quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

What happened in Vegas... Didn't stayed in Vegas - 4º capítulo


Share your nasty secret baby hey

Eu apenas não me importo
Veja meu corpo descendo devagar,
A multidão para e olha
Deixe-os dizerem o que quiserem, mas eu sinto
E isso é para você, baby

(Pixie Lott - Nasty)

Luiza

No último dia de setembro, estava trabalhando no bar, fazendo praticamente tudo como de costume e, estava literalmente, com um olho no peixe e outro no gato. Quer dizer, um nos clientes e outro olho no Bill. Desde o dia da festa, quase não nos víamos fora do bar e até estava com medo do que ele podia estar aprontando...

Assim que o expediente acabou, estava distraída e acabei não vendo o caminhão que passava pela rua àquela hora. Só fui me dar conta ao ouvir o grito das meninas, além dos pneus cantando e senti um empurrão. Caí na calçada, apesar de não ter me machucado. Quando fui ver... O Bill estava estirado na frente do caminhão e, logo, começou uma multidão a se reunir em torno dele. O Joe, um dos seguranças do bar, além do Stephen e o próprio Tom logo correram para ajudar e eu, sem saber direito o que estava fazendo, corri até o meio da rua e perguntei:

- O que está doendo?

- Acho mais fácil você perguntar o que não está doendo depois de uma pancada dessa... - Ele disse, ainda fazendo piada. - Mas acho que quebrei o braço.

Dei um estalo com a língua e, logo, o Stephen conseguiu abrir um espaço ao nosso redor. A Nicola estava histérica. A Di nos olhava com preocupação e eu, estranhamente, era a mais calma dali.

- Consegue se levantar? - Perguntei ao Bill, que confirmou com a cabeça. O Tom o ajudou e falei: - Já que a culpa é minha... Eu levo ele para o hospital. - Avisei ao gêmeo mais velho, que concordou. Entreguei as chaves do meu carro para ele, que foi ajudando o Bill como podia. Corri até as meninas e falei com a Di que o Tom ia comigo e me avisou que ia levar a Lola em casa. Isto é. A ruiva ainda me atrasou, praticamente me fazendo jurar que eu ligaria, dando notícias.

Logo que sentei no banco do motorista, o Bill estava quase deitado no de trás e o Tom quem estava no do passageiro. Dei a partida e, quando estávamos parados no primeiro sinal, o Bill perguntou:

- Desde quando você tem uma Ferrari, Luiza?

- Eu te falei naquele dia que nos encontramos no supermercado. Uma semana antes do leilão, lembra? - Respondi, o olhando através do retrovisor.

- Não imaginei que estivesse falando sério. Quer dizer, como é possível que o Alex tenha aceitado perder uma Ferrari numa aposta?

- Simples. Tenho alto poder de persuasão. - Respondi, olhando para o Tom e sorrindo; Era graças à ele que eu tinha a Ferrari. Mas isso é outra história.

Quando finalmente chegamos ao hospital, depois de algum tempinho, fiquei esperando na recepção enquanto o Tom ia ajudar o Bill com o que podia. Depois de alguns poucos minutos, o mais velho reapareceu e perguntei, quando ele se largou na cadeira ao meu lado:

- E aí?

- No Raio-X. O estrago foi feio...

- Eu estou me odiando por não ter prestado atenção. Me perdoa.

- Que isso! Foi só um braço quebrado, não todos os ossos do corpo dele.

Respirei fundo e respondi:

- Mesmo assim. Eu podia ter sido mais atenta. E sim, me deixa remoer o remorso.

Riu fraco e disse:

- Não vou te odiar, não se preocupa.

Passou o braço por cima dos meus ombros e me puxou para mais perto.

- Izzy... - Disse, de repente. - O Alex...

- O que tem?

- Não vai avisar? À essa hora, ele deve estar preocupado...

- Ele está em pleno voo para Dubai. - Respondi. - Ao contrário da Lola, que eu sei que vai surtar se não tiver notícias a qualquer minuto.

Rindo, ele pegou o próprio telefone e digitou uma mensagem para ela. Uma enfermeira apareceu e perguntou:

- Me desculpe, mas você é a Luiza?

