quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

What happens in Vegas... Might not stay in Vegas - 37º capítulo - Interativa









You make my earth quake

Me libertei, vi uma estrada aberta
Os passos me guiaram até sua alma
Agora eu corro com um lar para ir
Nunca pensei que seria tão feliz
Se você está perguntando, sim, você me tem
Como você mudou meus pensamentos, você nunca vai saber

(Jessie J - Thunder)



Na segunda-feira mesmo, já combinei com a Nadine de começarmos a olhar as coisas para ajudar no casamento da Nicola. O Charlie havia dito no dia anterior que já tinham decidido uma data, mas como a Lola ia estar gigante, conseguimos usar os argumentos certos para convencê-la a não esperar tanto. Quando estávamos com ela em uma loja de noivas, me avisou, aproveitando que a Di tinha se afastado um pouco:

- De antemão, quero deixar bem claro que você e o serão dois dos nossos padrinhos, entendido?

Olhei para ela e falei:

- Não achei que...

- Ah, pelo amor de Deus! Até parece que ter uma fila de padrinhos é exclusividade dos brasileiros!

Ri fraco e ela perguntou:

- Eu te conheço muito bem. O que você acha que vai ser? - Pôs a mão na barriga. A olhei, estreitando os olhos.

- Menina.

Sorriu largamente, sabendo que as chances de eu acertar eram altas. Tudo bem que eu tinha 50% de chances de acertar e 50% de errar. Mas geralmente, era batata. Principalmente quando alguma mulher estava esperando um menino.

- E então? Já decidiu as cores da decoração?- Perguntei e ela disse:

- Acho que verde claro e lilás. Andei pensando nisso e você e a Nadine podem incluir um ramo de lavanda cada uma quando se casarem.

- Ok. - Respondi, anotando no celular. - Flores?

- Lavanda e... Tem alguma flor verde clara?

Dei de ombros.

- Nicola Maria! - Falei, afobada. Arregalou os olhos.

- Que foi?

- Tem gente que tinge rosas na cor que a gente quiser. Já ouvi a Claire falando disso um dia e o melhor de tudo: São corantes naturais.

Se animou e, imediatamente, disquei o número da Claire. Mas, antes de apertar o botão para chamar, a ruiva me interrompeu:

- Se esqueceu que vou me casar em Londres e não aqui em Los Angeles?

Mordi o lábio inferior.

- Corante alimentício! - Exclamei.

- ... Não tomou café com energético, tomou? - A Di perguntou, voltando a se aproximar de nós. Fiz língua enquanto ela se sentava no sofá branco ao meu lado.

- Será que corante alimentício estraga as flores? Só o que faltava, né?- A Lola se perguntou e, logo, estávamos as três pesquisando sobre o assunto. Logo, a vendedora magrela e simpática da loja voltou, trazendo vários modelos. Que a Lola não gostou. Disse:

- Então. Apesar de tudo, acho que quando acontecer a festa, já vou estar enorme e a última coisa que eu preciso é parecer um repolho que vai se casar.

Olhei para a Di e ela também segurava o riso.

- Sei. Bom, e as madrinhas?

As madrinhas iam bater na magrela, definitivamente. Ela trouxe cada croqui pior que o outro. Os vestidos eram parecidos com aqueles mais espalhafatosos dos anos 80, com mangas bufantes, coloridos e que com certeza, não iam combinar em nada com cada uma das madrinhas. A Lola, por fim, avisou que ia pensar melhor e depois voltaria.

- Pense pelo lado positivo. - A Di falou, do banco do carona enquanto eu dirigia de volta para a casa. - Se a gente não tiver opção e termos de comprar aquelas... Coisas, pelo menos não vai gastar dinheiro com a banda. Tenho certeza que a gente vai poder fazer cover da Madonna cantando - Imitou a voz e até mexeu a cabeça. - Like a virgin... Touched for the very first time... Like a vi-i-i-irgin...

Como sempre, dei um ronco leve antes de cair na gargalhada.

- Mesmo porque... Nós três sabemos muito bem que Like a virgin seria a última música a ser cantada por qualquer uma de nós três. - A Lola falou, do banco de trás. Decidi provoca-la:

- Lola, cuidado onde põe a mão aí... Outro dia a tentação foi tanta que eu acho que tem resquícios de fluídos aí...

Ela ficou branca. Quer dizer, mais ainda.

- Não me diz que tem resto de esperma do aqui. - Pediu e falei:

- Então... O carro é dele...

- Ai que nojo! - Guinchou e a Nadine quase chorava de rir. - Pior é que eu imagino vocês dois. Devem ser tipo um par de gatos, com a espancando o depois de tudo.

