quarta-feira, 11 de novembro de 2015

What happens in Vegas... Might not stay in Vegas - 34º capítulo

There's a new meaning to freedom when I'm with you

Posso lhe contar os mais profundos
E mais sombrios dos meus segredos
Sabendo que você os guardará
Isso não mudará nosso sentimento
Cada marca no meu corpo
Você conhece cada palmo de mim
Todas as partes que eu odiava, você glorificava

(Girls Aloud - Beautiful 'cause you love me)

Luiza

Fato: Strip de homem sempre era muito mais divertido que de mulher. Quer dizer, a primeira diferença era a de que eles se divertiam horrores. Eram mais espontâneos, enquanto a mulher era diferente, mais... Bom, não digo mais forçado, mas tinham muitas que eu achava que pesavam a mão. Quer dizer, sabia disso porque uma vez, fui na despedida de solteira de uma coyote há um ano e tinha um stripper que apareceu vestido de policial (Imagine o fogo da mulherada, por favor). Já a de mulher... Bom, eu imaginava que era assim, principalmente pelo que o Alex me contou. E sim. Ele já tinha ido à um clube de strip com uns amigos e foi um pouco antes de nos conhecermos.

Enfim. Fato é que quase morri quando vi o Bill de terno. Sério, isso deveria ser considerado um atentado terrorista à sanidade mental feminina. Caras lindos e gostosos como ele deveriam ser proibidos de usar terno. Ainda mais quando inventam de caprichar na judiação com as esposas.

Eu estava deitada sobre sua cama, só observando atentamente à cada movimento que ele fazia. Começou tirando o paletó, sendo cuidadoso o suficiente para coloca-lo sobre a cadeira. Olhei para ele impaciente e, mordendo o lábio inferior, começou a afrouxar a gravata, a jogando na minha direção ao terminar. Detalhe: Tirava toda e qualquer peça de roupa com o mínimo de pressa possível. Só para me provocar cada vez mais. Principalmente porque estava vendo o quanto eu estava impaciente e começou a demorar de propósito, ignorando a cara feia que fiz para ele. Sua resposta à isso foi um sorriso daquele malandro, meio malicioso.

No final, quando só restava a sua boxer (E eu ainda segurava sua gravata), ele ameaçou tirá-la quando neguei.

          - Acho que você merece estar em pé de igualdade. - Respondi. Pus a gravata de lado e me ajoelhei na sua cama. Tirei a blusa e a calça, ficando só com a calcinha e o sutiã. Quando ele se aproximou até parar na minha frente, passou as mãos em torno da minha cintura e disse, começando a beijar meu pescoço:

          - Seria igualdade se você ficasse ou sem o sutiã ou...

Alcancei o fecho da peça e, depois que a atirei num canto qualquer, respondi:

          - Pronto. Satisfeito?

Sorriu lascivamente e disse:

          - Não. Faltam algumas coisas. Para começar...

