quarta-feira, 9 de setembro de 2015

What happens in Vegas... Might not stay in Vegas - 24º capítulo - Interativa











24. No, no, no, you know it will always just be me

Ainda sou eu quem te faz suar?
Eu sou quem você pensa quando está na cama?
Quando as luzes estão turvas e suas mãos estão tremendo enquanto você desliza seu vestido?
E de pensar no que você fez

(Panic! at the disco - Lying is the most fun a girl can have without taking her clothes off)



Realmente, eu deveria jogar na loteria. Consegui ser salva por um telefonema e, aproveitando que o teve que sair do quarto, dei um jeito de me soltar e deixei a gravata sobre a cama, pegando as minhas roupas (Já que ele tinha tirado o resto delas) e corri para o quarto, me trancando ali, além de passar a chave na outra porta. Me vesti rapidamente e deitei na cama. Depois de alguns minutos, vi a maçaneta da porta se abaixando e o ouvi dizer:

- Não pensa que vou desistir.

Respirei fundo e liguei o meu mp3.

Depois do almoço, no dia seguinte, estava concentrada, ignorando toda e qualquer olhada que o me lançava, quando meu celular começou a tocar. Peguei o aparelho e logo vi que era de Londres. Atendi e ouvi:

- ?

- Meu Deus! - Exclamei, rindo e me levantando da mesa de propósito. Senti o olhar do em mim e fui andando enquanto conversava com meu chefe: - E aí? Como estão as coisas?

- Bem melhores. Escuta, um pássaro loiro me disse que você está querendo vir para cá no final do ano...

- É. - Respondi e, quando passei por uma das janelas, vi o me seguindo através do reflexo. - E o que isso significa, exatamente?

Assim que chegamos à recepção, a Claire percebeu o que estava acontecendo e deu um jeito de segurar o enquanto eu corria para longe dele. Fui até um café ali perto e meu chefe disse:

- Então. Vou ampliar os negócios. Consegui um galpão para transformar em bar e queria saber se você e as meninas podem nos ajudar na inauguração, programada para o dia de ano novo. Vai ser grande.

- Já falou com elas? - Perguntei e disse que as duas mandaram que ele ligasse primeiro para mim. - OK. Então faz o seguinte: Avisa para as duas que nós vamos passar a virada do ano em cima do balcão novo do The Coyote.

Sabia que ele estava sorrindo e disse:

- A propósito... Traz o marido. É até bom que ele vê como é.

- É, mas ele é bem capaz de me tirar do balcão e me por em cima do ombro.

- Quanto à isso, não se preocupe. Vamos dar um jeito nele para que possa se apresentar tranquilamente.

Respirei fundo e ele avisou:

- Ah! Já falei com a Nicola e ela vai fazer a roupa especial para vocês.

- Roupa especial?

- É. A inauguração do novo The Coyote pede algo... Novo.

Conversei com ele por mais alguns instantes, já deixando algumas coisas acertadas e, por fim, quando voltei ao estúdio, tive uma ideia ao ver a Claire. Digitei uma mensagem para o Stephen e sua resposta veio quase imediatamente. Perguntei para ela:

- Gostaria de se juntar à nós e ir passar a virada do ano em Londres?

Mesmo estranhando, concordou. Quando entrei na sala, avisei o , parando perto dele:

- Quero conversar com você a respeito de uma coisa.

Girou na cadeira, cruzando os dedos na altura do estômago e me olhou.

- Estou ouvindo.

- Era o meu chefe. O do bar. Quis conversar com ele sem você estar por perto porque sabia que ia acabar implicando e eu me distrairia.

- E sobre o que foi essa conversa?

- Ele me chamou para me apresentar com as meninas na inauguração do novo bar. Disse que era para você ir.

- Quando vai ser essa inauguração?

- No dia de ano novo.

- Tá. - Disse, sem emoção.

- Tá?

- É. Nós vamos.

Sorri e, meio sem pensar, sentei no seu colo e o abracei.

- Tenho só uma condição.

Olhei para ele.

- Nada de pernas de fora. E muito menos ficar rebolando até o chão.

Assenti.