Tive que rir e falei:

- Então, pela lógica, se ele tivesse espinhos... Lá, ia apanhar com certeza. Mas como não tem... Apanha do mesmo jeito.

A careta da Nicola foi hilária.

- Ok. Decidido. Você nunca vai ficar sozinha com a minha filha! - Reclamou e, quando paramos no sinal, me virei para olhá-la e perguntei:

- Sinceramente. Você, que sabe muito bem do que acontece comigo nos últimos três, quase quatro anos, acha mesmo que eu ia transar com o no banco de trás do carro e te deixar sentar aí, caso realmente tivesse alguma coisa?

Negou.

- Então. Se eu nunca levei nem o lá em casa... Por que eu faria uma coisa dessas?

- Talvez porque desde que você casou com o não tem sido racional? - Perguntou, sem expressar qualquer emoção, fosse no rosto, fosse na voz.

- Eu nunca fui racional. - Pisquei e voltei a prestar atenção ao trânsito.

Assim que cheguei em casa, pus as chaves no aparador perto da porta e avisei:

- Sweetie, cheguei!

- Estou na cozinha! - O ouvi dizer. Fui até lá e, quando o vi de frente para o fogão, mexendo numa panela, passei meus braços pela sua cintura e encostei a cabeça nele. Perguntou: - E aí? Como foi?

- Além da Lola falar que não queria se parecer um repolho? Vimos os croquis de vestidos de dama de honra mais... Medonhos que você puder imaginar. Com babados coloridos, mangas bufantes e faltou só o cabelo com permanente e sombra e batom rosa-choque.

Riu fraco e disse:

- Se quiser... Posso ajudar.

Me endireitei e, parei ao seu lado, o observando.

- Acho bom você ter um bom argumento para usar com, não só uma noiva, mas seis damas de honra.

- Seis?

Assenti.

- Di, eu, Frankie, uma prima da Lola, uma irmã do Charlie e a “cúpida” dos dois.

- Frankie?

- Irmã da Nicola.

Ergueu as sobrancelhas e, se mostrando todo interessado, perguntou:

- Como ela é?

- Comprometida. Assim como você comigo. - Bati no seu braço e ele riu.

- Todas estão na Inglaterra?

- Quase. Duas estão aqui em Los Angeles, sendo que uma está falando com você neste exato momento.

- Por que você está mais rabugenta que de costume?

Respirei fundo e disse:

- Porque eu quero que o casamento da Nicola seja o mais perfeito imaginável e tenho medo de não conseguir lidar com a pressão. Afinal de contas, organizar uma festa do outro lado do oceano não é mole.

- Ah, mas você vai, tenha certeza. Não só a Nicola, mas eu confio em você.

Dei um sorriso tímido e, por um instante, quase não me segurei.

- O que foi? - Perguntou, percebendo.

- Eu descobri uma coisa, mas fui proibida de te contar. Mas domingo você descobre.

Franziu as sobrancelhas e disse:

- Por que só domingo?

- Porque é quando vai ter o almoço na casa do . Ele pediu para a Di para me avisar. E automaticamente, transmitir a mensagem para você.

Piscou algumas vezes e falei:

- É, eu sei. Confuso. Basicamente: O convidou a gente para ir almoçar lá domingo. Lola e Charlie vão também.

Concordou, voltando a dar atenção àquilo que cozinhava.

- O que, exatamente, você está cozinhando? - Perguntei. - E isso é...?

- Algo que você vai descobrir quando comer. Não se preocupa porque, do mesmo jeito que você faz comigo, eu tomo o cuidado de não fazer coisas que eu sei que você não gosta.

Ainda ressabiada, fiquei o observando, sentada à bancada e o ajudando como podia. Do nada, me perguntou:

- Sabe fazer macarrão alho e óleo?

Tive que rir por causa da surpresa da pergunta.

- Nasci num estado que é bastante comum e sou filha de uma italiana. Logo, seria impossível não saber fazer. - Respondi.

- Um dia desses... - Começou a dizer e já entendi o que queria.

- Eu faço, não se preocupe. - Respondi.

Depois de algum tempo, finalmente ficou pronto e ele me serviu. Encarei o prato e olhava para o .

- Com medo? - Perguntou e assumi uma postura diferente.

- Ao contrário de uns e outros... - Peguei uma garfada. - Não tenho medo de experimentar.

E enfiei a porção na boca. Comecei a mastigar e identifiquei o gosto e falei, depois de engolir:

- Eu não acredito que você fez esse mistério todo por conta de um macarrão, !

Riu e perguntou:

- Gostou?

