro de te chamar de se me chamar de .

- E por que não posso te chamar mais de ?

- Porque parece que você está me dando uma bronca. Mesmo quando tenho certeza que não. Sem falar que... - Comecei a andar na sua direção. - é mais íntimo que . Do mesmo jeito que acontece com e , respectivamente.

- Tudo bem então... .

- Então... Queria falar comigo sobre...?

Hesitou por um instante e, em seguida, se aproximou, parando na minha frente. Pôs uma mecha de cabelo atrás da minha orelha e deixou o dedo deslizar pela linha do meu maxilar. Ergueu meu queixo e começou a se inclinar na minha direção. Fechei os olhos e quase imediatamente senti sua boca na minha. Suas mãos foram para a minha cintura, a apertando com gentileza. Correspondi, tocando seu rosto e o puxando para mais perto. Quando as coisas estavam começando a ficarem intensas e não conseguíamos mais respirar direito, decidimos que era a hora de parar. Manteve seu rosto próximo ao meu e disse:

- Dorme comigo hoje...

- De novo?

O observava quando abriu os olhos.

- Ah... Não. Eu não quis dizer... Isto é. Se você quiser, por mim tudo bem...

- O que você quer? Não precisa ficar sem graça de dizer.

- Só... Dormir com você. No máximo, de conchinha.

Sorri e falei:

- Gostou de ter dormido comigo ontem? Mesmo parecendo que você estava dividindo a cama com um furacão ao invés de uma pessoa comum?

Assentiu e parecia um menino pequeno.

- Tá... - Respondi. Fui andando até a entrada do quarto e, quando já estava com a mão no interruptor, perguntei, o olhando: - Não vai vir?

Nem precisou perguntar uma segunda vez; Quando vi, já estava ao meu lado.

Quando acordei na manhã seguinte, fiz um pouco de preguiça, ficando de olhos fechados e só aproveitando a posição em que estava. Sabia que o me abraçava por trás e ele me parecia estranhamente quente. Me virei de lado como pude e encostei de leve no seu rosto, sentindo sua temperatura e estava normal. De repente, ele gemeu e perguntei:

- Te machuquei?

- Não... Mas... Não mexe.

Estranhei e me manteve imóvel, apoiando o braço no meu quadril.

- Sabia que se tentar me fazer ficar quieta é pior, não é? - Perguntei e ele suspirou. Só então consegui perceber o que estava de errado. Aliás... Perceber não. Sentir.

- Desculpa. - Disse, morrendo de vergonha.

- Te desculpar por algo que é normal?

- Bom, essa sua camisola não ajuda nem um pouco, se quiser saber.

Não consegui segurar o riso e senti que me bateu.

- Sabia que tem gente que se excita batendo nos outros, não é? - O provoquei.

- É, eu sei. - Falou de um jeito meio impaciente.

De repente, me surgiu uma ideia irresistível demais.

- , me solta, por favor.

Mesmo estranhando, obedeceu. O empurrei de leve pelos ombros e fiz com que se deitasse de costas. Fiquei de quatro sobre ele e me inclinei na sua direção, começando a beijar sua bochecha. Não resistindo, dei uma mordida de leve e ele riu. O provoquei:

- A culpa é sua... Quem mandou ser altamente gostoso?

- Eu sou altamente gostoso? - Perguntou, achando graça. Concordei e continuei trilhando um caminho de beijos, passando agora pelo seu pescoço e não deixando nenhum mínimo pedaço da sua pele passar ileso. Quando voltei a beijar sua boca, conseguiu inverter as posições e ficou deitado por cima de mim. Segurou firme em minha perna, a passando em torno do seu quadril e fez o mesmo com a outra, quase imediatamente.

Tão logo sua boca deixou a minha e estava cada vez mais perto do meu ouvido, disse, com aquela voz sexy, rouca e um pouco ofegante:

- Estou reconsiderando irmos ao estúdio hoje.

- E o que vai usar como justificativa?

- Ainda estou tentando pensar em alguma coisa, mas não está fácil.

Ri baixo e mordeu de leve o lóbulo da minha orelha.

Um tempinho depois, já não tinha mais nenhuma barreira de roupas atrapalhando e ele já se movia daquele jeito mais lento e torturante imaginável quando fomos interrompidos por batidas na porta. Nós dois resmungamos e ele, interrompendo o beijo, disse:

- O que foi?

- , a Claire está no telefone e disse que é importante. - Ouvi a Rosa dizer e ele suspirou, saindo de mim e deixando aquela sensação incômoda de vazio. Se esticou para pegar o aparelho sobre o criado mudo ao lado da cama e disse:

- Fala, Claire.

Houve uma pausa e seu rosto ficou tenso.

- E quando foi?

Outra pausa e não ousei tocá-lo; Vai que aquilo só ia piorar ainda mais seu nervosismo evidente?

- Tá. Daqui a pouco estamos aí.

Despediu-se rapidamente e, depois que recolocou o aparelho no lugar, se levantou, procurando a boxer.

- O que foi? - Perguntei. - Alguma coisa séria com o estúdio?

- É. Se arruma que a gente vai sair logo. - Respondeu, um pouco frio. Me levantei e, pegando a minha camisola caída no chão (E fazendo questão de não colocar a calcinha), a vesti quando se distraiu e fui para o meu quarto.

Na primeira oportunidade que tive, porém, avisei à Rosa:

- Deixa o quarto do do jeito que está. Depois dou uma arrumada.

Mesmo estranhando, concordou e ele logo reapareceu, avisando que tínhamos de ir. Corri para acompanha-lo e, assim que chegamos ao estúdio, haviam dois executivos engravatados, de cabelos grisalhos e expressões sérias sentados nos sofás da recepção. Me apresentou brevemente aos dois, que eram representantes da gravadora e fomos até a sala do . Me sentei ao sofá de couro enquanto os dois ocuparam as cadeiras de frente para a escrivaninha. Os dois executivos conversavam sobre amenidades com o e dava para ver que aquilo tudo era para encher linguiça, nada mais além disso. Sem falar na cara de poucos amigos dele...

Quando menos esperei, ouvimos umas batidas na porta e, quando esta se abriu, olhei para ver quem era e, para minha surpresa era aquele nojento do Paul.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

What happens in Vegas... Might not stay in Vegas - 17º capítulo


17. Consumed with what's to transpire

Quente como uma febre, ossos se tocando
Eu poderia só sentir o gosto, sentir o gosto
Se não é para sempre, se é só por essa noite
Oh ainda é a melhor, a melhor

(Kings of Leon - Sex on fire)

Luiza

Chegamos em casa, já bem tarde, e a primeira coisa que fiz foi ir correndo até a escada e tirar as sandálias. Só quando abri os olhos, depois de algum tempo, é que vi que estava sendo observada.

- Sabia que esse seu olhar está me dando medo? Estou prevendo a hora em que você vai me dar uma mordida.

Fez uma expressão que me deixou com um pouco de medo.

- Engraçado, porque era exatamente nisso que eu estava pensando.

- Em me dar uma mordida?

- Não... Uma só não me satisfaz. - Disse, se aproximando. - E também, não quero só morder. Quero muito mais que isso.

- E... O que você quer, exatamente? - Perguntei, entrando no joguinho dele.

Deu um sorriso malicioso e parou na minha frente. Se abaixou e disse:

- Não quero transar com você.

- Não? - Perguntei, sem entender e até um pouco assustada com a sua franqueza; Sabia que os alemães podiam falar assim, curto e grosso e sem medo de magoar alguém.

- Não.

- Ah... Então tá.

Sorriu e disse:

- Não quero só transar com você porque não vai ser o bastante.

- Não sei se você percebeu, mas está me deixando bem confusa.

Riu.

- Por melhor que possa ter sido em Nova Iorque, ainda sim, não foi o que eu queria. E posso apostar que também não era o que você queria, uma coisa mais...

- Carnal e impulsiva?