Concordei.

- Pode me acompanhar um instante, por favor?

Mesmo estranhando, fui atrás da mulher, que me levou até a enfermaria. Não era como aquelas dos filmes, com os cortinados escondendo o pessoal nas macas; Para falar a verdade, era como a sala do hospital onde eu nasci. De um lado, uma pia com espelho. Do outro, uma maca e, bem ao alcance do enfermeiro com dois metros de altura por dois de largura, uma mesa com várias coisas, inclusive uma serra para cortar gesso, além das faixas para o próprio, uma bacia com água, esparadrapos e etc. O Bill estava sentado sobre a maca, conversando baixo com o enfermeiro e ainda não havia notado que eu estava ali. O Bill falou:

-... Mas pelo menos foi só o braço. A hora que eu caí, achei que tinha quebrado mais coisa.

- O que aconteceu com você, afinal de contas?- O enfermeiro quis saber enquanto começava a enrolar a faixa com o gesso no braço do Bill.

- Então. É uma longa história. Mas, basicamente, é porque minha ex estava quase sendo atropelada.

- É sua ex e você ainda salva a vida dela?

- É. Eu falei que era uma longa história...

- Estou vendo! - O enfermeiro disse. - E para você ter pulado na frente do caminhão é porque ainda gosta dela, não é?

- Eu fui capaz de sair de Los Angeles só para vir atrás dela. Larguei tudo, literalmen-te: Vendi a casa para um amigo, assim como o estúdio que eu tinha e era meu... Bom, era parte do meu trabalho...

- E conseguiu alguma coisa?

- Ela está namorando com outro.

- Mas que coisa, hein? Bom, pelo menos é só um namoro. Vai que ela cansa do cara e manda ele passear?

Ouvi o Bill rir fraco e disse:

- Quando eu me casei com ela, o cara já era amigo dela há algum tempo.

- Espera. Você casou com ela?

Vi o Bill concordar.

- Cacete! Desculpa. - O Bill fez um gesto displicente. - Você conseguiu casar com ela? E por que se separaram?

- Ela... Quem não quis continuar...

Tomando o máximo de cuidado para não ser vista, saí dali e voltei para a recepção. Assim que me sentei ao lado do Tom, perguntou:

- O que foi?

- Você tem razão. O Bill é um idiota.

- Por quê? O que ele fez?

- Ele simplesmente vendeu a casa dele lá em Los Angeles, além do estúdio! Largou toda uma vida para vir para cá. Eu te juro que, não fosse o braço quebrado, juro que... - Grunhi.

- Eu sabia que ele era capaz de uma coisa dessas, mas nunca achei que fosse levar tão... À sério.

Respirei fundo e perguntei:

- Onde ele está morando?

Hesitou.

- Viu que alugaram o apartamento de frente para o seu? - Ele perguntou e entendi na mesma hora. Xinguei o Bill de todos os nomes imagináveis (Obviamente, sem meter alguém da família dele no meio da história) e o Tom falou:

- Deixa para bater nele depois que tirar o gesso.

- Ah, mas eu mato ele! - Resmunguei. Eu havia me levantado da cadeira e estava virada de frente para o Tom.

- Vai me matar mesmo depois de eu ter salvo sua vida? - Ouvi o Bill perguntar. Estava atrás de mim e fui no impulso; Quando vi, já tinha acertado aquele tapa estalado e ardido no seu rosto.

- Idiota! - Resmunguei, pegando a bolsa e indo na direção da saída do hospital. Entrei no carro e, enquanto esperava pelos dois, liguei para a Di. No terceiro toque, ela atendeu:

- E aí?

- Você sabia que essa anta do Bill tinha vendido a casa e o estúdio?

Ficou em silêncio e, antes que eu pudesse me controlar, falei um palavrão.

- Você e a Nicola são as minhas amigas ou as amigas dele? Na boa, eu confio em vocês e acontece isso?

- Izzy, ele que pediu para a gente não falar nada. A gente só manteve segredo porque sabíamos que era para o seu bem.