- Até parece que não vou, né? - Perguntei, comendo outra garfada. Nesse instante, meu celular tocou ao mesmo tempo que o telefone fixo. O atendeu este enquanto eu pegava o aparelho que estava ao meu lado e tocava uma música pop que eu sabia que a Lola gostava. Apertei o botão para atender e, logo, ouvi sua voz:

- Mudança de planos. Estava falando com a Frankie e a Di e decidiram, com consenso com as outras damas a cor do vestido. Bom, dos vestidos.

- Como assim “Dos vestidos”?

- Então... Para a cerimônia vai ser um longo. E para a festa, para vocês poderem ficar mais confortáveis e aproveitar mais... Vai ser um mais curto. As meninas tinham pensado num na altura do joelho.

- Cores? - Perguntei.

- Então... Não me odeie. Mudamos o esquema de lilás e verde claro para roxo e magenta. Quer dizer, ainda vamos manter o branco em toda a decoração e só alguns detalhes nessas duas novas cores.

- E como ficou o esquema das cores que cada dama vai usar? - Só então percebi o olhar do na minha direção. Ainda segurava o telefone e falei: - Lola, pera. - Tampei o bocal e perguntei para ele: - O que foi?

- Tem uma garota querendo falar com você. Disse que se chama Francesca.

Franzi a sobrancelha e falei com a Lola:

- Ruivão, telefone fixo para mim. Daqui a pouco te ligo, ok?

Concordou e nos despedimos. Peguei o aparelho que o me estendia e falei:

- Oi.

- ? Frankie. - Ouvi uma voz quase igual à que ouvi há poucos instantes. Olhei par ao , sorrindo e falei:

- Ei, tudo bem?

- Vou ser tia e cunhada tudo ao mesmo tempo. Mamãe quase surtou ontem.

Ri fraco e ela me contou basicamente a mesma coisa que a Lola. Assim que desliguei, depois de alguns poucos minutos e com a decisão de mantermos as cores, mas cada uma podia escolher os modelos, o perguntou, curioso:

- Quantas Francesca você conhece?

- Duas. A irmã da Lola e tenho uma prima com esse nome. - Respondi.

- Sério?

- E olha só: A Francesca, minha prima, é sobrinha do Francesco.

Me olhou, não acreditando.

- Te juro. Depois a gente entra no meu facebook e te mostro. Mas vai se acostumando. Nem eu sou exclusiva na família.

- Ah não? Mas que merda, hein? Achei que tinha encontrado uma agulha de ouro branco no meio do palheiro...

Olhei para ele e falei:

- Se te fazer sentir menos... Enganado - Ri e ele também. - Não acho que tem uma descendente da D. Maria.

- É de qual família? Paterna?

Neguei.

- Materna. Mas acho que era uma prima da minha avó ou algo assim...

Continuei contando da minha família e ele, querendo ou não, se mostrou bastante interessado. Me fez prometer que, um dia, iríamos à Itália e conheceria todo mundo.

Depois do jantar, o quis saber da história do vestido e expliquei:

- O que ficou decidido é que vão ser dois vestidos, um longo para a cerimônia e outro curto para a festa, e cada um de uma cor. A Frankie me ligou para avisar que, semana que vem, ela vai dar um jeito de reunir as outras madrinhas e todo mundo vai decidir quais as cores que cada uma vai usar. É basicamente isso.

- E você? Tem preferência?

Dei de ombros.

- As cores que elas escolheram combinam comigo e então tá tudo bem. Por mim, tanto faz.

- Ó... Nada de decote chamativo, viu?

Arqueei a sobrancelha e, só de provocação, respondi:

- Não seja por isso. Faço questão de escolher um vestido tipo aquele da Jennifer Lopez, que ia quase até a...

- Ah, mas não vai mesmo! - Me interrompeu e gargalhei. Claro que ele não demorou a começar a me torturar com cócegas. Claro que, depois de alguns minutos, eu não estava mais aguentando e pedi para que parasse. E ele, claro, tinha que fazer graça:

- Eu paro. Se disser que eu sou o cara mais lindo e inteligente que você conhece.

- Pausa, só para eu respirar e dizer isso, por favor! - Obedeceu e falei: - Ok. Você é o cara mais lindo que eu conheço. E o mais fodástico também. Agora quanto a inteligência... Aí é pedir demais para alguém que andou por uma passarela depois que ela acabou...

... E recomeçaram as cócegas. Fui salva pelo gongo, por sorte, que foi o telefone.