- É. Ainda mais que, apesar de tudo, estávamos sob efeito de álcool. Hoje não quero que seja assim. Não quero que seja tudo só para me satisfazer. O que eu quero, de verdade, é realmente conhecer seu corpo. Beijar cada pedaço, descobrir onde e como te tocar...

Desviei o olhar dele por um instante. Sentia minhas bochechas queimando e tinha que me controlar.

- Em outras palavras...

- Quero fazer amor com você.

Respirei fundo e o provoquei:

- Já te disseram o quanto você é direto?

Sorriu e concordou.

- Me ajuda a levantar, por favor? Mas pelo amor de Deus, não me carrega. Ainda mais que tem o risco de cairmos da escada. - Avisei e ele atendeu ao meu pedido, se levantando e estendendo a própria mão para mim. A peguei e me ajudou. Me abaixei para pegar as sandálias e, assim que comecei a subir as escadas, sendo seguida de perto por ele, falei:

- Já te disse o quanto você me intimida?

- Não. Por quê?

- Nada. Era só...

- Não... Estou perguntando por que eu te intimido.

- Bom, você é a pessoa mais direta que eu conheço. Sem falar que tem vez que você me olha de um jeito...

- Que jeito?

- Do mesmo jeito que eu olho para uma vitrine de uma loja de doces.

Riu e disse:

- Você não para de pensar em doces um minuto! É incrível!

- Bom, veja pelo lado positivo: Já sabe como me amansar quando eu estiver nervosa. - Pisquei. Chegamos ao seu quarto e não pude deixar de sentir um nervosismo daqueles. Tanto que travei, antes mesmo de passar pela porta.

- O que foi?

- Nada. - Respondi, depois de respirar fundo e finalmente tomar coragem. Parei perto dele, que disse:

- Só eu estou me sentindo estranhamente nervoso?

O olhei e completei:

- Como se fosse a primeira vez?

Concordou, me olhando.

- Não. Você não é o único.

Ficamos ali, com aquele sentimento de constrangimento, sem saber direito o que fazer. Até que perdi a paciência, dando um estalo com a língua e, tomando o máximo de cuidado para não causar nenhum dano ao vestido, subi na sua cama, ficando ajoelhada e ele, com aquela cara de quem estava querendo rir. Falei:

- Não sei quem é pior: Você, que foi caçar uma mulher vinte e três centímetros mais baixa ou eu, que fui arrumar um marido de quase dois metros de altura. E - enfatizei. - ainda estou descalça, para ajudar.

Riu e veio andando até a beirada da cama. Parando muito perto de mim, disse:

- Sabe que altura nunca é uma barreira, não é?

- Não. Afinal de contas... Para quê existem bancos, degraus, saltos altos?

Sorriu e apoiou as mãos na minha cintura. Em contrapartida, eu comecei a abrir o paletó do seu terno e não controlei a língua, para variar:

- Você de terno é um perigo!

- Por quê?

- Ao contrário das outras mulheres do mundo, que fantasiam com policiais e bombeiros... Para mim, não tem coisa mais sexy que um homem bonito de terno. Principalmente... - Consegui afrouxar a sua gravata e a puxei de uma vez. - Gravatas.

- O que gravatas têm de sexy?

Dei um meio sorriso e falei:

- Sério que ainda não entendeu?

A ficha caiu e ele sorriu, malicioso.

- Mas hoje não. Talvez uma próxima vez...

A coloquei sobre a cabeceira da cama. Em seguida, comecei a desabotoar sua camisa. Antes mesmo de terminar, não resisti e comecei a beijar seu peito. Depois que abri o último botão, empurrei a peça pelos seus ombros e, uma vez que caiu no chão, me endireitei e me olhou fixamente por alguns instantes. Sem qualquer aviso, se inclinou na minha direção, eliminando a mínima distância entre nós e, logo que fechei os olhos, senti sua boca na minha. Imediatamente, uma das suas mãos deixou minha cintura e foi até meus cabelos, deixando os dedos se entrelaçarem nos fios. A outra ainda permanecia onde estava, fazendo uma leve pressão ali. Passei meus braços em torno do seu pescoço e o puxei para mais perto, se é que aquilo era fisicamente possível.

Passados alguns minutos, o beijo foi ficando mais intenso e já começava a sentir uma leve falta de ar. Mas aquilo ainda não era o suficiente para me fazer parar. Quando percebi, ele estava se inclinando na minha direção, fazendo com que eu me deitasse na sua cama e ficou por cima de mim. Aproveitando a oportunidade que tive, quando começou a beijar meu pescoço, perguntei:

- Não era melhor ter tirado o meu vestido antes de me fazer deitar?

- Está com medo de rasgar ou alguma outra coisa?

- Não. É pela dificuldade mesmo.

- Consigo tirar, não se preocupe.

Fato que o vestido estava me incomodando. Tanto que consegui afastá-lo e, na primeira oportunidade, o derrubei ao meu lado. Parecia indignado, mas não falou um A. Principalmente porque eu me levantei da cama e tirei o vestido, deixando a peça escorregar pelo meu corpo até atingir o chão. E acho que o conjunto de calcinha e sutiã que estava usando ajudou no seu silêncio. Só para provoca-lo ainda mais, fiz questão de me abaixar, virada de costas para ele e peguei o vestido. Quando o espiei, por cima do ombro, sorri e tive uma ideia. Pedi, do jeito mais doce que consegui:

- Posso fazer uma coisa?- Detalhe: Estava me usando do clássico artifício de tombar a cabeça para o lado, sorriso inocente e as mãos na frente do corpo, com os dedos entrelaçados.

Concordou, engolindo em seco. Subi na cama e, pondo uma perna de cada lado do seu corpo, continuei com a provocação:

- Engraçado você não demonstrar o mínimo de curiosidade a respeito do que eu quero fazer... Esperava que fosse me perguntar...

Engoliu em seco e disse:

- Estou imaginando.

- E o que você está imaginando?

- Muitas coisas.

- Ai, Bill... Deixa de ser ruim e me responde direito... - Falei, fazendo beicinho, inclusive.

Respirou fundo e perguntou:

- O que você está pensando em fazer comigo?

Dei um meio sorriso e falei:

- A primeira coisa... Começar a te beijar. Não só na boca. Mas começando de onde parei... - Comecei a desenhar círculos sobre seu peito, um pouco abaixo da sua tatuagem. - Passando por outros lugares... - Deslizei a ponta da unha em linha reta até chegar no seu umbigo. Tudo isso, claro, bem lento. - Até chegar... - Rodeei o seu umbigo e continuei a traçar a linha reta. - Onde eu quero. - Descansei a mão sobre o cós da sua calça. O olhando fixamente, abri o botão da sua calça e desci o zíper. Antes mesmo de chegar na metade do caminho, já senti sua rigidez crescente e ele perguntou, com a voz rouca (Mas não menos sexy) e falhando um pouco:

- E... O que quer fazer aí?

Mantive o sorriso torto.

- Tem certeza que quer descobrir?

Assentiu, engolindo em seco.

- Levanta os quadris então, por favor.

Obedeceu e tirei a sua calça, levando a boxer junto. Me odiei por causa de Nova Iorque; Deveria estar totalmente sóbria, assim, além de lembrar melhor dos detalhes, ainda não teria o choque de ver o quão grande ele era. Percebendo isso, teve que me provocar:

- O que foi? Ficou com medo?

Estreitei os olhos.

- Se você ficar convencido demais, te viro de bruços e ainda sento em cima do seu quadril. E largo todo meu peso, sem dó, nem piedade!

- Ah, Luiza... Seria tão má assim comigo? Ainda mais nessa situação?

Arqueei a sobrancelha e, me debruçando sobre ele, avisei:

- Não duvide do que sou capaz de fazer, Bill.

- Me mostra então. Me mostra o que quer e pode fazer comigo.

Me aproximei dele e o beijei. Esperei alguns instantes até que ele quase perdesse o controle e, quando menos esperou, envolvi seu pênis com a mão esquerda, que era a que eu tinha menos força, e comecei a movê-lo para cima e para baixo, bem lentamente. À medida que ia aprofundando o beijo, ia aumentando a velocidade com que o masturbava. Aproveitando uma brecha que teve, avisou:

- Não vou conseguir aguentar por mais tempo, Luiza...