No final da tarde, depois do expediente, fomos até a casa das meninas e a Nicola logo de cara me mandou ficar sobre o banquinho. Tirou as minhas medidas e a Nadine ia anotando tudo. Quando mediu os meus quadris, a Lola ditou e, enquanto a Di anotava, percebi que o parou para prestar atenção. Para disfarçar, começou a mexer no celular e, quando nós três fomos para o quarto da Lola e ele ficou na sala, a Di perguntou:

- Tem quanto tempo que vocês não... ?

Parei para pensar. Quando fiz as contas, me surpreendi e falei:

- Dois meses.

As duas arregalaram os olhos.

- Só que, ao contrário dele, eu me mantive na abstinência. - Tentei me defender.

- Quero só ver por mais quanto tempo você vai resistir.

- Ih, qual é, ruivão? - Perguntei para a Lola, que mantinha a pose descrente. - Se eu aguentei o tempo que aguentei até perder a virgindade... O que te faz pensar que eu não vou tirar de letra essa abstinência?

- Em primeiro lugar: O tempo está acabando. Em segundo: Te conheço, morenão. - Disse e me fez rir. - Sei muito bem que você vai acabar não resistindo e, se estiver acontecendo o que eu acho que está acontecendo, ou seja, provocações para os dois lados, não vai durar por mais muito tempo, sejamos honestas. E em terceiro: Você realmente é louca de não agarrar o sempre que tem a chance? Perdeu o juízo, criatura?

Olhei para ela, que estava realmente brava, o que era raro.

- E não passa pela sua cabeça que estou realmente chateada com ele por causa da história do oral e a da última vez, que ele teima em dizer que não rolou nada, mas eu não acredito nem um pouco?

Suspirou e disse:

- Lamento te informar, mas você não é a primeira e nem vai ser a última mulher a ser traída. Como você diz... Larga a mão de ser besta e agarra logo o homem, que coisa! Agora que você tem a oportunidade de fazer o que quiser com ele, sem qualquer contestação, fica aí, fazendo orifício anal hiperglicêmico!

- Lembre-se que eu sou teimosa. Não vou ceder tão fácil assim. - Retruquei. - Por pior que a vontade esteja.

Ergueu a sobrancelha e a Nadine logo deu um jeito de acabar com a “discussão”:

- Mostra os desenhos, Lola. É melhor.

Respirou fundo e me entregou as folhas.

- E então? - Perguntou, com uma pontinha de ansiedade. - Qual você prefere?

- Stephen disse quantas músicas? - Perguntei.

- Então. - A Di falou. - Ele quer que a gente faça um show mesmo. Descobrimos que, depois da festa de Halloween o J.J. ligou para ele, falou da apresentação que fizemos e para resumir, estamos ferradas.

- Que cara é essa? - A Lola perguntou, ao notar que eu estava preocupada.

- Chamei a Claire para se juntar ao time. - Admiti.

- Ótimo! Se a gente pagar mico, pelo menos não estaremos sozinhas. - A ruiva disse, sorrindo. - Anda, ! Escolhe!

- Deste aqui. - Peguei o croqui com três modelos (Sendo que a Nicola era facilmente reconhecível) que pareciam estar usando maiô. Tinham detalhes em preto, branco, prata e azul metálico. Além de uma bota de cano longo que chegava quase na metade da coxa. As roupas do outro croqui eram diferentes. A única que usava saia era a Nicola e essas eram pretas e douradas. Sua roupa me pareceu um pouco com a de uma marinheira, apesar de tudo.

- Ele não falou mesmo quantas músicas a gente vai cantar?

- Umas quinze. - A Di respondeu. Assenti.

- Vamos fazer o seguinte: Três roupas para cinco músicas. Acho que a gente pode até fazer alguma coisa com o que já temos e usamos no bar normalmente.

- Tipo adicionar um pouco de brilho? - A Di quis saber, esperançosa, e concordei. Ela e a Nicola gostaram da ideia e assim, ficamos resolvidas que as duas roupas dos croquis e mais uma que customizaríamos seriam as que usaríamos no bar. Dos croquis, as duas já tinham escolhido o design da roupa com prata, preto, branco e azul. Tinha mais uma de pernas de fora e, vendo a minha indecisão, a Lola simplesmente foi até o e disse:

- A gostou de uma roupa que é de pernas de fora. Se não gostar, azar o seu.