Conseguiu me derrubar na cama e, por causa do susto, dei um gritinho agudo, fazendo com que ele risse, apesar de tudo. Ficou por cima de mim e só me olhava, acariciando minha cintura. Eu correspondia, arranhando de leve a sua nuca, fazendo o contorno da sua tatuagem e sentindo que não podia quebrar o contato visual, não importava o que acontecesse. Se inclinou lentamente na minha direção e começou a beijar a minha boca. Foi calmo, sem pressa alguma e com o máximo de paixão e delicadeza que conseguiu reunir. O puxei para mais perto, se é que aquilo era fisicamente possível, e tentei aproveitar a sensação da sua pele, que ficava cada vez mais morna, contra a minha. Começou a beijar o meu pescoço, passando, primeiro, pelo ombro direito. Seguiu pela clavícula até o esquerdo e, dali, para o colo. Isso sem deixar cada mínimo pedaço da minha pele passar ileso pelo toque gentil dos seus lábios. Conforme ia se aproximando do espaço entre os meus seios, a minha respiração ia se acelerando e, logo, senti sua mão se fechando em torno do direito enquanto a boca cobria o esquerdo. Senti um arrepio percorrer toda a extensão da minha espinha e fui incapaz de controlar um tremor leve. Logo, ele continuou com os estímulos e, quando parecia satisfeito, seguiu com a trilha de beijos, indo para a minha barriga. À medida que ia descendo pelo meu baixo-ventre, senti que ia descendo a última peça de roupa que me restava e, uma vez que a terminou de passar pelas minhas pernas, a atirou num canto qualquer. Logo, começou com as provocações, beijando a parte interna da minha coxa, deixando a barba me arranhar de leve e, me encolhi um pouco. Riu fraco e continuou com o que fazia, passando a beijar desde perto do meu joelho até quase na minha virilha. E toda santa vez que chegava perto e se afastava, sentia uma irritação crescente por ele nunca continuar. E então, quando menos esperei, um dos seus dedos me penetrou lentamente. Gemi fraco. Quando aumentou a velocidade, cravei as unhas nos seus ombros e arqueei as costas. Mordi o lábio e ele começou a usar a língua também. Sufoquei um gemido e começou a ir mais rápido e tive a impressão que ia mais fundo também. Sentindo que não ia aguentar por mais tempo, o chamei e, assim que me olhou, parou ao entender o que eu quis dizer. Na primeira oportunidade que tive, consegui ficar por cima dele e me inclinei na sua direção, começando a beijar sua boca sem pressa. Depois, como sempre, passei a beijar seu pescoço, peito, barriga e, quando terminei de me livrar da sua boxer, dei um sorriso e mantive meu olhar fixo no seu enquanto envolvia seu pênis com uma das mãos; A outra, por hora, estava só apoiada sobre a sua coxa. Comecei a masturba-lo lentamente e seu olhar era intenso. De repente, comecei a deslizar a ponta da língua pela sua extensão e pude perceber que sua respiração começou a ficar mais forte. Assim que cobri a glande com a minha boca, tomando o cuidado de proteger os dentes, reparei que estava tentando se controlar ao máximo que podia e, logo comecei a provoca-lo, usando a mão que estava sobre a sua coxa para tocar determinados pontos. Não demorou muito para que ele não resistisse mais e vê-lo tão... Vulnerável foi bem... Enfim. Apesar de tudo, gostava desses momentos principalmente por causa das suas expressões e do efeito que eu causava nele. Aos meus olhos, ele me parecia ainda mais lindo do que já era.

Por acidente, acabei esbarrando a glande na minha bochecha e ele gemeu. Quer dizer, não era a primeira vez que fazia aquilo, mas acho que, justamente por ser inesperado, causou aquela reação nele. Tive uma ideia e, além de continuar a suga-lo, tentava ir um pouco mais profundamente. Claro que ele gostou daquilo e, quando percebi, comecei a sentir o gosto do pré-gozo. Parei e, me esticando sobre ele, abri a gaveta do criado-mudo, pescando uma embalagem de camisinha dali de dentro. Sem demora, rasguei o invólucro e, com o máximo de cuidado, a coloquei nele. Tão logo terminei, o Bill inverteu as posições, me deixando por baixo e, antes de me beijar, disse algo em alemão. Naquela hora e naquele estado, capaz de eu conseguir entender o que ele havia dito!

Segurou firmemente na minha cintura com uma das mãos enquanto a outra guiava seu sexo para dentro do meu. Começou a me penetrar lentamente e do jeito mais torturante de todos. Para completar, ainda aproveitava cada mínima chance que tinha para morder e sugar meu lábio inferior. Correspondi às suas investidas como eu podia e, quando se tornou impossível continuar com o beijo, se contentou apenas em deixar o rosto próximo do meu. Continuou se movendo cada vez mais rápido ao mesmo tempo em que dava um jeito de acariciar qualquer parte do meu corpo que conseguisse alcançar e, quando tive a sensação prazerosa, como sempre, ela começou fraca e foi aumentando gradativamente até ficar quase insuportável. Sem que eu percebesse, arqueei as costas e, quase imediatamente, relaxei. Depois de mais algumas investidas foi a vez dele, que se largou (Mas sem liberar todo seu peso) em cima de mim. Consegui mexer as mãos e passei os braços em torno da sua cintura e fiz com que virasse o rosto para mim. O beijei lentamente e fiquei enroscada nele, só aproveitando a sensação de ter a sua pele contra a minha.