- Bom saber... - Respondi. Finalmente me afastei dele e, sem parar de mover minha mão, sorri torto antes de me debruçar sobre seu sexo e o cobri com minha boca, sugando e, ao mesmo tempo, movendo minha língua. Mantive o contato visual o tempo inteiro e admirei cada mudança das suas expressões. Saber que ele estava daquele jeito e por minha causa só me fez ter mais vontade de continuar com os estímulos, diferente das outras transas que tive, que era por puro egocentrismo, justiça seja feita. Decidindo dificultar um pouco mais as coisas para o seu lado, comecei a tocar, tentando usar o máximo possível de delicadeza, seus testículos, vez ou outra esbarrando em algum ponto que parecia aumentar ainda mais a sua agonia. Assim que senti o gosto do pré-gozo, finalmente o soltei e, de repente, estava deitada sobre a cama, com ele por cima de mim, segurando meus pulsos de cada lado da minha cabeça; O rosto próximo do meu e, por consequência, sua respiração forte e acelerada se chocando contra minha pele. Disse, me fixando:

- Sua vez, Sra. Kaulitz...

Do mesmo jeito que eu havia feito, começou me beijando de um jeito diferente; Dava claramente para perceber que tinha desejo ali. Mas era tão mais intenso que de costume... Começou a mover sua língua de um jeito bem... específico e aquilo me excitou mais do que deveria. Estava acostumada àquele tipo de beijo, graças ao Alex, mas era diferente. Com o Bill, parecia que cada sensação era ainda mais intensa e eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser me deixar levar. Abandonou minha boca e começou a ir na direção do pescoço, se demorando o suficiente para não deixar nenhum mínimo pedaço de pele passar ileso. Sentir sua boca morna e macia me tocando daquele jeito era uma das melhores coisas do mundo.

Como não podia deixar de ser, mordeu o lóbulo da minha orelha e gemi fraco, sentindo meu corpo estremecer e ser tomada por um arrepio. Como já estava com as mãos livres, uma delas arranhava livremente sua nuca enquanto cravava as unhas da outra no seu ombro. Lentamente, ele foi distribuindo beijos pelo meu colo e senti que inspirava vez ou outra, como se tentasse absorver o cheiro da minha pele. Assim que alcançou a parte descoberta dos meus seios, percebeu alguma coisa e parou. Olhei para ele e perguntei:

- O que foi?

- Se importa se eu acender a luz? - Quis saber e neguei. Quando ia se esticar na direção dos abajures, o impedi e eu mesma os liguei. - Realmente... Você não é como as outras...

- Só porque aceitei ligar a luz?

- Não. Por que não está incomodada.

Dei um meio sorriso e ele baixou o olhar, olhando uma coisa.

- Vai ficar reparando em mim agora? - Perguntei.

- Não. Estava só... Tendo uma ideia.

- Vai em frente então.

Senti sua mão deslizando por baixo das minhas costas até alcançar o fecho do sutiã. Assim que conseguiu abri-lo, a peça imediatamente ficou mais frouxa e, no segundo seguinte, já era atirada a um canto qualquer do quarto. Ficou me olhando e não demorou a recomeçar a beijar meu colo de onde tinha parado e, desta vez, não parou. Assim que senti sua mão se fechando sobre um dos meus seios, a boca cobriu o outro. Sua língua deslizava lentamente sobre o bico, que se intumescia cada vez mais. E aquilo tudo se tornava uma tortura cada vez maior para mim. Percebendo o quanto aquilo tudo me excitava ainda mais, não parou e, ao invés disso, trocou: A mão que antes apalpava o meu seio, agora estimulava o que estava coberto pela boca e vice-versa. Sem que pudesse me dar conta, consegui passar minhas pernas em torno do seu corpo. Sentia sua pele ardendo de tão quente contra a minha, que não deveria estar tão diferente assim...

Não muito tempo depois, começou a beijar o espaço entre os meus seios e demorou-se mais naquela tarefa. Passou rapidamente (Mas não deixando passar um milímetro intocado) pela barriga e, quando se aproximava do baixo-ventre, já não me importava com mais nada, principalmente em disfarçar minhas reações. Senti seus dedos se enganchando nas laterais da calcinha e, à medida em que ia avançando, ia a empurrando para baixo. Uma vez livre da peça, afastou gentilmente as minhas pernas e eu esperava que começasse a fazer oral em mim. Mas não o fez. Ousei abrir os olhos e começou a beijar lentamente a parte interna da minha coxa. Só para piorar mais ainda a minha situação, vez ou outra deixava a barba me arranhar. Estava quase batendo nele, por se aproximar muito do meu sexo e, logo em seguida, se afastar.

Quando menos esperei, finalmente senti sua língua em mim. Não demorou muito a usar seus dedos para me estimularem e, assim que senti o seu polegar movendo o meu clitóris em círculos, tentei formar uma frase curta, mas não consegui; Já estava tendo a conhecida sensação de que ia chegar no meu limite. Não sei como, mas consegui chama-lo. Parou para me olhar e aproveitei para puxá-lo. Ficou por cima de mim e me beijou. E foi justamente quando estava começando a me empolgar de novo que o senti em mim. Por ser lento, não contive um gemido de satisfação. E por isso, ele começou a se mover nesse mesmo ritmo, dando um jeito de me penetrar profundamente. Me agarrei à ele e não ia querer soltá-lo tão cedo.

Depois de alguns minutos, começou a se movimentar mais rapidamente e, com isso, as sensações ficavam cada vez mais intensas. Tentei corresponder às suas investidas como pude. Me segurava ao máximo para não arranhá-lo, mas era um pouco impossível. O jeito, então, era me agarrar aos lençóis. Sem me dar conta, fui arqueando as costas e ele segurou firmemente numa das minhas pernas, tentando conseguir um maior contato e profundidade.

Logo que aumentou a velocidade das investidas, ficou impossível continuar com o beijo e, portanto, manteve o rosto próximo ao meu. Quando a vontade de segurá-lo ficou pior ainda, me agarrei ao travesseiro e perguntou, em meio à ofegos:

- O que foi?

- Não quero te... - Gemi. - Não quero te machucar.

- Não vai... Pode ficar com as mãos em mim.

Hesitei um pouco e, percebendo isso, conseguiu segurar meus pulsos e colocou as minhas mãos sobre seus ombros. Começou a apertar a minha cintura e, quando eu estava quase no meu limite, tentei me segurar o máximo que pude, mas ele começou a me penetrar mais rapidamente ao mesmo tempo em que começou a beijar meu pescoço, mordendo o lóbulo da minha orelha.

- Bill... - Sussurrei e ele não parou. Senti cada músculo do meu corpo se retesando, ao mesmo tempo em que tinha a sensação boa e assustadora de que parecia que não ia aguentar. Apertei meus braços ainda mais em torno do corpo do Bill, o puxando contra mim e, chegando ao máximo do que conseguia, não resisti e finalmente o arranhei, cravando as minhas unhas nas suas costas. Depois de alguns minutos, foi a vez dele e me esforcei ao máximo para continuar com os olhos abertos e prestando atenção em cada expressão que fazia. Assim que chegou ao clímax, se largou em cima de mim, mas sem liberar todo seu peso. Roubou um beijo e, em seguida, pôs a cabeça sobre o meu colo.

- Isso foi... - Comecei a dizer.

- É... Eu sei... - Respondeu e ri. De repente, me deu soluço. Ergueu a cabeça para me olhar e perguntou: - Quer que eu pegue um copo de água para você?

Neguei.

- Eu - Solucei. - Eu vou.

Muito a contragosto, ele saiu de mim e tentei ao máximo ignorar a sensação de vazio que tive. Me levantei da cama, pegando a sua camisa e a vestindo. Senti seu olhar na minha direção e não me virei uma única vez porque, se o fizesse, provavelmente não ia tomar água e não estava nem um pouco a fim de um segundo round acompanhado de soluço. Desci até a cozinha e tomei a água, assimilando tudo que havia acontecido. Deixei um sorriso besta aparecer nos meus lábios e terminei a água.