- Para o meu bem? Nadine, desde quando me esconder uma coisa dessas é para o meu bem? Ainda mais que você está vendo como estou irritada com isso tudo? Caramba! - Resmunguei, vendo os dois vindo na direção do carro. - A gente vai ter uma conversa séria amanhã. Eu tenho que ir agora. Daqui a pouco eu deixo o Tom aí.

Concordou e nos despedimos. Fiquei quieta por todo o caminho de volta e, depois que deixei o Tom em casa, o Bill observou:

- Pelo visto... Você já sabe.

Não respondi.

- Eu não queria que você descobrisse desse jeito. Me desculpa.

O ignorei completamente enquanto dirigia até em casa. Assim que entramos no elevador, apertei o botão do último andar e fiquei num canto mais afastado dele. Assim que chegamos, vi que estava tendo um bocado de dificuldade de abrir a porta de casa e, suspirando impaciente, cruzei o corredor e tomei a chave das suas mãos. Depois que ele entrou, o segui e tranquei a porta.

- A minha vontade é de te bater. Muito. Se tivesse uma noção, do quanto estou puta com você... Não só por ter vendido a sua casa e o estúdio, mas... Por tudo. Por ter teimado com a história do lobinho, de ter aparecido de repente... E principalmente, porque eu te esperei por dois anos. Dois anos. E você foi um...

- Um covarde, eu reconheço. Eu não sabia como você reagiria.

Fiquei quieta.

- Eu larguei toda a minha vida para vir para cá por sua causa. Se não tenho a noção do quanto você está puta comigo, você não tem ideia do quanto eu senti sua falta. Todo santo dia era difícil chegar em casa e estar tudo silencioso e sem você. E a nossa briga piorou. Eu vim para tentar ter você de volta. Mas, como você está com o Alex... Só ter você como amiga é o suficiente.

Respirei fundo e falei:

- Eu vou te dar uma chance. - Ficou mais animado no mesmo instante. - Desde que conquiste minha confiança de novo. Entendeu?

Concordou em silêncio e avisei, antes de sair, que se ele precisasse, era para me chamar.

Assim, uma semana depois, quando o Stephen nos deu folga, aproveitando que a Lola não quis comemorar o próprio aniversário durante a semana, mas no final, eu estava me arrumando para sair quando ouvi a campainha. Pus o pincel de blush sobre a mesa e fui ver quem era. Assim que destranquei a porta e vi o Bill, respirei fundo e ele falou:

- Caso você não se lembre... Eu quebrei o braço. Preciso de uma carona.

Afastei, deixando que entrasse. E logo disparou para o quarto. Obviamente viu o vestido que eu tinha escolhido e simplesmente foi até o meu closet com o cabide na mão boa.

- Oi! - Exclamei, mas ele ignorou. Ficou ali quase cinco minutos e, quando saiu, já tinha terminado a maquiagem e o penteado. Voltou com outro vestido, tomara-que-caia, também preto. Revirei os olhos e troquei o vestido por outro. Já ia reclamar quando dei aquela olhada para ele, que acabou se resignando e sentando na beirada da cama. Escolhi outro vestido, de alças, seda e um decote trespassado em V. O vesti no closet mesmo e, assim que saí, senti seu olhar me acompanhando. Me sentei ao seu lado para calçar as sandálias e ele imediatamente se levantou. Se agachou na minha frente e fez com que eu apoiasse o pé sobe o seu joelho. Como deu, conseguiu fechar a sandália e falei:

- Obrigada. Apesar de eu ter certeza de que você não deveria se preocupar com isso...

- Não tem problema. A única coisa mais difícil é tomar banho.

Franzi as sobrancelhas e ele falou:

- Não pode molhar o gesso, esqueceu?

Assenti enquanto ele me fazia apoiar o outro pé sobre seu joelho. Fechou a sandália e, depois que estava pronta, dei só uma última olhada para ver se não estava esquecendo de nada e se estava tudo certo e saímos.

Assim que chegamos ao bar, com temática de circo, o Bill me deu o braço com o gesso e andei mais rápido, mexendo a cabeça e olhando para cima.

Demoramos um pouco para conseguir encontrar o pessoal e, quando chegamos lá, quase não controlei um grito.