Depois de um tempo, quando ele já tinha voltado do banheiro e estava abraçado comigo, perguntei, tentando espiá-lo por cima do ombro:

          - Vai ficar bravo comigo se eu tiver que sair da cama?

Resmungou uma resposta positiva e disse:

          - Me fez tirar toda a minha roupa e agora acha que vou te liberar de sair de perto de mim?

Me virei de frente para ele e, começando a beijar seu pescoço, perguntei:

          - E se eu pedir com jeitinho? Será que posso?

          - Continua pedindo desse jeito que aí que não te deixo sair daqui!

Ri e falei, incerta e mordendo o lábio sem perceber:

          - Estou com fome.

Me olhou e disse:

          - Primeiro: Para de morder o lábio porque está me dando vontade de fazer isso. E o que você quer comer?

Dei de ombros. Suspirou e concordou que nos levantássemos. Principalmente porque ele também estava com fome.

Quando experimentei o macarrão que ele fez, me olhou com expectativa e falei:

          - Se eu não conseguir por excesso de macarrão, a culpa é sua.

Ainda me fixava e falei:

          - Está uma delícia.

Sorriu satisfeito.

Assim que terminamos, ele comentou, naquele tom de voz neutro:

          - Antes de dormir, quero um segundo round. Está irresistível te ver usando só a minha camisa...

Esperei que acabasse de lavar o último prato para abrir quase todos os botões. Pigarreei e me debrucei sobre o tampo da bancada. Assim que se virou de frente para mim, seu olhar foi automaticamente para o meu busto e disse:

          - Depois não diz que não te avisei...

Claro que, não muito tempo depois, estávamos de novo na sua cama.

< /br>
Na manhã seguinte, quando estava com a Claire, estava olhando o celular quando fez um barulho engraçado. Olhei para ela, sem entender.

          - O que foi?

Me olhou e sorriu daquele jeito doce de sempre.

          - Promoção da Victoria’s secret. - Respondeu, mas não me convenceu, ao contrário do que deixou transparecer. Sorri fraco e ela perguntou: - Escuta... Está tudo bem entre você e o Bill?

Assenti.

          - Por que não estaria?

          - Não sei. Mas é justamente esse o meu medo.

A olhei, estranhando.

          - Ok. Estou tentando entender aonde você quer chegar, mas não estou conseguindo.

Respirou fundo antes de continuar:

          - Eu sempre gostei muito do Bill. Como um irmão mesmo. Ele sempre me deu a maior força para investir na carreira de modelo e... Até está me incentivando a ir para Londres.

Franzi as sobrancelhas.

          - E não adianta fazer essa cara porque eu sei que você está metida no meio de time de cupidos para tentar me juntar com o Stephen.

Sorri fraco e perguntei:

          - Vai negar que o Stephen, mesmo sendo mais velho, não tem lá seu charme? Quer dizer, não estou falando exclusivamente porque ele é dono de um bar e tal, mas eu acho que ele é, não só um homem bonito, mas é gentil, atencioso, educado... Tá difícil achar um homem assim hoje em dia e acho que você sabe disso.

Concordou em silêncio.

          - Pois é. Eu te dou a maior força para ficar com ele. Ainda mais que o Stephen está sozinho há tanto tempo...

          - Ele... Não é gay, é?

Ri e falei:

          - Não. Ele acabou com a última namorada um mês antes de eu começar a trabalhar lá.

Ergueu as sobrancelhas em sinal de entendimento.

          - Se eu fosse você... Consideraria essa hipótese, Claire. - Aconselhei. Concordou lentamente e logo, voltou o assunto para mim:

          - Vou pensar no assunto. Mas voltando ao Bill... Se eu fosse você, reconsideraria ir embora depois do prazo do juiz. Conheço o Bill e sei que é capaz de ele sofrer tanto quanto na época que aconteceu aquilo tudo com a Lydia.

Encarei um ponto fixo na minha frente e ela disse:

          - Eu não acho que você vai ser feliz se voltar para o Alex, honestamente. Pelo que as meninas me falaram, é diferente de quando você está com o Bill. Ok, eu entendo. O Alex realmente é um pedaço de mau caminho e sonho de consumo da mulherada, mas... Não te causa nem 1/3 do que o Bill faz com você, não é?