E veio andando de volta para o quarto, como se não tivesse acontecido nada.

- Ele vai implicar por ser assim... Só estou avisando. - Falei e a Lola perguntou:

- Foi desta que você gostou?

Concordei.

- Então pronto. Essa daqui vai ser a sua roupa. Agora a da outra...

Mostrei qual queria e concordou.

- E se o implicar... Manda vir tirar satisfação comigo. Ele é grande, mas não é dois. - A ruiva disse.

Na manhã seguinte, quando desci para tomar o café da manhã, a Rosa estava na cozinha e me cumprimentou.

- E o ? - Perguntei e me respondeu, enquanto lavava a louça:

- Acho que ainda está dormindo.


- Nossa... - Resmunguei. - Vou acordá-lo. Já venho.

Concordou e saí da cozinha, subindo até o quarto dele. Estava tudo escuro e demorei um tempo até encontrar a cama. Assim que finalmente encontrei o , percebi que estava dormindo de costas e subi na cama. Me inclinei sobre ele e, beijando seu rosto, comecei a chama-lo. Se mexeu um pouco, resmungando e deitando-se de lado. Respirei fundo e falei:

- Anda, ... Acorda.

Nada. Não resisti e bati na sua bunda. Ouvi sua risada e resmunguei:

- Você é inacreditavelmente descarado, !

Se virou na cama, quase me derrubando, mas me segurou pela cintura bem a tempo. Fez com que eu me deitasse embaixo dele, que me olhou. Começou a me beijar e acabei correspondendo quase imediatamente. Quando dei por mim, segurou firme na minha cintura, puxando meu quadril de encontro ao seu. Assim que tive a oportunidade, o provoquei, deslizando a unha em linha reta pela sua barriga. Sua respiração ficou mais forte e continuei traçando aquele caminho e, quando esperava encontrar o tecido da boxer, tive uma surpresa, mas não parei. Tão logo comecei a masturba-lo, segurou meu pulso e, interrompendo o beijo (Mas não se afastando), disse, me olhando fixamente:

- Eu te deixo continuar, mas com uma condição. Se continuar, vai ter de ir até o final. E estou falando sério.

Respirei fundo e falei:

- Então me deixa ir.

Se afastou em silêncio e se levantou. Não consegui evitar de olhá-lo andando até o banheiro. Depois de poucos segundos, ouvi o barulho do chuveiro e, antes que pudesse fazer alguma besteira, fui até o meu quarto e troquei de roupa. De repente, recebi uma mensagem da Lola e quando fui ver, dizia:

Acabei de me dar conta. Não escolhemos a roupa para a virada!

Sorrindo, respondi:

A gente pode muito bem dar uma olhada em Londres :)

Sabia que ela deveria estar surtando e até quis ir lá, mas, por causa do horário, não ia dar. Decidi ir depois que saísse do estúdio.

O dia inteiro foi relativamente tranquilo. Quer dizer, até fui expulsa do estúdio quando o apareceu e os dois tiveram que trabalhar em uma coisa ultrassecreta que eu não podia saber o que era...

- E como é? - A Claire quis saber, quando conversávamos a respeito do bar.

- Te prepara porque você vai chamar a atenção por causa da altura. Depois vai vir o impacto de você se parecer com uma angel da Victoria’s secret. O mínimo que você vai ouvir é “Gostosa”.

- Mas tem perigo de algum... Folgado, você sabe...?

- Então. Se for como eu acho que vai ser... Sem problemas, já que o Stephen deve contratar alguns seguranças a mais. Ele sempre ficou de olho, então tínhamos uma segurança.

Concordou.

- Estou nervosa.

Ri e falei:

- Oi! Eu que estou mais nervosa! Vou simplesmente conhecer toda a família do numa sentada. E pior é não poder contar para todo mundo as circunstâncias em que nos casamos. Nem todo mundo vai aceitar numa boa o fato de que não nos conhecíamos, nos embebedamos e nos casamos em Las Vegas. Sem falar que, de quebra, ainda tinha um juiz rabugento que mandou que morássemos sob o mesmo teto por um ano inteiro.

- E está tão ruim assim?