- Suas pestes! Tinham que ter avisado que estavam vindo! - Reclamei enquanto o Georg ainda me abraçava. Dei um tapa no seu ombro e ele riu, dizendo em seguida:

- E estragar a surpresa? Capaz!

Quando me soltou, viu o Bill com o braço engessado e lógico que quis saber o que tinha acontecido. Só consegui entender a primeira pergunta, feita em alemão. De resto...

Algum tempo depois, as meninas foram ao banheiro e eu não quis ir. O Bill quis saber:

- Até hoje não quer ir ao banheiro em grupo com as meninas?

Neguei.

- Estou bem.

Sorriu e tomou um pouco do seu drink. Eu até tentei descobrir o que era, mas não quis me contar. Aproveitei um instante em que estava distraído e tomei um gole. Me olhou, fingindo que ia brigar comigo e perguntei:

- O que tem aqui?

Hesitou e insisti até que me contasse:

- Gim, pêssego vermelho, laranja e umas especiarias.

- Gostei... - Falei e ele ofereceu:

- Quer que eu peça um para você?

- Quando eu terminar... - Respondi, dando de ombros.

De repente, apareceram alguns malabaristas e fizeram uma apresentação incrível. Quando a Lola finalmente se juntou à nós, comentei:

- Pena que uma pessoinha não pode vir para cá ainda... Ia adorar essas coisas.

- Pois é. - Respondeu. - A gente ainda vai ter de esperar algum tempinho. Estou até imaginando a Sophia vindo com a gente nas nossas... Saídas.

Sorri e, de repente, ela disse, me puxando pelo braço:

- Vem cá. Vamos atrás da Nadine que eu quero uma foto de nós três para postarmos no instagram. Aproveitando que ainda estamos sóbrias...

Ri e deixei que ela me guiasse até a Di. Com a mão livre, a Lola agarrou o pulso da nossa amiga e fomos até uma parede coberta do que pareciam ser mini-discos de espelho. Fizemos as poses mais... Enfim. Fato é que qualquer pose que nos viesse à mente, já fazíamos.

Assim que fomos liberadas, a Di correu para o Tom e eu voltei para o meu lugar.

Até que a saída foi bem legal e tiveram algumas apresentações bem... Inusitadas. Como um mágico, que pediu a ajuda da Lola e ela me fez ir junto. Era um daqueles números clássicos com cartas e, no fundo, não achei tão impressionante assim. Quando voltamos à nossa mesa, eu queria me esconder. Ainda mais que é óbvio que não ia conseguir escapar das provocações dos meninos.

Algumas horas depois, quando fui pagar a conta, o Bill simplesmente tomou a minha bolsa e fez questão de pagar a minha parte. Ignorou totalmente a minha expressão pouco amistosa enquanto digitava a senha do cartão de crédito.

Logo que chegamos em casa e estávamos no elevador, o Bill perguntou:

- O Stephen te falou quando eu posso ir ao bar?

Olhei para ele, incrédula.

- Você não pisa no chão daquele bar para trabalhar enquanto estiver com esse gesso no braço!

- E o que você me sugere para fazer nesse meio-tempo?

- Bom, você tem uma banda. Além do Tom, o Georg e o Gustav estão aqui e, pelo que eu me lembro de o Tom comentar... Você estava trabalhando com algumas músicas novas. Você só quebrou o braço, mas ainda consegue cantar, não é?

Assentiu.

- E quanto às músicas... Bom, tem mais três mãos que podem te ajudar a escrever. Quatro, se a Nadine estiver no meio.

- Ou cinco. - Olhou significativamente para mim.

- Já vou avisando que eu não sei compor música.

Sorriu e me garantiu que não havia problema.

No final de semana seguinte, sabia que os quatro estariam presentes e, com uma argumentação incrível, o Stephen conseguiu convencer o Bill a ficar longe do balcão. Eu não conseguia parar um instante sequer e, quando finalmente pudemos ir para a casa, simplesmente não acreditei.