Assenti, ainda sem olhá-la.

          - Pois é. Pensa bem no que eu estou te falando. E eu não acho que foi sorte você ter ido para Las Vegas no mesmo dia que ele. Sou cética quanto à isso, mas depois de tudo que aconteceu, eu acho que era para ser assim.

Respirei fundo e falei com ela:

          - Eu acredito em destino. E acho que, se é para ser... Não vai ter escapatória. Enquanto eu estiver aqui, claro que vou aproveitar. Depois da audiência, vou sim conversar com o Bill e ver o que a gente faz. Até lá... É viver cada dia como se fosse o último.

Me fixava e disse:

          - Quando o Bill chegou da audiência e me contou que você ia ter que ficar um ano, não nego que eu fiquei feliz de verdade. Mesmo sem te conhecer ainda, sabia que não ia ser como a Lydia. Quando ele me contou da condição de voltar com a banda, tive certeza.

          - Eu sabia que ele sentia falta e acho que, no final, ele não se importou tanto assim, não é?

Sorriu de novo. Sabe quando você fica morrendo de vontade de apertar as bochechas de uma pessoa pelo tanto que ela é fofa? Então. Com a Claire era assim. O tempo todo. Ainda mais quando sorria, porque, além da fofura, ainda tinha a aparência de boneca.

          - E eu concordo com ele. - Falei. - Tinha mais é que correr atrás da carreira de modelo. Olha teu tamanho em comparação comigo e a Lola! Di, apesar de ter três centímetros a mais, ainda sim, não... Humilha a gente.

          - Eu humilho vocês? - Perguntou, não segurando a risada. Concordei.

          - Nós três somos três tampas perto de você! Tinha mais é que estar desfilando do que trabalhando de secretária de um topetudo que mais parece uma peneira!

Gargalhou e perguntou:

          - Sabia que eu achei que você gostava dos piercings dele?

Arqueei a sobrancelha.

          - Te juro que arrancava aquela titica do septo na unha para ele ver o que é bom e se arrepender amargamente de ter posto aquela porcaria!

Riu e disse:

          - Que ele não saiba, mas... Sério, ele se estraga fazendo tudo aquilo. E inclusive as tatuagens.

          - Você que já conhece a peça pessoalmente há mais tempo que eu... - Comecei a dizer e ela me olhou, curiosa. - Simone não liga lá para o estúdio para dar esculacho nele?

Riu e concordou.

          - Quase o tempo inteiro.

          - Eu amo minha sogra. - Falei e ela continuou rindo. Conversamos mais um pouco e, logo, voltamos ao trabalho. Depois que acabamos, ela foi embora e, quase imediatamente, o Bill chegou. Estava agitado, apesar do bom humor.

          - O que te aconteceu? - Perguntei, desviando o olhar da TV por um instante. Exibia um sorriso daqueles largos, espontâneos.

          - Terminamos a primeira música.

Acho que arregalei os olhos.

          - Confesso que estou me roendo de curiosidade, mas fica tranquilo que não vou te pedir para me deixar ouvir. - Falei e ele assentiu. Veio andando e, quando se sentou na mesa de centro, na minha frente, pegou as minhas pernas e as pôs sobre o próprio colo. Disse:

          - Eu acho que você vai gostar. Tenho essa sensação.

Ergui a sobrancelha.

          - Vai ficar me atiçando agora, é isso mesmo?

Sorriu malicioso e disse:

          - Acho que eu vou, mas para outra coisa...

Nem precisava dizer mais nada. Logo, se aproximou de mim e, quando vi, estava deitada no sofá e ele por cima de mim, me beijando. Depois de alguns minutos, estava ficando incomodada, principalmente com a falta de espaço e acabei pedindo para que fôssemos para o quarto. Prontamente atendeu e acho que não é necessário dizer o que aconteceu depois...

No dia seguinte, quando estava almoçando com as meninas em Santa Monica, a Lola estava mais quieta que de costume e estava diferente. Não sabia dizer o que era, exatamente. Só sei que ela não aguentava e ria de algumas coisas que a Nadine e a Claire falavam.