- Está, né? Imagina você estar tentando ao máximo não ceder à tentação e aquele... - Olhei para trás e vi que a porta continuava fechada. - Puto do - Riu perante ao meu xingamento.- andando por toda a casa só com uma calça de moletom e baixa, ainda por cima.

- Pelo menos ele está de cueca.

Dei meu riso de escárnio e falei:

- Ele está é pagando na mesma moeda! Do mesmo jeito que eu fico provocando ele, usando short dentro de casa, além de fazer... Determinadas coisas, ele faz o mesmo! Quantas vezes saiu do banho e nem se deu ao trabalho de usar uma toalha?

- Pior é que ele tem cara de quem tem um corpo... Com todo o respeito.

- Tudo bem. E ele tem, o pior é isso. Sou doida com essa peste. - Admiti e ela me fixou.

- Seu segredo está a salvo. - Piscou, dando um meio sorriso.

- Apesar de ele já ter percebido, com toda a certeza do mundo...

Sorriu sem mostrar os dentes.

- A propósito... Tem uma coisa para você.

Estranhei e pôs uma caixa sobre o balcão. Tinha um carimbo do correio inglês e, assim que vi quem era o remetente, pedi:

- Ó... Nada de falar que foi o quem me mandou, feito?

Concordou, me emprestando o estilete. Com cuidado, consegui abrir a caixa e, assim que tirei um pouco do isopor dali, descobri um pote de biscoitos no formato da TARDIS. Não bastasse, ainda tinha uma pelúcia do Adipose dentro.

- Acho tão fofo isso... - Comentou.

- É. O Adipose é o vilão mais fofo do Doctor Who.

- Ah não... Estava falando da amizade entre você e o . Geralmente os caras que ficam amigos de mulheres só estão interessados em leva-las para a cama...

- Espera. Você ainda não sabe?

- Sei o quê?

- Sobre o e eu?

Me olhou confusa.

- Vocês são só amigos, não é? Sem nenhum envolvimento...

- Não. A gente transava. Quando eu casei com o , ia aceitar o pedido de namoro dele. Depois de três anos só... Ficando com ele. A gente tinha a liberdade para ficar com outras pessoas, mas, de um jeito muito estranho, não conseguíamos. Ele até tentava dormir com outras garotas, mas, quase sempre, no meio da noite, eu recebia uma mensagem dele, pedindo para ir lá para a casa. Nem sempre tinha sexo. Só de dormir abraçado comigo já era o suficiente para ele.

- E para você? - Perguntou.

- É uma das coisas que mais sinto falta. Apesar de as meninas serem quase minhas irmãs de tão próximas que somos, ainda sim, tem coisas que surpreendentemente, tenho mais liberdade de falar com ele. É estranho, eu sei.

- Você o conheceu primeiro, não foi?

Concordei.

- E... Depois que você voltar para Londres, vai voltar para ele?

Dei de ombros.

- Ele está com a .

Ela arregalou os olhos.

- Achei que soubesse...

- Depois do que ela aprontou com o , não tenho muito contato com ela. Lembra, que te falei?

Neguei com a cabeça.

- Pois é. Se tenho notícias, é sempre através da minha mãe.

Concordei e ela ficou pensativa por um instante.

- O que foi? - Perguntei e ela me olhou.

- Ele vai estar lá, não vai?

- Acho que sim. Sempre vai... Por quê?

- Não me odeie. Mas tive uma ideia. Quer mesmo proteger o , não é?

Assenti.

- Eu preciso que você confie plenamente em mim então. Vou te ajudar a separar o da .

- E como vai fazer isso?

- Simples. Me envolvendo com ele.

Eu estava mesmo ouvindo aquilo?

- Ele mora em Londres, não sei se você está lembrada... - Falei.

- Eu sei. E... Acho melhor você conversar com o antes de eu te contar.

- Contar o quê?

- E estragar a surpresa? Ah, bem capaz, ! - Disse, voltando a atenção ao computador.

- Ok. Já entendi. Mas tenho umas perguntas. Um: E se vocês realmente se apaixonarem?

- Vou tentar não fazer isso.

- Só para constar? Se isso acontecer, pode ter certeza que vai ter meu apoio incondicional. Já estava pensando seriamente em dar uma de cúpida para cima de vocês dois...

Me olhou, chocada.

- Em segundo? - Quis saber.

