28. I won't give up without a fight
Quando eu te vi lá
Sentada no escuro
Agindo como se não se importasse
Eu soube naquele momento que você seria minha
Nós dançaríamos a noite toda
(Olly Murs - Dance with me tonight)
Bill
- Coyle! - A Luiza chamou, assim que a Nadine se afastava na direção do portão de embarque para Londres, com a Nicola ao seu lado. - Assim que chegarem em Londres, me manda uma mensagem, por favor!
A outra deu uma olhada nada amigável e concordou, mas depois que o Tom a fez prometer o mesmo. As duas viajariam primeiro e quase uma hora depois, nós embarcaríamos. Enquanto a Nadine se despedia não-verbalmente do Tom, a Nicola se aproximou da Luiza e de mim e falou:
- Se ela fizer vocês perderem o voo... Tem meu apoio para dar um belo catiripapo nela.
A ruiva assentiu, sorrindo.
- Ó... Vocês também. Me avisem quando chegarem em Hamburgo, por favor. - Pediu e a Iza assentiu. Chamaram o voo delas e, quando vimos, a Nicola conseguiu separar a Nadine do Tom, puxando a amiga pelo braço até o portão de embarque. Depois que elas foram, meu irmão avisou que ia ao banheiro e fiquei com a Luiza. Fomos andando até perto de onde iríamos embarcar e percebi que ela ficou um pouco mais... Quieta.
- O que foi?
- Engraçado... Mesmo que não tenha ficado nem quinze dias sem elas, já é a segunda vez neste ano que me separo das meninas. Me acostumei a ter as duas sempre por perto... Bom, pelo menos uma delas.
- Pensa que daqui a poucos dias, vai encontra-las de novo. Em Londres... - Começou a sorrir. - Em cima do palco do The Coyote. - Seu sorriso se alargou. - Fazendo o que gostam. - Seu olhar brilhou.
- É. Se eu tomar mais um tombo, tem a vantagem que você ainda vai me ver. - Me provocou e apertei a sua cintura.
- Você não vai cair. Aliás... Vai é enlouquecer todo mundo lá. Vai deixar as mulheres com inveja e os caras... Com vontade.
- E você morto de ciúmes. Te conheço, Kaulitz...
- É. Mas já descobri um mantra.
- Que mantra?
- “Eles vão babar, mas só eu posso dormir com ela.”
- Nem um pouco possessivo...
Dei de ombros, sorrindo.
- Você não vive dizendo que me conhece? Então... Deveria saber que eu sou assim...
- É, né... - Disse, resignada.
- Como você me disse uma vez... Não está satisfeita? Pede o divórcio.
Me olhou, fingindo surpresa, e disse:
- Esse povo virginiano com memória de elefante!
Ri e falou:
- Agora é sério. Não precisa ter ciúmes só porque vou dançar em cima de um palco. Nem que vou usar roupas justas... - Me fingi de sério. - Como te falei... Só tirei a roupa para você... E isso, não é pouca coisa, liebe. Acredite.
Logo, chamaram nosso voo e, quando nos sentamos um ao lado do outro, sendo que fiquei entre a Luiza e o Tom, a primeira coisa que ela fez foi mexer no ar condicionado.
- Não sei para quê ligam isso, sendo que já está frio! - Resmungou e ri fraco.
- Se estiver com frio... Dou um jeito de te esquentar.
- Ah tá. Senta e espera. - Respondeu.
Não muito tempo depois, o voo decolou.
Cerca de oito horas depois, chegamos em Paris e a Luiza aproveitou para ir ao banheiro e eu e o Tom fomos tomar café.
- Sabe que, assim que ela descobrir, você vai apanhar, não é?
- Vai valer o risco. - Respondi. - Além do mais, fiz o que ela pediu, então, não vai poder reclamar tanto assim.
Ele sorriu e, logo, a Luiza reapareceu.
- Sério, como você ainda tem a pachorra de me achar bonita, depois de uma noite inteira dentro de um avião?- Me perguntou e ri.
- Você é. E não adianta teimar que não é.
Arqueou a sobrancelha e disse:
- Melhor não discutir.