          - Sabem o que eu lembrei? - A Di perguntou, afoita. - Daquele dia que a Iza simplesmente tomou o tombo mais espetacular de todos, andando pelo balcão, que acabou e ela continuou. E a gente, morrendo de preocupação com ela, porque era alto e ela estava com um salto gigante... E a peste lá, no chão, e chorando de rir.

A Lola gargalhou e a Claire comentou:

          - Eu não aguento. Quando acontece uma coisa dessas em público, choro de raiva.

          - Ih, aí que é pior, porque chama mais atenção. O melhor é levantar, fingir que nada aconteceu ou, na pior das hipóteses, rir da própria idiotice. - Falei. - Nesse instante da minha queda espetacular, comecei a rir por impulso. Estava tão entusiasmada que não vi o fim do balcão. E quando percebi, tinham uns dez caras me ajudando a levantar. Lembram do Stephen?

          - Eu achei que ele ia ter um treco quando te viu caindo daquele jeito. Agora falando sério, Izzy, você realmente podia ter caído e se machucado feio. - A Lola falou e respondi:

          - Se eu nunca quebrei um osso na vida... Por que ia quebrar justamente caindo daquela altura? Sou vaso ruim, Lola. - Respondi. - E uma bezerra, já que isso contribui e muito.

A Claire me olhou, fazendo uma cara estranha e a Lola mesmo respondeu:

          - A Izzy toma tanto leite quanto vocês, americanos.

          - Sem falar que sou uma rata. - Respondi.

Depois do almoço, ficamos batendo perna pela região e a Lola parecia se sentir muito melhor do que nos últimos dias. Quer dizer, eu sabia que ela não estava bem graças à Di, que vira e mexe, me ligava pedindo para ajuda-la. E eu ia prontamente. Tentávamos descobrir o que estava acontecendo, mas não tinha tanto jeito assim... Então, achamos melhor dar tempo ao tempo e a Lola, quando e se quisesse, nos contaria.

No sábado à noite, a Nadine ligou, cancelando o almoço que teríamos.

          - O que houve? - Perguntei e respondeu:

          - Lola não está bem. Vamos ao médico, já que ela está ruinzinha tem um bom tempo.

Ouvi a voz da Nicola ao fundo, falando que não precisava de nada daquilo.

Depois de me despedir da Di, franzi a sobrancelha, olhando para o celular. O Bill, que estivera me olhando fixamente durante toda a conversa, perguntou:

          - O que houve?         

          - Uma ruiva teimosa que está passando mal tem um tempo e se recusa a ir ao médico. É isso o que está acontecendo. Mas ô vontade de dar uns bons tapas nela!

Riu fraco e lá fui eu fazer mais xixi. Vez ou outra, isso acontecia. Era inexplicável e a minha sorte era que eu não era a única da família a sofrer com isso.

Quando voltei à sala, o Bill me olhava e perguntou:

          - Tem certeza que a única que está passando mal é a Nicola?

Olhei para ele, sem entender.

          - Por quê?

          - Tem alguma coisa que você queira me contar, Luiza?

Neguei.

          - Onde, exatamente, você está querendo chegar?

          - Você vomitou outro dia. Agora está indo ao banheiro o tempo inteiro...

          - E...? - Não entendi o que queria dizer com tudo aquilo. Por fim, vendo que não ia adiantar nada, desistiu.

A partir daquele dia, vez ou outra, pegava o Bill me olhando de um jeito estranho, como se estivesse imaginando alguma coisa. Tinha lá meus palpites, mas não falava nada com ele. O negócio me deixou ainda mais cismada quando ele, numa tarde em que estávamos os dois na piscina, perguntou:

          - Hipoteticamente falando... Se você tivesse uma filha, que nome ia querer colocar nela?

Olhei para ele e devolvi a pergunta:

          - Seja honesto comigo. Por que você está tão... Estranho ultimamente? Só fica me olhando de um jeito esquisito, começou a, do nada, passar a mão na minha barriga... E agora me vem com essa. Por um acaso você está achando que estou esperando um filho seu, é isso?

Franziu as sobrancelhas e fez bico, balançando a cabeça.