Depois de me despedir do Bill, destranquei a porta e notei que tinha alguma coisa diferente. Estava prestes a pegar a Vivi e atravessar o corredor quando vi que havia uma mala preta com uma identificação que eu mesma havia posto ali. Respirei aliviada e, depois de tirar as botas, fui para o andar de cima e, bem quando cheguei ao quarto, encontrei o Alex, saindo do banheiro. Ficou estático por uns instantes e, dando um sorriso malicioso, fiz um gesto, como se o chamasse com o dedo indicador e imediatamente veio. Logo de cara, já começou com um daqueles beijos de acabar com o fôlego (E juízo) de qualquer um. Sem perder mais tempo, segurei a barra da sua camiseta e a puxei para cima. Levantou os braços e, depois que a tirei, joguei a peça em um canto qualquer. Em seguida, comecei a tirar a calça do seu pijama. Livre da calça, fez com que eu me deitasse na cama e ficou por cima de mim. Me olhava por alguns instantes antes de me beijar, parecendo que me admirava. Logo de cara, o beijo era ansioso, mas ao mesmo tempo, apaixonado e sensual. Não demorou muito para que eu enterrasse os dedos nos seus cabelos, os puxando sem muita força e, aproveitando a deixa, mordi seu lábio inferior. Em resposta, ele apertou a minha cintura e, logo, deu um jeito de enroscar as minhas pernas em torno do seu quadril. Ao fazer isso, rebolei um pouco e percebi que ofegou. Claro que não demorou tanto assim para que começasse a beijar meu pescoço, mordendo a pele muito de leve. Nesse meio tempo, deu um jeito de tirar a minha calça e já começava a dar um fim na camiseta. Assim que eu só fiquei com a calcinha, continuou com a trilha de beijos, recomeçando de onde havia parado. Passou pelo colo e, logo, começou a estimular meus seios ao mesmo tempo, cobrindo um com a boca enquanto apalpava o outro. Do jeito que eu estava, não ia demorar muito para perder a paciência e terminar de tirar as últimas peças de roupa que ainda sobravam. Apesar de tudo, eu sempre ficava ansiosa quando encontrava o Alex. Mesmo sendo tudo muito intenso com ele, ainda sim, era um pouco difícil demais, quase impossível, manter minhas mãos longe do seu corpo. (E que corpo!)

Depois de beijar cada mínimo pedaço da minha barriga, foi se aproximando cada vez mais do baixo-ventre e, quando finalmente chegou ao limite, senti que deslizou os dedos por baixo da calcinha e a tirou lentamente. Na maioria das vezes, eu me sentia tímida. Mas naquela noite, estranhamente, não tive tanta vergonha assim. Se ajoelhou para jogar a minha calcinha num canto qualquer do quarto e, quando se endireitou, ficou me olhando.

- Alex... - Falei, em tom de aviso. - Não vou conseguir esperar por muito mais tem-po...

Deu um daqueles sorrisos canalhas e pronto. Era o que faltava. Logo, afastou as minhas pernas e se debruçou um pouco. Em seguida, um dos seus dedos me penetrava enquanto o polegar desenhava círculos com o meu clitóris. E como estamos falando de um carrasco em pele de modelo de cueca da Calvin Klein... Ainda por cima, teve a adição da língua. Ou seja? Não demorou tanto assim para que eu perdesse o autocontrole e gemesse seu nome assim que a sensação prazerosa ficasse quase insuportável quando cheguei ao meu limite. Logo, ele voltou a se endireitar, com aquele maldito sorriso nos lábios e me beijou. Dei um jeito de inverter as posições e comecei atacando seu ponto fraco: O pescoço. Quando descobri um ponto crítico, apertou a minha bunda e moveu meu quadril contra o seu. É... Ele estava num estado que denunciava que não ia aguentar muito tempo. Apesar de ser rápido, caprichei na trilha que fazia até onde eu queria. E já falei que essa praga chamada Alex Ireland tinha aquelas entradinhas no osso do quadril? Já falei que aquilo me deixava tão maluca quanto a visão dele (E qualquer outro cara lindo e gostoso) num terno todo preto com camisa branquinha, sorriso malicioso e cabelo que recebeu só uma leve bagunçada antes de sair de casa? Pois é. Coisas simples e aparentemente ingênuas como essas não acabavam com meu juízo e autocontrole. Trucidavam.