- Ainda mais que nós dois sabemos que você vai perder...
- Como é? - Perguntou, pondo as mãos na cintura.
Para a sorte dela, o nosso voo foi chamado e tivemos que ir.
Pouco menos de duas horas depois, finalmente chegamos a Hamburgo. E logo no portão de entrada, minha mãe e o Gordon já nos esperavam.
- Bill, o que você faz com a Luiza? Está me parecendo mais magra que da última vez que nos vimos!
- Isso você tem que perguntar para a Nadine e a Nicola. São elas que almoçam com a Luiza quase todo dia... - Tentei me defender e, logo fomos para a casa. Minha mãe, claro, já havia preparado o meu quarto para que a Luiza pudesse ficar lá também e, depois de cada um tomar banho separadamente (Embora a minha vontade de entrar no banheiro quando a Iza estava sob o chuveiro fosse enorme) e comermos alguma coisa, fomos descansar um pouco.
Quando acordamos na tarde seguinte, a Luiza parecia muito mais disposta e, quando chegou a hora do jantar, ajudou a minha mãe. As duas estavam na cozinha quando entrei lá e, do nada, a Luiza resmungou:
- Não aguento quando tá um frio do cão e tem um cidadão que sempre anda quase sem roupa.
Minha mãe olhou para mim e riu.
- Rabugenta. - Falei, apertando a cintura da minha mulher e a abraçando por trás. Deu um estalo com a língua e beijei a sua bochecha. Minha mãe nos olhava de rabo de olho e disse:
- Eu realmente acho que vocês não deveriam pedir o divórcio.
Nós dois viramos ao mesmo tempo para olhá-la e minha mãe disse:
- Nem venham com essas caras porque está na cara que não querem se separar. Ainda mais agora.
- “Ainda mais agora” por quê? - A Luiza perguntou gentilmente.
- Porque está óbvio que vocês estão felizes juntos e que está dando certo. - Respondeu.
Claro que, naquela noite, a Luiza e eu fomos dormir com aquilo martelando nas nossas cabeças.
Na véspera de Natal, quase toda a família veio para a ceia e a cozinha era tomada por mulheres. A maioria, minhas tias e primas. Tinham minhas avós também. O negócio estava tão feio que, se alguém quisesse mais alguma coisa para beber, por exemplo, tinha que pedir e esperar na porta. Quando fui buscar mais cerveja, uma das minhas primas mais nova estava sentada num banquinho do lado de fora da cozinha, lendo. Perguntei:
- Virou porteira?
Marcou o livro e disse:
- É o jeito. Pelo menos vão me pagar para ficar aqui. O que você quer?
- Cerveja. - Respondi. Ela se levantou do banco e pôs o livro sobre o assento. Em seguida, foi até a cozinha e ouvi sua voz avisando que eu queria cerveja. Logo depois, pôs a cabeça para fora e perguntou:
- Quantas?
- Não posso entrar aí? - Perguntei e ela deu de ombros.
- Se quiser se arriscar...
Consegui passar e chegar à geladeira. Não me pergunte como, mas consegui procurar pela Luiza no meio daquele monte de mulheres. Não a encontrei e perguntei para a tia que estava mais perto de mim:
- Escuta, cadê a Luiza?
- Foi buscar alguma coisa no quarto. - Respondeu e agradeci. Entreguei as cervejas para o Tom no meio do caminho e fui para o andar de cima. Quando segurei a maçaneta, a ouvi:
- Sim, recebi na semana passada.
Houve uma pausa.
- É, eu sei. Mas aqui... Você vai?
Não consegui me controlar e entrei no quarto. Ela não se incomodou e continuou conversando:
- É, ele vai também. - Ergueu o olhar para mim. Houve uma pausa e respirou fundo. -- Só... Tenta mantê-la longe, ok?
Não demorou muito mais tempo no telefone e perguntei quando desligou:
- Alex?
Concordou.
- Ligou para nos desejar feliz Natal. Ele vai para um lugar onde não tem internet e o celular não pega e por isso ligou hoje.
- Então... Ele vai ao bar?
Concordou novamente.
- E a Lydia vai também?