          - É só... Uma curiosidade.

          - Kaulitz, você não me engana. Eu sei bem o que você está pensando e pode ir tirando o cavalo da chuva que eu não vou engravidar, ainda mais agora. Quero fazer um monte de coisas e só depois que estiver estável, emocional e financeiramente, que vou começar a pensar em ter filhos.

          - A gente transa sem camisinha de vez em quando. Totalmente impossível não é.

          - É sim. Ou achou que eu fosse tão irresponsável assim?

Respirou fundo e vi que ficou amuado.

          - Queria ver se fosse você a ter de aguentar as mudanças repentinas de humor, os hormônios enlouquecidos e todas as mudanças no corpo... E principalmente, a dor equivalente a quebrar vinte ossos simultaneamente enquanto uma criança inteira sai de você... - Retruquei.

          - Sempre falam que compensa no final... - Resmungou e falei, perdendo a paciência:

          - Quem dera se os homens fossem como cavalos-marinhos, mas parindo que nem as mulheres! Aí sim iam parar de falar que mulher é sexo frágil!

Saí da água e sabia que ele estava atrás de mim. Nem bem tinha saído da cozinha e me pôs contra a parede mais perto, prensando seu corpo no meu e segurando minhas mãos acima da cabeça. Me olhava fixamente e disse:

          - Ainda vou te fazer mudar de ideia a respeito de ter um filho meu...

Abri a boca para retrucar, mas ele, claro, me interrompeu com um beijo daqueles, que logo de cara deixa as pernas parecendo sorvete derretido. Com a mão livre, acariciou várias partes descobertas do meu corpo e, quando menos esperei, ergueu a minha perna. Tomei um impulso e a enrosquei (Fazendo o mesmo com a outra) em seu quadril. Soltou as minhas mãos, que foram imediatamente para seus ombros. Arranhei sua pele sem dó nem piedade e ele respondeu à altura, mordendo o meu lábio e o puxando. Ah, se soubesse o quanto aquilo me deixava louca...

Quando me segurou e percebi que começava a se mover, interrompi o beijo e pedi:

          - Me põe no chão, por favor? Acho melhor assim do que a gente ter o risco de cair da escada e machucar sério...

Suspirou e atendeu. Assim que parou à porta do seu quarto, tive uma ideia e comecei a andar até o banheiro. No meio do caminho até lá, levei as mãos até a nuca e prendi os cabelos em um coque e deslizando os dedos pela minha pele; Sabia que ele era louco com a minha nuca e acho que era uma boa ideia provoca-lo um pouco...

Soltei o sutiã do biquíni (Que era frente-única) e pus a parte de cima na maçaneta da porta. Ameacei tirar a calcinha e, em cerca de dois segundos, ele atravessou o quarto e, quando vi, já estava parado atrás de mim.

Alguns poucos minutos depois, dei um gritinho ao sentir a água gelada caindo sobre a minha pele. Instintivamente, me aninhei no seu peito, tentando me manter aquecida e ele riu enquanto me abraçava.

          - É impressão minha ou você não gosta muito de banho frio?- Perguntou e concordei com a cabeça.

          - Sou friorenta. Ou ainda não deu para perceber?

          - É, mas não tem jeito de deixar o chuveiro com a água quente. - Começou a acariciar a minha cintura.

Me endireitei, o olhando e falei:

          - Mas a água não é a única coisa que pode me esquentar...