Quando voltei para o quarto, ele estava quase dormindo. Me inclinei na sua direção e beijei seu rosto. Resmungou alguma coisa e falei:

- Já venho, ok?

De novo, resmungou alguma coisa. Mas, desta vez, foi positivamente. Me levantei e fui andando até o banheiro. Depois que terminei de fazer xixi, encarei meu próprio reflexo no espelho enquanto lavava as mãos. Respirei fundo e decidi que não ia poder adiar mais aquilo.

De volta ao quarto, tirei a sua camisa e me deitei ao seu lado. Assim que se deu conta que não estava mais usando nada, ao me abraçar por trás, perguntou:

- Achei que ia querer dormir com a minha camisa...

- Ah não... Quero sentir sua pele contra a minha, sem nenhuma barreira de tecido.

Beijou meu ombro e, quase imediatamente, dormimos.

Na manhã seguinte, assim que acordei e vi a hora, gemi fraco e tomei um susto quando senti sua boca próxima ao meu ouvido:

- Bom dia, mein leben...

- Estou achando que você quer ser viúvo...

- Por quê?

- Depois de ontem você ainda me acorda desse jeito... No mínimo quer acabar com o meu juízo...

- A culpa é sua, Sra. Kaulitz... Podia muito bem ter dormido com a minha camisa...

Começou a distribuir vários beijos pelo meu pescoço e aquilo foi me amolecendo instantaneamente.

Aos poucos, conseguiu me deitar de costas e se deitou por cima de mim. Começou a beijar os pontos mais críticos, tendo como o de partida, o perto da minha orelha. Continuou com a trilha e, quando chegou à base do meu pescoço, escondeu o rosto ali e inspirou, me causando um arrepio intenso e mordi o lábio, para não gemer. À essas alturas, eu sentia cada mínimo pedaço do meu corpo quase queimando. Senti uma das suas mãos apertando minha coxa com vontade, entrelacei meus dedos nos seus cabelos, os puxando com força o suficiente para não machuca-lo. Recomeçou a beijar a minha pele, descendo na direção do colo. O sentia fazer um carinho delicioso diretamente na minha cintura e passei a acariciar seu rosto com a mesma mão que antes estava nos seus cabelos. Com a outra, deixava minhas unhas deslizarem pela pele que era descoberta. Nesse meio tempo, senti que o Bill estremecia e ri.

- Ah, então é assim? - Perguntou, fazendo uma expressão de maldade que deu medo, na boa. Em seguida, sorriu malicioso e se inclinou sobre meu busto. Começou pelo seio esquerdo enquanto que, com a mão esquerda, massageava o outro. À medida que minha excitação ia aumentando, sentia que arqueava as costas de maneira inconsciente. De, repente, se dedicou a beijar, sugar e até mesmo a lamber cada seio, estimulando o outro com uma das mãos. Depois de alguns instantes, continuou sua trilha, indo cada vez mais para baixo. Chegando na minha virilha, ergueu o rosto e me olhou fixamente.

- Você é tão linda...

Não contive o sorriso e quando começou a beijar a parte interna da minha coxa, me concentrei nas sensações que me causava só de encostar seus lábios contra minha pele. Àquelas alturas, sentia uma determinada parte do meu corpo latejando e implorando pelo seu toque. Ainda mais que, só para me provocar, sentia que chegava muito perto da minha virilha para quase imediatamente, recuar. Quando estava impaciente, senti a ponta da sua língua deslizando pelo meu sexo, conseguindo um suspiro meu. Continuou com a provocação, com a diferença de que agora, tinha penetrado dois dedos dentro de mim. Sentia a bolinha do seu piercing tocando o meu clitóris e, sem perceber, movimentei meu quadril e ajudando-o. Desta vez, não parou quando pedi. Já sentia que não ia mais aguentar quando se posicionou em cima de mim e me beijou de um jeito intenso. Suas mãos deslizavam por cada centímetro do meu corpo e me sentia estremecer aos seus toques. Quando já não estava mais aguentando, percebi que estava quase entrando em mim, só que o impedi. Perguntou, um pouco confuso:

- O que foi?

Sorrindo, inverti as posições, deixando-o por baixo de mim. Me debrucei sobre ele, começando a beijar sua boca. Depois, passei para o pescoço, fazendo questão de ser lenta e não deixar nenhum pedaço de pele passar intocado. Sentia sua respiração se tornando cada vez mais rápida e forte e continuei com a pequena... Tortura. Depois de alguns minutos, quando fui me aproximando da sua barriga, percebi que havia aberto a boca e sorri, dando uma mordida de leve perto do seu umbigo, vendo-o arquejar. Dei um meio sorriso e continuei, deixando uma das minhas mãos passear pela parte interna da sua coxa.

- Iza... - Praticamente gemeu meu nome; Vi sua língua deslizar pelo lábio superior e ele engoliu em seco. Voltei a me debruçar sobre ele e continuei a beijar sua barriga, descendo cada vez mais. Percebi que, à medida que fazia isso, sua respiração saía mais entrecortada. Quando cheguei ao seu quadril, tive uma ideia e fiz o contorno da sua tatuagem de estrela com a ponta da língua. Vi seus músculos se contraírem e decidi não adiar aquilo por mais tempo. Protegi os dentes e segurei seu pênis e o coloquei na boca, recebendo um gemido rouco como resposta. Olhei para ele, que mordia o lábio inferior com força. Enquanto o masturbava, sugava a glande e, com a mão livre, manipulava seus testículos, percebendo o quanto aquilo tudo estava sendo torturante para ele. O tirei da boca, deixando a ponta da língua deslizar por toda sua extensão, sentindo-o ficar cada vez mais duro. Ao mesmo tempo, toquei em dois pontos estratégicos, um no seu pênis e outro nos testículos e ele se remexeu, gemendo meu nome. Logo, senti que não ia demorar muito para que chegasse ao seu limite e, aos poucos, fui parando com os estímulos. Fui engatinhando até um dos criados-mudos e abri a primeira gaveta. O que mais tinha ali era camisinhas. Minha mão coçou para dar aquele tapa estalado nele. Percebendo que eu estava procurando por alguma coisa, perguntou:

- O que você quer?

- Não precisa se preocupar. - Respondi, me inclinando na sua direção e dando um beijo no canto da sua boca. Peguei um dos pacotes e, depois de rasga-lo com os dentes, o olhei. Estava me fixando e seu olhar parecia me queimar. Pus a camisinha nele e, me sentando no seu colo, segurei seu pênis e o guiando de modo que pudesse me penetrar, o senti pegando na curva da minha cintura e começando a fazer com que eu me movimentasse. Segurava firme nos meus quadris, me ajudando. De repente, me lembrei de uma coisa e decidi coloca-la em prática. Movi meus quadris de um jeito bem específico e ele quase não aguentou. Estava ofegante e observei seu peito subindo e descendo. Não resisti e o acariciei. Ele retribuiu como pôde, apertando minha cintura com um pouco mais de força e continuou guiando meus movimentos. Quando finalmente atingi o clímax, gemi languidamente e senti seu corpo se retesando e relaxando quase imediatamente. Quando permiti me largar sobre ele, ainda ofegante, reclamou:

- Estou ficando viciado em você...

Sorri e apertou minha cintura.

- Gostosa. - Sibilou e o olhei, achando graça. - Fica aqui comigo hoje...

- Na cama? O dia inteiro?

- E o que tem?

- Tudo! Daqui a pouco a gente vai ter de comer alguma coisa. Sem falar que eu quero tomar um banho, já que estou que não me aguento de suor.

- A gente pode economizar água tomando banho juntos.

- Ah tá, para você me agarrar e a gente transar debaixo do chuveiro...

- Eu nem tinha pensado nisso.

- Não... Claro que não. E eu sou ruiva natural, como a Nicola.

- Continua com sarcasmo que juro que te ponho ajoelhada no meu colo e te dou um jeito.