Me olhou fixamente antes de esboçar qualquer reação.
- Vai fazer alguma diferença? - Perguntou.
- Claro que não.
- Será mesmo?
Se levantou e ia na direção da porta quando segurei seu braço.
- Como você me disse mais de uma vez... Estou com você. Não com ela. Aliás... Ela está com o Alex, não é?
Assentiu.
- Mas qual é a minha garantia que não vai ter uma recaída?
- A mesma que eu tenho com relação à você e ele...
Crispou os lábios e fomos interrompidos por batidas na porta. Soltei seu braço e a minha mãe entrou.
- Está tudo bem por aqui?
- Está. - A Luiza respondeu, sorrindo. - Já estávamos descendo. É que um amigo meu de Londres ligou para desejar feliz Natal, já que ele vai viajar e não pega nem celular e nem internet lá...
Minha mãe concordou, ainda desconfiada.
- Vamos lá para baixo, sim?
Tivemos que ir.
Depois de um tempo, quando eu estava conversando com o Tom, contei sobre a breve discussão que tive com a Luiza e ele, claro, me xingou.
- E você queria que eu fizesse o quê? - Perguntei, começando a ficar irritado.
- Não reagisse! Sem falar que você sabe que o que ela falou sobre a recaída entre você e a Lydia têm mais chances de acontecer do que entre ela e o Alex...
- Vai ficar do lado da Luiza agora?
- Não só dela. Mas do seu também. - Disse, encerrando o assunto ao se levantar e entrar em casa para pegar o maço de cigarros.
Na hora em que tudo finalmente estava pronto, a minha mãe fez com que eu e a Luiza nos sentássemos lado a lado à mesa. E tão logo terminamos de nos servir, perguntei para a minha mulher:
- O que você fez aqui?
Ergueu a sobrancelha, dando um sorriso torto e disse:
- Vamos ver se você adivinha... E nada de chutar assim, só olhando. Quero que você experimente.
- Eu peguei, por um acaso?
Deu de ombros e dei um estalo com a língua, fazendo-a rir.
- Come logo, Bill, que coisa! - Resmungou e comecei a comer. De início, não consegui descobrir. Por fim, experimentei uma farofa com maçã, tomate e algo que parecia ser presunto e era realmente gostosa.
- A farofa. - Falei e ela sorriu.
- Receita da minha mãe. Todo Natal, ela faz e eu quase sempre acabo com ela.
- Tem presunto. - Afirmei e ela negou.
- Encontrei uma alternativa: Peito de peru.
Logo, todo mundo começou a conversar e, de repente, um tio perguntou:
- Ô Bill... Já estão pensando em filhos?
A Luiza me olhou e respondi:
- A gente não tem nem um ano de casamento ainda...
- É... Ainda estamos naquela fase de aproveitarmos a companhia do outro, sabe? - Ela perguntou e meu tio concordou.
- Mas já estão pensando no que vão querer que venha primeiro? - Minha tia quis saber. Era casada com esse meu tio, só para constar.
Dei de ombros e a Luiza revelou:
- Apesar de ficar feliz do mesmo jeito... Preferia que uma menina viesse primeiro.
Percebi o olhar do Tom na minha direção.
Até que tudo correu muito bem. Enquanto todo mundo trocava os presentes, consegui puxar a Luiza para um canto e, já entendendo o que eu tinha feito, começou a me xingar e falei:
- Ó... Nem vem que eu fiz a doação para a Unicef, conforme você me pediu.
Respirou fundo e entreguei a caixa de veludo preta, comprida e fina para ela.
- Eu te avisei. - Disse, enquanto a abria. Assim que viu o que tinha dentro, resmungou: - Eu te odeio, sua peste!
Ri e falei:
- Me deixa te ajudar.
Peguei a corrente e ela se virou de costas, segurando o cabelo. A provoquei:
- Sorte sua que não estamos sozinhos...
- Por quê? Ia me bater por eu ter te xingado por me dar a corrente?
- Já que deu a ideia... Mas era por causa da sua nuca.
- Ah tá... Bom, se você se comportar...