No dia seguinte, os preparativos para o casamento estavam a pleno vapor e a data foi remarcada, para meados de maio, justamente para termos mais tempo. A Lola ligou o foda-se por causa da barriga e a saída foi encontrar um vestido que fosse mais largo, com modelo tipo império. E cor de creme. Ela já havia contado para mais parentes e a reação da sua avó foi a de simplesmente chorar.

Organizávamos tudo simultaneamente, em Londres e Los Angeles. Quer dizer, a Frankie e o resto do povo do outro lado do oceano olhava coisas tipo o lugar para fazer a festa, bufê e outras coisas que podiam ser olhadas só lá. E eu, a Di e a Claire olhávamos coisas tipo convites, lembrancinhas e os vestidos das damas do lado de cá. Acabamos conseguindo os vestidos de modelos que todas gostaram e nas cores que a Lola queria.

Numa tarde de sexta-feira, estava com as meninas lá em casa, sendo que a Claire dividia as atenções entre o e eu. Justo quando ele estava no meu quarto, olhando algumas coisas com a Claire e, de repente, meu celular começou a tocar. Peguei o aparelho, sem ver quem era e pensando que podia ser a Frankie, e até pus no viva-voz:

- Diga. - Falei.

- ? - Ouvi o e imediatamente ergui o olhar para o , que também me fixava.

- Oi.

- Lola tá aí com você?

- Imagina se eu e a Di não estaríamos? - A ruiva disse. - Queria falar comigo?

- Queria. Já estou sabendo das boas novas e eu acho que você vai gostar do que eu consegui para você e o Charlie. Pode ser um dos presentes de casamento, se quiser.

Olhei para a Di, que deu de ombros. O ainda prestava atenção à conversa.

- O que é? - A Lola quis saber.

- Então. Falei com a Frankie ontem e ela disse que ainda não conseguiram um lugar para a cerimônia e a festa. Eu achei agora há pouco. Só estou esperando seu aval para poder assinar o contrato de locação.

- Que lugar é esse? - Ela insistiu.

- , vai logo ao que interessa, por obséquio? - Pedi, já impaciente.

- É uma mansão de meados do século XiX que fica perto de Londres. A uma meia hora do centro, mas, justamente por causa do tamanho, se quiser, dá para uma boa parte dos convidados ficar hospedada lá.

Vi que o travou o maxilar e a Lola, claro, acertou a oferta e entreguei o celular para ela, que desligou o viva-voz e continuou conversando com ele. Me levantei da cama e peguei o pelo braço, o levando até o seu quarto. Fechei a porta e falei:

- Se ficar com essa tromba...

- Eu vi o jeito que você ficou quando ouviu a voz dele.

- Ai, ! Só falta!

- O cara quer alugar uma propriedade para o casamento da Nicola só para chamar sua atenção.

Suspirei e falei:

- É, mas sabe com quem eu vou entrar na cerimônia? Você. E não ele. A Lola até me perguntou com quem eu queria entrar, se com ele ou você e acho que a resposta já está mais que óbvia, não é? Portanto... Para de ciúmes besta, entendido?

Ainda estava um pouco emburrado e, logo, comecei a fazer graça e consegui arrancar um sorriso, mesmo que tímido, dele.

- Para com essa insegurança, ok? - Pedi e ele acabou cedendo, finalmente. Antes de entrar no meu quarto, no entanto, ele me puxou e me pôs contra a parede. Roubou um beijo daqueles e, ainda deixando a boca próxima da minha, pediu:

- Vamos dar uma desculpa e mandar as meninas para a casa?

Sorri e falei:

- É uma ótima ideia... - Percebi que ele retribuía e deu até dó de desanimá-lo: - Só que você tem que trabalhar e eu tenho que ajudar a Lola e a Di a planejarem o casamento. Casamento esse que sai em menos de dois meses. Do outro lado do oceano.

Fingi que caiu a ficha e fiz uma careta de sofrimento. Ele riu e continuou me abraçando. Não muito tempo depois, voltamos a fazer as coisas e a Lola, contou animada, que o já ia assinar o contrato do aluguel da casa. Foi então que o , não conseguindo esconder o quanto estava mordido, falou, de repente:

- Quer saber? Deixa que eu pago a festa. Inclusive bufê e banda. E DJ.

Olhei para ele e perguntei:

- Vai mesmo querer fazer isso por puro orgulho?

- Não é orgulho. E além do mais... Por que ele pode alugar uma propriedade inteira e eu não posso pelo menos pagar a festa? Aliás, se quiser, deixa a decoração por minha conta também. - Disse para a Nicola, que assentiu, sem falar nada.

- Eu não acredito em você. - Falei com ele. As meninas pareciam ver uma partida de tênis. - Está óbvio que inventou isso agora só porque o vai alugar a casa.