- Você não ousaria...

De repente, me deu um tapa na bunda. Daqueles mais ardidos.

- Ah, Kaulitz...

Tentei revidar e é claro que não deu certo. Acabamos numa daquelas lutas de brincadeira e ele logo deu um jeito de me imobilizar, segurando meus braços acima da minha cabeça e prendendo minhas pernas com as dele. Nem imaginava como eu estava, com os cabelos em desordem e cobrindo meu rosto. Por um instante, ele pareceu hipnotizado pelo movimento rápido do meu peito e, depois de piscar por algumas vezes, afastou os meus cabelos e, depois de descobrir meu rosto, se inclinou na minha direção e me beijou lentamente. Depois de um bom tempo, estávamos quase sucumbindo à vontade de um segundo round quando meu estômago roncou. Quis morrer de tanta vergonha e o Bill, ainda com a boca colada à minha, perguntou:

- Vai me odiar se a gente continuar depois?

Sorri e neguei com a cabeça.

- Vou fazer o café para a gente então.

Roubou um último selinho demorado e se levantou. Não resisti e, me apoiando nos cotovelos, o observei enquanto vestia a boxer. Se virou de frente para mim e, ao me flagrar o observando, perguntou, dando um sorriso ladino:

- Apreciando a vista?

- E como!

- Eu também. - Falou e sorri, jogando o cabelo por cima do ombro. Em seguida, me deitei de lado, tomando o cuidado de deixar o lençol cobrir da minha cintura para baixo, enquanto os braços cobriam os seios. - Luiza... Não me provoca...

Sorri e mandei um beijo para ele, de brincadeira.

- Estou te avisando...

- OK. Eu paro. Vou me vestir e já desço.

Vestiu uma calça de moletom preta e, antes de sair do quarto, roubou um beijo. Depois de alguns poucos instantes, me levantei e, recolocando a camisa dele, peguei as minhas coisas e fui andando até meu quarto na ponta dos pés. Só que, no meio do caminho, tive a sensação de estar sendo observada. Olhei para trás e não tinha nada. Estranhei, mas entrei no quarto mesmo assim. Tomei um banho rápido e, depois que peguei uma camiseta e um short qualquer, desci. E encontrei o Tom sentado à bancada, conversando em alemão com o Bill.

- E aí? - Meu cunhado perguntou, depois que o cumprimentei com um beijo no rosto. - Como... Foi o baile de máscaras?

- Foi bom. Surpreendentemente, não fiquei cansada e dormi muito bem. - Respondi, me esquecendo de com quem eu estava falando até ver sua expressão. - E você, pelo visto... Também teve uma ótima noite, ou estou enganada?

- Perfeita, diga-se de passagem. - Respondeu.

Quando o Bill me deixou sozinha com o Tom por um instante, avisou:

- Quero conversar com você, mas sem que o Bill descubra. Se quiser, posso te buscar na quarta-feira no estúdio, durante a hora de almoço.

- E sobre o quê você quer falar, exatamente?

- Depois. - Disse e, quase imediatamente, o Bill reapareceu na cozinha. O Tom agiu normalmente e por um instante, tive a impressão de que não ia se exatamente uma conversa amistosa...

quarta-feira, 22 de julho de 2015

What happens in Vegas... Might not stay in Vegas - 17º capítulo - Interativa









17. Consumed with what's to transpire

Quente como uma febre, ossos se tocando
Eu poderia só sentir o gosto, sentir o gosto
Se não é para sempre, se é só por essa noite
Oh, ainda é a melhor, a melhor

(Kings of Leon - Sex on fire)



Chegamos em casa, já bem tarde, e a primeira coisa que fiz foi ir correndo até a escada e tirar as sandálias. Só quando abri os olhos, depois de algum tempo, é que vi que estava sendo observada.

- Sabia que esse seu olhar está me dando medo? Estou prevendo a hora em que você vai me dar uma mordida.

Fez uma expressão que me deixou com um pouco de medo.

- Engraçado, porque era exatamente nisso que eu estava pensando.

- Em me dar uma mordida?

- Não... Uma só não me satisfaz. - Disse, se aproximando. - E também, não quero só morder. Quero muito mais que isso.

- E... O que você quer, exatamente? - Perguntei, entrando no joguinho dele.

Deu um sorriso malicioso e parou na minha frente. Se abaixou e disse:

- Não quero transar com você.

- Não? - Perguntei, sem entender e até um pouco assustada com a sua franqueza; Sabia que os alemães podiam falar assim, curto e grosso e sem medo de magoar alguém.

- Não.

- Ah... Então tá.

Sorriu e disse:

- Não quero só transar com você porque não vai ser o bastante.

- Não sei se você percebeu, mas está me deixando bem confusa.

Riu.

- Por melhor que possa ter sido em Nova Iorque, ainda sim, não foi o que eu queria. E posso apostar que também não era o que você queria, uma coisa mais...

- Carnal e impulsiva?

- É. Ainda mais que, apesar de tudo, estávamos sob efeito de álcool. Hoje não quero que seja assim. Não quero que seja tudo só para me satisfazer. O que eu quero, de verdade, é realmente conhecer seu corpo. Beijar cada pedaço, descobrir onde e como te tocar...

Desviei o olhar dele por um instante. Sentia minhas bochechas queimando e tinha que me controlar.

- Em outras palavras...

- Quero fazer amor com você.

Respirei fundo e o provoquei:

- Já te disseram o quanto você é direto?

Sorriu e concordou.

- Me ajuda a levantar, por favor? Mas pelo amor de Deus, não me carrega. Ainda mais que tem o risco de cairmos da escada. - Avisei e ele atendeu ao meu pedido, se levantando e estendendo a própria mão para mim. A peguei e me ajudou. Me abaixei para pegar as sandálias e, assim que comecei a subir as escadas, sendo seguida de perto por ele, falei:

- Já te disse o quanto você me intimida?

- Não. Por quê?

- Nada. Era só...

- Não... Estou perguntando por que eu te intimido.

- Bom, você é a pessoa mais direta que eu conheço. Sem falar que tem vez que você me olha de um jeito...

- Que jeito?

- Do mesmo jeito que eu olho para uma vitrine de uma loja de doces.

Riu e disse:

- Você não para de pensar em doces um minuto! É incrível!

- Bom, veja pelo lado positivo: Já sabe como me amansar quando eu estiver nervosa. - Pisquei. Chegamos ao seu quarto e não pude deixar de sentir um nervosismo daqueles. Tanto que travei, antes mesmo de passar pela porta.

- O que foi?

- Nada. - Respondi, depois de respirar fundo e finalmente tomar coragem. Parei perto dele, que disse:

- Só eu estou me sentindo estranhamente nervoso?

O olhei e completei:

- Como se fosse a primeira vez?

Concordou, me olhando.

- Não. Você não é o único.

Ficamos ali, com aquele sentimento de constrangimento, sem saber direito o que fazer. Até que perdi a paciência, dando um estalo com a língua e, tomando o máximo de cuidado para não causar nenhum dano ao vestido, subi na sua cama, ficando ajoelhada e ele, com aquela cara de quem estava querendo rir. Falei:

- Não sei quem é pior: Você, que foi caçar uma mulher vinte e três centímetros mais baixa ou eu, que fui arrumar um marido de quase dois metros de altura. E - enfatizei. - ainda estou descalça, para ajudar.

Riu e veio andando até a beirada da cama. Parando muito perto de mim, disse:

- Sabe que altura nunca é uma barreira, não é?

- Não. Afinal de contas... Para quê existem bancos, degraus, saltos altos?

Sorriu e apoiou as mãos na minha cintura. Em contrapartida, eu comecei a abrir o paletó do seu terno e não controlei a língua, para variar:

- Você de terno é um perigo!

- Por quê?

- Ao contrário das outras mulheres do mundo, que fantasiam com policiais e bombeiros... Para mim, não tem coisa mais sexy que um homem bonito de terno. Principalmente... - Consegui afrouxar a sua gravata e a puxei de uma vez. - Gravatas.