Tentei parecer indiferente e, logo, recomeçou a me beijar. Desta vez, deixou sua mão passear livremente pelo meu corpo e sem o menor pudor. Quando passou a me beijar mais intensamente, senti suas mãos parando sobre as laterais da calcinha do meu biquíni e ameaçou tirá-la. Começou a beijar meu pescoço e, como estava me torturando e beijando o ponto crítico perto da minha orelha, não me dei conta de que havia mexido a mão e, quando dei por mim, tinha afastado a peça para o lado e deslizava um dedo para dentro de mim. Começou a movê-lo lentamente e eu movia os quadris, tentando fazer com que ele tocasse os pontos certos. De repente, senti o seu polegar movendo o meu clitóris em círculos. Cravei as unhas no seu ombro e, quando percebi que estava cada vez mais perto do clímax, consegui afastar a sua mão. Me olhou sem entender e, rapidamente, tirei a última peça que me restava. Quase imediatamente, fez que ia me tocar de novo, mas o impedi. O puxei para mais perto segurando uma das suas correntes e recomecei a beijá-lo. Depois de alguns minutos, percebi que ele estava cada vez mais excitado e, só para provocar mais ainda, aproveitei que escondeu o rosto perto da base do meu pescoço e aproximei minha boca da sua orelha. E ele, mal sabendo quais eram as minhas intenções, apertou a minha cintura com uma das mãos. Segurei a outra e a pus sobre meu seio. Claro que ele logo começou a tocá-lo e tirei outra vantagem disso: Conforme minha respiração ia se acelerando, fazia com que ele a ouvisse e percebi que aquilo realmente mexia e muito com o Bill. Passados mais alguns minutos, passou a apertar minha cintura com mais força, mas sem me machucar, e até puxou meu quadril de encontro ao seu. Assim que senti que não poderia mais demorar, dei um jeito de inverter as posições e ele ficou encostado na parede. Me olhava fixamente enquanto eu empurrava a sunga para baixo. Uma vez livre da peça, comecei a beijar seu pescoço, passando pelo peito e a barriga, sem deixar um único milímetro passar ileso. Mantive meu olhar fixo no seu o tempo inteiro e, quando ele me viu ajoelhando, deu para ver sua ansiedade. Sorri torto e, logo, segurei o seu pênis e comecei a masturba-lo. Não dei o menor indício de que ia coloca-lo na boca, apesar da posição e, quando o Bill finalmente quebrou o contato visual e fechou os olhos, foi então que deixei a ponta da língua deslizar por toda sua extensão. Ao chegar na glande, não resisti e protegi os dentes com os lábios e o coloquei na boca. Continuei com a masturbação, deixei que encostasse na minha bochecha e, ao mesmo tempo, o sugava e usava a língua para ajudar. Com a mão livre, arranhava de leve a sua coxa e, vez ou outra, ameaçava me aproximar da sua virilha. Havia desviado meu olhar por um instante e, quando vi seu rosto, tive uma sensação estranha. Não era ruim, muito pelo contrário; Saber que ele estava daquele jeito por minha causa era... Bom. Quer dizer, isso era óbvio, mas uma coisa é você ouvir as outras pessoas falando. Outra bem diferente é se dar conta disso: O cara de quem você gosta e muito, totalmente à sua mercê e quase tendo um orgasmo por sua “culpa”. Nem preciso dizer a bela inflada que meu ego deu, né?

De repente, ele abriu os olhos e fez com que eu parasse com tudo que fazia. Não entendi de imediato até que reassumi a minha posição original e fui erguida do chão. Fez com que eu passasse as pernas em torno dos seus quadris e, quase imediatamente, me penetrou. Não contive um gemido, mais de surpresa de que qualquer outra coisa, e ele começou a investir lenta e tortuosamente. O pior foi que ele não me beijou; Em vez disso, ficou me olhando o tempo inteiro, provavelmente observando a menor da mudança das minhas expressões. Soltou uma das mãos e logo recomeçou a tocar meu seio e até a apertá-lo com vontade. Por instinto, curvei as minhas costas na sua direção e ele sorriu, lascivo. Segurei sua mão, mas sem tirá-la de onde estava, e ele avisou:

          - Se quiser que eu vá mais rápido... Vai ter de me pedir...

É sério? Franzi as sobrancelhas e pedi:

          - Schnellere. Bitte.

Deu para ver que não estava esperando por isso. Arqueei a sobrancelha e perguntei, me fazendo de inocente:

          - Ué... Não era para te pedir?

Travou o maxilar e acabou se movendo mais rápido. Depois de alguns minutos, quando começava a ficar insuportável, ele fez a besteira de aproximar o rosto do meu pescoço de novo e falei, com a boca praticamente colada à sua orelha:

          - Quero ver do que você é capaz...