- E se for? Vai me impedir? - Perguntou e empinei o nariz, estufando o peito.

- Crianças, vamos fazer uma coisa, sim? - A Lola interveio. - , deixa o pagar. E ... Nada de ficar medindo forças com o , entendido? Senão, faço a mesma coisa que a minha mãe costumava fazer quando o Clayton e o Harry brigavam, deixando os dois no mesmo quarto por uma hora inteira até fazerem as pazes.

Ele respirou fundo e tive que disfarçar um leve sorriso.

Na hora do jantar, depois que as meninas foram embora, o estava me ajudando a fazer as coisas e perguntou:

- Sabe por que sou inseguro quando o assunto é ?

Olhei para ele.

- Não é porque é herdeiro de um patrimônio monstruoso e eu vi que faz sucesso entre as inglesas. É porque, no meio de todas essas garotas, sendo algumas da mesma...

- Pode falar. Mesma classe social. E só para você saber... O mesmo padrão de vida que eu tenho em Londres é o que eu tinha no Brasil. Bom, um pouco mais sacrificado porque a libra consegue ser tão cara quanto o real, mas ainda sim... E a mãe dele sempre simpatizou comigo. Mesmo sabendo que eu rebolo em cima de um balcão de bar.

- É. Mas o que eu não entendo é por que você. Garanto que ele podia ter qualquer garota que quisesse assim - Estalou os dedos. - mas foi justamente atrás de uma que nem é inglesa, para começo de conversa.

- Eu te faço essa mesma pergunta. Quando a gente se conheceu, provavelmente tinham várias garotas que podiam ser mais interessantes e atraentes que eu. Mas mesmo assim... Ó só... - Mostrei a aliança.

- Não sei explicar. Não foi a sua visão na banheira.

Rimos.

- Acho que foi justamente porque você não parecia dar a mínima para o fato de eu ser .

- Ah, eu dou. Mas dou mais importância a quem você é longe dos palcos do que cantando para um bando de adolescentes histéricas de hormônios fervilhando por causa de uma calça justa.

Fez uma careta e falei:

- Nem vem que não tem e você sabe que é verdade. Não vem com mimimi de que “ninguém me ama, ninguém me quer” senão apanha de colher de pau. - A brandi e ele, claro, riu.

- Teria me dado bola mesmo se eu não fosse quem eu sou?

- Ia ficar te olhando de longe, para começo de conversa. E ia esperar uma reação sua.

-... E eu, crente que você era uma daquelas garotas que tomam atitude...

- Se tiver a liberdade... E vê se não dilacera o coitado do tomate, . Presta atenção no que está fazendo. - Chamei sua atenção e realmente funcionou.

Depois de comer, ele se aproveitou de que eu estava lavando a louça e me abraçou por trás. Segurando firme nos meus quadris, afastou meu cabelo para o lado e começou a beijar meu ombro. Sua respiração sobre a minha pele fazia com que eu não conseguisse refrear os arrepios.

- . - Falei, em tom de aviso. - Se eu quebrar alguma coisa...

- Não tem problema.

- Ah tem... Vai que eu me machuco?

- Eu cuido de você. - Passou a beijar meu pescoço. Respirei fundo e o empurrei de leve com o meu quadril e aquilo, claro, teve o resultado oposto. Ouvi sua risada baixa e rouca próxima à minha orelha e disse: - , não faz isso...

- Olho por olho... - Respondi. - Anda, me deixa terminar aqui. Depois você tem a minha atenção integral.

- Agora que eu não te largo...

Gemi, inconformada.

- ... Vou te molhar se não parar.

Não levou muita fé... E cumpri com minha palavra. Óbvio que ele revidou e, antes que a cozinha ficasse alagada, ele finalmente me deixou em paz e, assim que passei pelo seu quarto, vi que estava sem camisa e se secando com uma toalha. E com isso, ele dobrava um pouco o braço e contraía os músculos. Me segurei para não fazer qualquer barulho, só que ele me viu.

- Falou que eu ia ter sua atenção integral agora...

Respirei fundo e me aproximei dele, lentamente. Quando estava muito perto, comecei a tirar a camiseta que usava e parecia que seu olhar ia me queimar. Decidindo tortura-lo um pouco, soltei o pouco que havia levantado e falei:

- Quer saber? Acho melhor você fazer isso.

Me aproximei lentamente dele, que me olhava. Parei na sua frente e, antes de me beijar, realmente tirou a camiseta. Em seguida, me puxou pela cintura e não demorou tanto tempo assim para que ele me pegasse nos braços e me levasse até a cama.

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