- O que gravatas têm de sexy?

Dei um meio sorriso e falei:

- Sério que ainda não entendeu?

A ficha caiu e ele sorriu, malicioso.

- Mas hoje não. Talvez uma próxima vez...

A coloquei sobre a cabeceira da cama. Em seguida, comecei a desabotoar sua camisa. Antes mesmo de terminar, não resisti e comecei a beijar seu peito. Depois que abri o último botão, empurrei a peça pelos seus ombros e, uma vez que caiu no chão, me endireitei e me olhou fixamente por alguns instantes. Sem qualquer aviso, se inclinou na minha direção, eliminando a mínima distância entre nós e, logo que fechei os olhos, senti sua boca na minha. Imediatamente, uma das suas mãos deixou minha cintura e foi até meus cabelos, deixando os dedos se entrelaçarem nos fios. A outra ainda permanecia onde estava, fazendo uma leve pressão ali. Passei meus braços em torno do seu pescoço e o puxei para mais perto, se é que aquilo era fisicamente possível.

Passados alguns minutos, o beijo foi ficando mais intenso e já começava a sentir uma leve falta de ar. Mas aquilo ainda não era o suficiente para me fazer parar. Quando percebi, ele estava se inclinando na minha direção, fazendo com que eu me deitasse na sua cama e ficou por cima de mim. Aproveitando a oportunidade que tive, quando começou a beijar meu pescoço, perguntei:

- Não era melhor ter tirado o meu vestido antes de me fazer deitar?

- Está com medo de rasgar ou alguma outra coisa?

- Não. É pela dificuldade mesmo.

- Consigo tirar, não se preocupe.

Fato que o vestido estava me incomodando. Tanto que consegui afastá-lo e, na primeira oportunidade, o derrubei ao meu lado. Parecia indignado, mas não falou um A. Principalmente porque eu me levantei da cama e tirei o vestido, deixando a peça escorregar pelo meu corpo até atingir o chão. E acho que o conjunto de calcinha e sutiã que estava usando ajudou no seu silêncio. Só para provoca-lo ainda mais, fiz questão de me abaixar, virada de costas para ele e peguei o vestido. Quando o espiei, por cima do ombro, sorri e tive uma ideia. Pedi, do jeito mais doce que consegui:

- Posso fazer uma coisa?- Detalhe: Estava me usando do clássico artifício de tombar a cabeça para o lado, sorriso inocente e as mãos na frente do corpo, com os dedos entrelaçados.

Concordou, engolindo em seco. Subi na cama e, pondo uma perna de cada lado do seu corpo, continuei com a provocação:

- Engraçado você não demonstrar o mínimo de curiosidade a respeito do que eu quero fazer... Esperava que fosse me perguntar...

Engoliu em seco e disse:

- Estou imaginando.

- E o que você está imaginando?

- Muitas coisas.

- Ai, ... Deixa de ser ruim e me responde direito... - Falei, fazendo beicinho, inclusive.

Respirou fundo e perguntou:

- O que você está pensando em fazer comigo?

Dei um meio sorriso e falei:

- A primeira coisa... Começar a te beijar. Não só na boca. Mas começando de onde parei... - Comecei a desenhar círculos sobre seu peito, um pouco abaixo da sua tatuagem. - Passando por outros lugares... - Deslizei a ponta da unha em linha reta até chegar no seu umbigo. Tudo isso, claro, bem lento. - Até chegar... - Rodeei o seu umbigo e continuei a traçar a linha reta. - Onde eu quero. - Descansei a mão sobre o cós da sua calça. O olhando fixamente, abri o botão da sua calça e desci o zíper. Antes mesmo de chegar na metade do caminho, já senti sua rigidez crescente e ele perguntou, com a voz rouca (Mas não menos sexy) e falhando um pouco:

- E... O que quer fazer aí?

Mantive o sorriso torto.

- Tem certeza que quer descobrir?

Assentiu, engolindo em seco.

- Levanta os quadris então, por favor.

Obedeceu e tirei a sua calça, levando a boxer junto. Me odiei por causa de Nova Iorque; Deveria estar totalmente sóbria, assim, além de lembrar melhor dos detalhes, ainda não teria o choque de ver o quão grande ele era. Percebendo isso, teve que me provocar:

- O que foi? Ficou com medo?

Estreitei os olhos.

- Se você ficar convencido demais, te viro de bruços e ainda sento em cima do seu quadril. E largo todo meu peso, sem dó, nem piedade!

- Ah, ... Seria tão má assim comigo? Ainda mais nessa situação?

Arqueei a sobrancelha e, me debruçando sobre ele, avisei:

- Não duvide do que sou capaz de fazer, .

- Me mostra então. Me mostra o que quer e pode fazer comigo.

Me aproximei dele e o beijei. Esperei alguns instantes até que ele quase perdesse o controle e, quando menos esperou, envolvi seu pênis com a mão esquerda, que era a que eu tinha menos força, e comecei a movê-lo para cima e para baixo, bem lentamente. À medida que ia aprofundando o beijo, ia aumentando a velocidade com que o masturbava. Aproveitando uma brecha que teve, avisou:

- Não vou conseguir aguentar por mais tempo, ...

- Bom saber... - Respondi. Finalmente me afastei dele e, sem parar de mover minha mão, sorri torto antes de me debruçar sobre seu sexo e o cobri com minha boca, sugando e, ao mesmo tempo, movendo minha língua. Mantive o contato visual o tempo inteiro e admirei cada mudança das suas expressões. Saber que ele estava daquele jeito e por minha causa só me fez ter mais vontade de continuar com os estímulos, diferente das outras transas que tive, que era por puro egocentrismo, justiça seja feita. Decidindo dificultar um pouco mais as coisas para o seu lado, comecei a tocar, tentando usar o máximo possível de delicadeza, seus testículos, vez ou outra esbarrando em algum ponto que parecia aumentar ainda mais a sua agonia. Assim que senti o gosto do pré-gozo, finalmente o soltei e, de repente, estava deitada sobre a cama, com ele por cima de mim, segurando meus pulsos de cada lado da minha cabeça; O rosto próximo do meu e, por consequência, sua respiração forte e acelerada se chocando contra minha pele. Disse, me fixando:

- Sua vez, Sra. ...

Do mesmo jeito que eu havia feito, começou me beijando de um jeito diferente; Dava claramente para perceber que tinha desejo ali. Mas era tão mais intenso que de costume... Começou a mover sua língua de um jeito bem... específico e aquilo me excitou mais do que deveria. Estava acostumada àquele tipo de beijo, graças ao Alex, mas era diferente. Com o , parecia que cada sensação era ainda mais intensa e eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser me deixar levar. Abandonou minha boca e começou a ir na direção do pescoço, se demorando o suficiente para não deixar nenhum mínimo pedaço de pele passar ileso. Sentir sua boca morna e macia me tocando daquele jeito era uma das melhores coisas do mundo.

Como não podia deixar de ser, mordeu o lóbulo da minha orelha e gemi fraco, sentindo meu corpo estremecer e ser tomada por um arrepio. Como já estava com as mãos livres, uma delas arranhava livremente sua nuca enquanto cravava as unhas da outra no seu ombro. Lentamente, ele foi distribuindo beijos pelo meu colo e senti que inspirava vez ou outra, como se tentasse absorver o cheiro da minha pele. Assim que alcançou a parte descoberta dos meus seios, percebeu alguma coisa e parou. Olhei para ele e perguntei:

- O que foi?

- Se importa se eu acender a luz? - Quis saber e neguei. Quando ia se esticar na direção dos abajures, o impedi e eu mesma os liguei. - Realmente... Você não é como as outras...

- Só porque aceitei ligar a luz?

- Não. Por que não está incomodada.

Dei um meio sorriso e ele baixou o olhar, olhando uma coisa.

- Vai ficar reparando em mim agora? - Perguntei.

- Não. Estava só... Tendo uma ideia.

- Vai em frente então.