De repente, saiu totalmente de dentro de mim. Fiquei com “A” cara de tacho e, quando menos esperei... Voltou e com tudo, de uma vez só. Não consegui controlar um grito e ele se movia cada vez mais rápido. Aquela “agressividade” somada à sua mão ainda tocando meu seio só faziam piorar minha situação a cada instante e, quando vi, já estava começando a ter a sensação crescente de prazer. Tentei me segurar e foi pior ainda, já que foi uma das mais intensas que tive. Senti que havia chegado ao meu limite, com meus músculos se contraindo e relaxando quase instantaneamente. Só me dei conta do que tinha acontecido quando o ouvi gemer. Abri os olhos e depois de algumas investidas, foi a vez dele. Enquanto me beijava, saiu de dentro de mim e me pôs no chão com o máximo de cuidado. Depois de fechar o registro da água, sem a menor cerimônia se sentou no chão e me puxou para mais perto dele. Fiquei sentada com as costas apoiadas no seu peito e ele brincava com os meus dedos, como sempre, enquanto beijava meu pescoço Perguntei:

          - Eu te machuquei?

          - Não... Por quê?

          - Tive essa impressão quando você gemeu...

Riu fraco e disse:

          - Você tocou a base da minha coluna.

Tentei me virar para olhá-lo.

          - E...?

          - Digamos apenas que eu descobri o que acontece com você quando eu beijo aqui....

... E lá foi ele beijar o ponto crítico perto da minha orelha. De birra, falei:

          - Ah, Kaulitz... Não deveria ter me dito isso... Agora eu sei onde tocar quando quiser apelar...

          - Experimenta! - Me imitou. Tive que rir depois daquela...

Cerca de uma semana depois, estava na casa das meninas e a Lola tinha saído. A Di, então, aproveitou para conversar comigo:

          - E ela está mais teimosa do que você. Conseguiu me dobrar aquele dia, mas na próxima, ela não me escapa!

          - Alguma ideia do que pode estar acontecendo?

Concordou e me disse:

          - Acho que, se fosse verdade, ela ia falar com a gente e pedir nossa ajuda, não?

          - Normalmente sim. Mas não é uma situação normal. Ela pede ajuda até quando fica com ressaca! Acha que pode ser alguma coisa séria? Será que ela não quer deixar a gente preocupada e por isso que não fala nada?

Deu de ombros.

          - Espero que não.

Naquele instante, o telefone tocou e ela foi atender. Peguei o celular e digitei uma mensagem para a ruiva:

Onde você está? Preciso conversar com você.

A resposta não demorou a chegar:

Que coincidência. Eu também. Estou indo para a casa.

OK. Realmente tinha alguma coisa de errado. E só para melhorar...

          - O Charlie vai vir para LA no final da semana e quer a nossa ajuda para arrumar tudo para o pedido de casamento. Agora vai. O que foi?

          - Ela disse que vem para cá e que quer conversar comigo. E foi... Fria. Estou com medo, Nadine.

          - Vamos fazer uma coisa. Eu vou até o Tom e, assim que terminar, você me liga.

          - E se ela quiser que você esteja presente?

          - Eu espero ela chegar. Daí, conforme for...

Não demorou e vimos a ruiva chegando em casa, finalmente. Nós duas a olhamos ao mesmo tempo e ela disse, séria:

          - Eu preciso da ajuda das duas.

Merda. Aí vinha...

          - O que houve? - Perguntei e ela respirou fundo antes de se sentar à nossa frente.

Bill

No final da tarde, estranhando a demora da Luiza, fui até a casa das meninas e, depois de alguns minutos, a Nadine veio abrir o portão. Estava estranha e dava para ver que tinha chorado.

          - Está tudo bem?

Assentiu e a segui até a entrada. Foi chamar a Luiza, só que, no meio do caminho, ela apareceu, dizendo:

          - Di, o terceiro deu positivo também...

Aconteceram duas coisas: Ela me viu ali e meu olhar foi diretamente para a mão direita, onde ela segurava uma fita de papel branca. Com duas linhas. Não consegui falar nada. Ela decidiu se mexer e entrou no banheiro de novo. Demorou um único minuto ali e, em seguida, voltou, se despedindo rapidamente da Nadine e me puxando para a casa. Assim que entramos, perguntei:

          - Você...

Respirou fundo antes de responder.        

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