Não resistindo, me inclinei na sua direção e beijei sua nuca, percebendo que a Iza se arrepiou. Sorri e, quando ela se virou e olhava o pingente, falei:
- Os alemães acreditam que joaninhas trazem sorte.
Sorriu e me puxou para mais perto, roubando um beijo.
Depois que todo mundo foi embora, ajudei a minha mãe com a louça.
Assim que terminei, fui para o andar de cima da casa e a Luiza estava no quarto, trocando de roupa. Tranquei a porta e ela perguntou:
- Por um acaso está com as piores intenções possíveis?
- E se estiver?
- Se estiver, pode tirar seu cavalinho da chuva. - Respondeu.
- Rabugenta. - A provoquei e deu um estalo com a língua.
- Posso ser rabugenta o quanto for... Mas nega que gosta de mim, vai...
- Quem disse que eu gosto? - A provoquei. - Estou interessado mesmo é em sexo.
Me olhava, segurando o riso.
- Você é um mentiroso tão ruim quanto eu, Kaulitz... Toma tenência, seu sem-vergonha! - Respondeu, apertando minha cintura.
Quando nos deitamos, fiquei abraçado com ela, virada de frente para mim. Mesmo que não estivéssemos com a luz acesa, pude ver seu rosto e ela me fixava de volta. Acariciei sua bochecha e logo, sua mão cobriu a minha. Não resistindo, me mexi e a puxei para mais perto, ajeitando seu corpo de modo que ficasse colado ao meu. Suas pernas estavam entrelaçadas nas minhas e conseguia sentir seu peito se movendo contra o meu conforme a sua respiração calma. Vez ou outra, roubava alguns beijos e aquilo foi o suficiente para mim. Não demoramos muito tempo para pegar no sono.
Na manhã seguinte, quando acordamos, havia quase um metro de neve do lado de fora.
- O que me diz de voltarmos à infância? - Propus, quando ela ainda estava deitada. Eu estava de pé ao lado da janela.
- Se prepara então. - Respondeu, sorrindo e se levantando.
Depois de nos vestirmos e estarmos bem protegidos do frio, além de tomarmos o café da manhã, fomos até o quintal e, em menos de cinco minutos, eu já fui atingido por uma bola de neve. Logo, uma verdadeira guerra começou e, de algum modo muito estranho, ela conseguia sempre escapar das que eu lançava na sua direção. Sem falar que, depois de um tempo, ela começou a se esconder. Isso, para ela, foi uma vantagem, já que eu não conseguia ver de onde vinham as bolas, que pareciam ser lançadas de todas as direções possíveis e impossíveis. Apesar disso, me diverti como não fazia há bem tempo. De repente, consegui vê-la e, como já estava com a bola pronta, a joguei e acertei em cheio na sua coxa.
- Finalmente! - A provoquei e ela riu. Em seguida, começou a rebolar enquanto eu fazia outra bola e, quando joguei, a Luiza saiu correndo e, portanto, errei.
Não sei dizer quanto tempo exatamente ficamos ali. O que sei é que, quando já estávamos exaustos e ofegantes, minha mãe apareceu e nos mandou entrar.
- Você merece uma recompensa por ter sido um bom perdedor. - A Luiza disse e, de repente, senti algo gelado nas costas.
- Ah, vem cá, sua danada! - Falei, começando a correr atrás dela. Entramos em casa e a minha mãe, que nos olhava e segurava o riso.
- Vão se arrumar que daqui a pouco o pessoal chega.
A Luiza subiu e, quando eu estava quase saindo da cozinha, minha mãe me chamou. Assim que me virei, ela disse:
- Fazia bem tempo que não te via feliz desse jeito...
Só consegui sorrir largamente depois daquilo.
Assim como tinha acontecido na ceia, o almoço foi ótimo e claro que, enquanto a sobremesa foi servida, começaram a contar os casos de quando meus primos, o Tom e eu éramos crianças. A Luiza ouvia à tudo atentamente e ria. Não me lançava qualquer olhar de censura, muito pelo contrário. O que acontecia era que dizia um “Seu sem-vergonha” num volume que só eu ouvia.