Senti sua mão deslizando por baixo das minhas costas até alcançar o fecho do sutiã. Assim que conseguiu abri-lo, a peça imediatamente ficou mais frouxa e, no segundo seguinte, já era atirada a um canto qualquer do quarto. Ficou me olhando e não demorou a recomeçar a beijar meu colo de onde tinha parado e, desta vez, não parou. Assim que senti sua mão se fechando sobre um dos meus seios, a boca cobriu o outro. Sua língua deslizava lentamente sobre o bico, que se intumescia cada vez mais. E aquilo tudo se tornava uma tortura cada vez maior para mim. Percebendo o quanto aquilo tudo me excitava ainda mais, não parou e, ao invés disso, trocou: A mão que antes apalpava o meu seio, agora estimulava o que estava coberto pela boca e vice-versa. Sem que pudesse me dar conta, consegui passar minhas pernas em torno do seu corpo. Sentia sua pele ardendo de tão quente contra a minha, que não deveria estar tão diferente assim...

Não muito tempo depois, começou a beijar o espaço entre os meus seios e demorou-se mais naquela tarefa. Passou rapidamente (Mas não deixando passar um milímetro intocado) pela barriga e, quando se aproximava do baixo-ventre, já não me importava com mais nada, principalmente em disfarçar minhas reações. Senti seus dedos se enganchando nas laterais da calcinha e, à medida em que ia avançando, ia a empurrando para baixo. Uma vez livre da peça, afastou gentilmente as minhas pernas e eu esperava que começasse a fazer oral em mim. Mas não o fez. Ousei abrir os olhos e começou a beijar lentamente a parte interna da minha coxa. Só para piorar mais ainda a minha situação, vez ou outra deixava a barba me arranhar. Estava quase batendo nele, por se aproximar muito do meu sexo e, logo em seguida, se afastar.

Quando menos esperei, finalmente senti sua língua em mim. Não demorou muito a usar seus dedos para me estimularem e, assim que senti o seu polegar movendo o meu clitóris em círculos, tentei formar uma frase curta, mas não consegui; Já estava tendo a conhecida sensação de que ia chegar no meu limite. Não sei como, mas consegui chama-lo. Parou para me olhar e aproveitei para puxá-lo. Ficou por cima de mim e me beijou. E foi justamente quando estava começando a me empolgar de novo que o senti em mim. Por ser lento, não contive um gemido de satisfação. E por isso, ele começou a se mover nesse mesmo ritmo, dando um jeito de me penetrar profundamente. Me agarrei à ele e não ia querer soltá-lo tão cedo.

Depois de alguns minutos, começou a se movimentar mais rapidamente e, com isso, as sensações ficavam cada vez mais intensas. Tentei corresponder às suas investidas como pude. Me segurava ao máximo para não arranhá-lo, mas era um pouco impossível. O jeito, então, era me agarrar aos lençóis. Sem me dar conta, fui arqueando as costas e ele segurou firmemente numa das minhas pernas, tentando conseguir um maior contato e profundidade.

Logo que aumentou a velocidade das investidas, ficou impossível continuar com o beijo e, portanto, manteve o rosto próximo ao meu. Quando a vontade de segurá-lo ficou pior ainda, me agarrei ao travesseiro e perguntou, em meio à ofegos:

- O que foi?

- Não quero te... - Gemi. - Não quero te machucar.

- Não vai... Pode ficar com as mãos em mim.

Hesitei um pouco e, percebendo isso, conseguiu segurar meus pulsos e colocou as minhas mãos sobre seus ombros. Começou a apertar a minha cintura e, quando eu estava quase no meu limite, tentei me segurar o máximo que pude, mas ele começou a me penetrar mais rapidamente ao mesmo tempo em que começou a beijar meu pescoço, mordendo o lóbulo da minha orelha.

- ... - Sussurrei e ele não parou. Senti cada músculo do meu corpo se retesando, ao mesmo tempo em que tinha a sensação boa e assustadora de que parecia que não ia aguentar. Apertei meus braços ainda mais em torno do corpo do , o puxando contra mim e, chegando ao máximo do que conseguia, não resisti e finalmente o arranhei, cravando as minhas unhas nas suas costas. Depois de alguns minutos, foi a vez dele e me esforcei ao máximo para continuar com os olhos abertos e prestando atenção em cada expressão que fazia. Assim que chegou ao clímax, se largou em cima de mim, mas sem liberar todo seu peso. Roubou um beijo e, em seguida, pôs a cabeça sobre o meu colo.

- Isso foi... - Comecei a dizer.

- É... Eu sei... - Respondeu e ri. De repente, me deu soluço. Ergueu a cabeça para me olhar e perguntou: - Quer que eu pegue um copo de água para você?

Neguei.

- Eu - Solucei. - Eu vou.

Muito a contragosto, ele saiu de mim e tentei ao máximo ignorar a sensação de vazio que tive. Me levantei da cama, pegando a sua camisa e a vestindo. Senti seu olhar na minha direção e não me virei uma única vez porque, se o fizesse, provavelmente não ia tomar água e não estava nem um pouco a fim de um segundo round acompanhado de soluço. Desci até a cozinha e tomei a água, assimilando tudo que havia acontecido. Deixei um sorriso besta aparecer nos meus lábios e terminei a água.

Quando voltei para o quarto, ele estava quase dormindo. Me inclinei na sua direção e beijei seu rosto. Resmungou alguma coisa e falei:

- Já venho, ok?

De novo, resmungou alguma coisa. Mas, desta vez, foi positivamente. Me levantei e fui andando até o banheiro. Depois que terminei de fazer xixi, encarei meu próprio reflexo no espelho enquanto lavava as mãos. Respirei fundo e decidi que não ia poder adiar mais aquilo.

De volta ao quarto, tirei a sua camisa e me deitei ao seu lado. Assim que se deu conta que não estava mais usando nada, ao me abraçar por trás, perguntou:

- Achei que ia querer dormir com a minha camisa...

- Ah não... Quero sentir sua pele contra a minha, sem nenhuma barreira de tecido.

Beijou meu ombro e, quase imediatamente, dormimos.

Na manhã seguinte, assim que acordei e vi a hora, gemi fraco e tomei um susto quando senti sua boca próxima ao meu ouvido:

- Bom dia, mein leben...

- Estou achando que você quer ser viúvo...

- Por quê?

- Depois de ontem você ainda me acorda desse jeito... No mínimo quer acabar com o meu juízo...

- A culpa é sua, Sra. ... Podia muito bem ter dormido com a minha camisa...

Começou a distribuir vários beijos pelo meu pescoço e aquilo foi me amolecendo instantaneamente.

Aos poucos, conseguiu me deitar de costas e se deitou por cima de mim. Começou a beijar os pontos mais críticos, tendo como o de partida, o perto da minha orelha. Continuou com a trilha e, quando chegou à base do meu pescoço, escondeu o rosto ali e inspirou, me causando um arrepio intenso e mordi o lábio, para não gemer. À essas alturas, eu sentia cada mínimo pedaço do meu corpo quase queimando. Senti uma das suas mãos apertando minha coxa com vontade, entrelacei meus dedos nos seus cabelos, os puxando com força o suficiente para não machuca-lo. Recomeçou a beijar a minha pele, descendo na direção do colo. O sentia fazer um carinho delicioso diretamente na minha cintura e passei a acariciar seu rosto com a mesma mão que antes estava nos seus cabelos. Com a outra, deixava minhas unhas deslizarem pela pele que era descoberta. Nesse meio tempo, senti que o estremecia e ri.

- Ah, então é assim? - Perguntou, fazendo uma expressão de maldade que deu medo, na boa. Em seguida, sorriu malicioso e se inclinou sobre meu busto. Começou pelo seio esquerdo enquanto que, com a mão esquerda, massageava o outro. À medida que minha excitação ia aumentando, sentia que arqueava as costas de maneira inconsciente. De, repente, se dedicou a beijar, sugar e até mesmo a lamber cada seio, estimulando o outro com uma das mãos. Depois de alguns instantes, continuou sua trilha, indo cada vez mais para baixo. Chegando na minha virilha, ergueu o rosto e me olhou fixamente.