- Pode me dizer, como, exatamente você vai separar ele da ?

- Eu sei os pontos fracos dela. É maldade, eu sei. Mas maldade maior ela pode fazer se, por um acaso, tiver uma recaída.

Assenti.

- E quero te pedir uma coisa. - Avisou. - Dá um jeito de convencê-lo a ir ao bar no dia de reveillón. Ah! E fala com a Nicola para não se preocupar com as roupas da virada. Já sei muito bem como fazer e, se ela quiser, dou um jeito de despachá-las semana que vem.

De repente, ouvi o me chamando e falei:

- Sua eficiência é inacreditável!

Riu e fui andando até a sala. O não estava ali e perguntei:

- E o seu irmão?

- Foi ao banheiro. - Respondeu. - E quero que você venha comigo.

Estranhei, mas peguei o casaco e a bolsa, saindo com ele. Fomos até um restaurante ali perto. Era um lugar muito metido à besta e perguntei, segurando sua mão:

- Algum motivo especial para estarmos aqui?

- Na realidade... Sim. - Parou em frente ao mâitre e disse: - O Sr. Porter está nos esperando.

- Por aqui. - O homem disse, nos guiando pelo lugar. Numa das mesas, tinha um cara enorme, com os cabelos castanhos entupidos de gel e penteados para trás, de terno risca-de-giz cor de grafite e gravata preta, falando algo ao pé da orelha de uma loira que, com certeza, era uma coelhinha da Playboy. Apesar das roupas claramente de grife. Paramos perto de uma mesa com quatro executivos engravatados, que se levantaram assim que nos viram. Fui apresentada a cada um e, assim que me sentei ao lado do , ele quis saber:

- E então? Já fizeram os pedidos?

Assentiram e o garçom estava à postos. O me perguntou o que eu queria e, depois de escolher salmão com molho de maracujá, pediu um dos pratos e o rapaz se afastou. Em seguida, entrelaçou seus dedos nos meus enquanto conversava com os homens a respeito de alguma coisa que tinha a ver com as bandas. Eu estava totalmente alheia à conversa até que ouvi meu nome. Ergui o olhar e um dos homens perguntou:

- O J.J. falou que você cantou com as suas amigas em uma festa no Halloween. É verdade?

Assenti.

- Em Londres trabalho num bar e o dono pedia para que cantássemos algumas músicas. Acho que sei o que está pensando em propor. E te aconselho a me incluir fora dessa.

Os homens riram fraco e ele quis saber:

- E por que não posso te incluir?

- Porque não é algo que me imagino fazendo. Já as meninas... Dá claramente para perceber que é ali que elas devem estar.

- Já que é assim... O que se imagina fazendo? - O que se chamava Porter (Um senhor já de cabelos brancos, barba e óculos) perguntou.

- Honestamente? Gosto de ser como uma folha, indo para onde o vento a sopra. Gosto de fazer planos e mais ainda quando alguns dão certo. - Respondi, honesta. Sentia o olhar do em cima de mim.

- É, parece que você se casou com uma romântica, . - O que se chamava Mitchell respondeu. Me lembrou um pouco o Danny DeVitto, só que mais alto.

- Também sou romântico, então... - Ele respondeu.

- Acha que pode convencer as suas amigas a marcarem uma audição, talvez? - O Porter quis saber.

- Acho. E é justamente por isso que te disse. Não acho que vai se arrepender se der uma chance para as duas.

No final do dia, quando estávamos em casa, o quis saber:

- Realmente não tem nenhum plano para quando voltar para Londres?

- Por quê? - Perguntei, em tom amigável.

- Curiosidade.

- Tenho, para falar a verdade.

Me olhou.

- E é segredo ou vai me contar?

- Não é nada de especial. Só... Ir jogar uma moeda na Fontana di Trevi e fazer outro pedido.

Esperou até que eu começasse a subir as escadas para perguntar:

- O que pediu da primeira vez? Quer dizer, se realizou, não é?

Assenti.

- Acho que está óbvio o que eu pedi.

Franziu as sobrancelhas e falei:

- Se quiser mesmo saber o que eu pedi... Vai até seu banheiro e fica de frente para a pia. E mantém o olhar reto.

Fui para o quarto, logo depois.

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