Depois que todo mundo foi embora, ela perguntou, aproveitando que tinha ficado sozinha comigo:
- E o Georg e o Gustav?
- Disseram que iam passar mais tarde. - Falei. Estava sentado no encosto do sofá e ela estava de frente para mim, parada de pé. Passei os braços em torno da sua cintura e a puxei para mais perto.
- Outro dia descobri uma coisa que me fez lembrar de você.
Franziu as sobrancelhas.
- Tenho motivo para estar preocupada?
Sorri e continuei:
- Vi que Napoleão, quando assinava as cartas para a imperatriz Josefina, costumava assinar...
- “Um beijo mais embaixo”. Eu já sabia. - Respondeu.
- O que me diz se eu começar a me despedir assim de você nas SMS?
Tomei um tapa no ombro e ri.
- Vem cá. - Falei, a puxando para mais perto ainda, se é que aquilo era fisicamente possível. Se inclinou na minha direção e, antes mesmo de beijá-la, consegui ver a minha mãe passando e disfarçando, mas sorrindo. Entrelacei os dedos nos cabelos da Luiza e aproximei seu rosto do meu, me fazendo sentir sua boca na minha quase imediatamente. Uma das coisas que eu confesso que gostava na Luiza é que ela era impaciente para quase tudo. Mas quando era um simples beijo ou até mesmo o sexo, tinha que ser lento.
Senti suas mãos sobre o meu ombro enquanto eu apertava de leve a sua cintura. Aos poucos, não deu para resistir por mais tempo e acabei intensificando o beijo. Para provoca-la, segurei seu pulso e o guiei para baixo. Sem interromper o beijo, falei:
- Olha o que você faz comigo, Izzy...
- Se chegou a esse ponto, melhor a gente não continuar. - Respondeu, tentando se afastar, mas não deixei.
- Vamos lá para cima...
- Bill... Não.
- Por quê?
- Essa é a casa da sua mãe. Por mais que tranquemos a porta e ela saiba muito bem o que a gente faz, ainda sim, não me sinto totalmente confortável. Tenha um pouquinho de paciência, por favor... - Disse, inclinando um pouco a cabeça para o lado e acariciando minha bochecha. Respirei fundo e falei:
- Desse jeito não vai dar para aguentar, Luiza... Primeiro a abstinência. Agora...
- Não te compensei quando a gente acabou com a abstinência, hein? - Perguntou.
- Compensou, mas... Vai ter de ser assim sempre? Acho que você sabe muito bem que tem horas que não dá para segurar.
Suspirou e disse:
- Eu sei. Mas... Deixa a gente pelo menos chegar em Londres, sim? Não vai demorar tanto assim, lembre-se disso. - Piscou. Era o jeito...
Dois dias depois, fomos para Londres. E, antes mesmo de passarmos pelo portão de desembarque, a Iza olhou para trás e riu.
- O que foi? - Perguntei e ela indicou com o queixo. Do outro lado, estavam as meninas, acenando freneticamente para nós.
Assim que terminamos de pegar as malas, fomos ao encontro das duas, que quase derrubaram a Luiza, principalmente por terem a abraçado ao mesmo tempo.
Quando chegamos à casa delas, estávamos os cinco no elevador quando a Nicola disse:
- A propósito... Temos uma surpresa para vocês dois. - Apontou para o Tom e eu.
- Que surpresa? - Meu irmão perguntou e chegamos ao andar. Com um pouco de dificuldade, conseguimos tirar as malas e, assim que a Nicola destrancou a porta, perguntou:
- Prontos?
Estava até com medo...
... Até ver que o Georg e o Gustav já estavam lá e conversavam com o namorado da Nicola.
Um tempo depois, quando finalmente fomos colocar as coisas nos quartos (O Tom foi até o da Nadine), foi inevitável não reparar em cada mínima coisinha que havia no da Luiza. Era quase igual ao de Los Angeles e comentei:
- Engraçado como dá para perceber que este é o seu quarto...
Sorriu torto e perguntou:
- Então... Gostou?
Concordei.
- Quero é saber se essa cama aí é macia.
Sua resposta foi um tapa daqueles no meu ombro.
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