- Você é tão linda...

Não contive o sorriso e quando começou a beijar a parte interna da minha coxa, me concentrei nas sensações que me causava só de encostar seus lábios contra minha pele. Àquelas alturas, sentia uma determinada parte do meu corpo latejando e implorando pelo seu toque. Ainda mais que, só para me provocar, sentia que chegava muito perto da minha virilha para quase imediatamente, recuar. Quando estava impaciente, senti a ponta da sua língua deslizando pelo meu sexo, conseguindo um suspiro meu. Continuou com a provocação, com a diferença de que agora, tinha penetrado dois dedos dentro de mim. Sentia a bolinha do seu piercing tocando o meu clitóris e, sem perceber, movimentei meu quadril e ajudando-o. Desta vez, não parou quando pedi. Já sentia que não ia mais aguentar quando se posicionou em cima de mim e me beijou de um jeito intenso. Suas mãos deslizavam por cada centímetro do meu corpo e me sentia estremecer aos seus toques. Quando já não estava mais aguentando, percebi que estava quase entrando em mim, só que o impedi. Perguntou, um pouco confuso:

- O que foi?

Sorrindo, inverti as posições, deixando-o por baixo de mim. Me debrucei sobre ele, começando a beijar sua boca. Depois, passei para o pescoço, fazendo questão de ser lenta e não deixar nenhum pedaço de pele passar intocado. Sentia sua respiração se tornando cada vez mais rápida e forte e continuei com a pequena... Tortura. Depois de alguns minutos, quando fui me aproximando da sua barriga, percebi que havia aberto a boca e sorri, dando uma mordida de leve perto do seu umbigo, vendo-o arquejar. Dei um meio sorriso e continuei, deixando uma das minhas mãos passear pela parte interna da sua coxa.

- ... - Praticamente gemeu meu nome; Vi sua língua deslizar pelo lábio superior e ele engoliu em seco. Voltei a me debruçar sobre ele e continuei a beijar sua barriga, descendo cada vez mais. Percebi que, à medida que fazia isso, sua respiração saía mais entrecortada. Quando cheguei ao seu quadril, tive uma ideia e fiz o contorno da sua tatuagem de estrela com a ponta da língua. Vi seus músculos se contraírem e decidi não adiar aquilo por mais tempo. Protegi os dentes e segurei seu pênis e o coloquei na boca, recebendo um gemido rouco como resposta. Olhei para ele, que mordia o lábio inferior com força. Enquanto o masturbava, sugava a glande e, com a mão livre, manipulava seus testículos, percebendo o quanto aquilo tudo estava sendo torturante para ele. O tirei da boca, deixando a ponta da língua deslizar por toda sua extensão, sentindo-o ficar cada vez mais duro. Ao mesmo tempo, toquei em dois pontos estratégicos, um no seu pênis e outro nos testículos e ele se remexeu, gemendo meu nome. Logo, senti que não ia demorar muito para que chegasse ao seu limite e, aos poucos, fui parando com os estímulos. Fui engatinhando até um dos criados-mudos e abri a primeira gaveta. O que mais tinha ali era camisinhas. Minha mão coçou para dar aquele tapa estalado nele. Percebendo que eu estava procurando por alguma coisa, perguntou:

- O que você quer?

- Não precisa se preocupar. - Respondi, me inclinando na sua direção e dando um beijo no canto da sua boca. Peguei um dos pacotes e, depois de rasga-lo com os dentes, o olhei. Estava me fixando e seu olhar parecia me queimar. Pus a camisinha nele e, me sentando no seu colo, segurei seu pênis e o guiando de modo que pudesse me penetrar, o senti pegando na curva da minha cintura e começando a fazer com que eu me movimentasse. Segurava firme nos meus quadris, me ajudando. De repente, me lembrei de uma coisa e decidi coloca-la em prática. Movi meus quadris de um jeito bem específico e ele quase não aguentou. Estava ofegante e observei seu peito subindo e descendo. Não resisti e o acariciei. Ele retribuiu como pôde, apertando minha cintura com um pouco mais de força e continuou guiando meus movimentos. Quando finalmente atingi o clímax, gemi languidamente e senti seu corpo se retesando e relaxando quase imediatamente. Quando permiti me largar sobre ele, ainda ofegante, reclamou:

- Estou ficando viciado em você...

Sorri e apertou minha cintura.

- Gostosa. - Sibilou e o olhei, achando graça. - Fica aqui comigo hoje...

- Na cama? O dia inteiro?

- E o que tem?

- Tudo! Daqui a pouco a gente vai ter de comer alguma coisa. Sem falar que eu quero tomar um banho, já que estou que não me aguento de suor.

- A gente pode economizar água tomando banho juntos.

- Ah tá, para você me agarrar e a gente transar debaixo do chuveiro...

- Eu nem tinha pensado nisso.

- Não... Claro que não. E eu sou ruiva natural, como a Nicola.

- Continua com sarcasmo que juro que te ponho ajoelhada no meu colo e te dou um jeito.

- Você não ousaria...

De repente, me deu um tapa na bunda. Daqueles mais ardidos.

- Ah, ...

Tentei revidar e é claro que não deu certo. Acabamos numa daquelas lutas de brincadeira e ele logo deu um jeito de me imobilizar, segurando meus braços acima da minha cabeça e prendendo minhas pernas com as dele. Nem imaginava como eu estava, com os cabelos em desordem e cobrindo meu rosto. Por um instante, ele pareceu hipnotizado pelo movimento rápido do meu peito e, depois de piscar por algumas vezes, afastou os meus cabelos e, depois de descobrir meu rosto, se inclinou na minha direção e me beijou lentamente. Depois de um bom tempo, estávamos quase sucumbindo à vontade de um segundo round quando meu estômago roncou. Quis morrer de tanta vergonha e o , ainda com a boca colada à minha, perguntou:

- Vai me odiar se a gente continuar depois?

Sorri e neguei com a cabeça.

- Vou fazer o café para a gente então.

Roubou um último selinho demorado e se levantou. Não resisti e, me apoiando nos cotovelos, o observei enquanto vestia a boxer. Se virou de frente para mim e, ao me flagrar o observando, perguntou, dando um sorriso ladino:

- Apreciando a vista?

- E como!

- Eu também. - Falou e sorri, jogando o cabelo por cima do ombro. Em seguida, me deitei de lado, tomando o cuidado de deixar o lençol cobrir da minha cintura para baixo, enquanto os braços cobriam os seios. - ... Não me provoca...

Sorri e mandei um beijo para ele, de brincadeira.

- Estou te avisando...

- OK. Eu paro. Vou me vestir e já desço.

Vestiu uma calça de moletom preta e, antes de sair do quarto, roubou um beijo. Depois de alguns poucos instantes, me levantei e, recolocando a camisa dele, peguei as minhas coisas e fui andando até meu quarto na ponta dos pés. Só que, no meio do caminho, tive a sensação de estar sendo observada. Olhei para trás e não tinha nada. Estranhei, mas entrei no quarto mesmo assim. Tomei um banho rápido e, depois que peguei uma camiseta e um short qualquer, desci. E encontrei o sentado à bancada, conversando com o .

- E aí? - O perguntou, depois que o cumprimentei com um beijo no rosto. - Como... Foi o baile de máscaras?

- Foi bom. Surpreendentemente, não fiquei cansada e dormi muito bem. - Respondi, me esquecendo de com quem eu estava falando até ver sua expressão. - E você, pelo visto... Também teve uma ótima noite, ou estou enganada?

- Perfeita, diga-se de passagem. - Respondeu.

Quando o me deixou sozinha com o por um instante, avisou:

- Quero conversar com você, mas sem que o descubra. Se quiser, posso te buscar na quarta-feira no estúdio, durante a hora de almoço.

- E sobre o quê você quer falar, exatamente?

- Depois. - Disse e, quase imediatamente, o reapareceu na cozinha. O agiu normalmente e por um instante, tive a impressão de que não ia se exatamente uma conversa amistosa...