E falando sério: Adorava olhar para ele, prestando atenção em cada mudança da sua expressão. Assim que tirei a sua boxer preta e a joguei num canto qualquer, sorri maliciosa e ele só me observava. Consegui prender os cabelos em um coque e, em seguida, deixei as pontas das unhas deslizarem pelas suas coxas. Claro que aquilo mexia e muito com ele. Um dos sinais era o maxilar travado. Assim que finalmente toquei aonde queria, percebi que prendeu sua respiração. Falei:

- Alex... Respira.

Vi que soltou o ar e me inclinei sobre ele. Dei um último sorriso lascivo antes de guia-lo até minha boca. O suguei e o masturbava ao mesmo tempo. Tentei fazer círculos com a ponta da língua e, talvez por medo de errar, mantive meu olhar fixo nele, que não dava indícios de que eu tinha feito besteira. Muito pelo contrário.

Depois de alguns minutos, seu olhar parecia queimar e ele, sabendo do que eu gostava e não gostava que fizesse, se limitou apenas a soltar o meu cabelo e segurá-lo como se fosse um rabo-de-cavalo. Percebi uma fina camada de suor brilhando sobre a sua pele e, por mais que quisesse, não parei.

Quando percebi que ele não ia aguentar por mais tempo, o soltei e perguntei:

- Mesmo lugar de sempre?

Concordou, ainda ofegante. Me debrucei sobre ele, esticando o braço até a gaveta do criado-mudo e, sem perceber, acabei pegando uma tira inteira de embalagens de camisinha. Assim que ele viu, perguntou:

- Vai querer usar todas elas?

Destaquei um dos invólucros e falei:

- Por mim...

Sorriu malicioso enquanto eu rasgava o plástico com os dentes. Assim que terminei de colocar a camisinha nele, hesitei por um instante.

- Quer saber? - Perguntou, me olhando. - Agora você comanda.

Ergui a sobrancelha enquanto me posicionava. Gemi ao senti-lo dentro de mim e logo comecei a rebolar, sendo que ele segurava firme no meu quadril, me guiando. Apoiei as mãos sobre o seu peito e, aos poucos, fui aumentando a velocidade. Tentei manter os olhos abertos ao máximo que pude e, logo que fui chegando perto do clímax, cravei as unhas nas minhas próprias coxas e, quando finalmente atingi o meu limite, gemi. Depois de algumas investidas, foi a vez do Alex. Ainda ofegante, saí de cima dele, que se levantou da cama, quase imediatamente, indo ao banheiro. Quando voltou, ficou abraçado de conchinha comigo e, depois de beijar o meu ombro, disse:

- Se quiser gemer assim mais vezes...

Me virei para olhá-lo.

- Assim como?

Tentou me imitar e ri fraco.

- Sério que eu gemi com essa voz afetada?

Deu um estalo com a língua e apertou a minha cintura, me fazendo rir mais. Ficamos daquele jeito por mais algum tempo até que pegamos no sono.

Na manhã seguinte, quando acordei, ele já não estava mais na cama. Depois de algum tempo e já vestida, fui até a cozinha e o encontrei sentado à bancada, mexendo no celular e segurando uma das minhas canecas (A daquela manhã era uma caneca termossensível com a imagem do Tetris).

- O que me diz de a gente ir almoçar no Claridge’s hoje?

Ergui a sobrancelha, impressionada, e aceitei a proposta.

Depois do almoço, eu quis dar uma olhada nas lojas da região, só por olhar, e percebi alguns paparazzi tirando fotos nossas. O Alex fechou a cara enquanto eu sorri, simpática, para os fotógrafos.

- Eles não estão fazendo nada. - Reclamei, o cutucando na cintura e se encolheu um pouco. - Se estivessem nos provocando ou falando alguma coisa realmente ruim... Beleza. Podia fechar a cara sem problemas. Mas não é o que está acontecendo.

Concordou e forçou um sorriso, me fazendo rir.

Quando cismou de comprar um sorvete, estávamos sentados à uma das mesinhas redondas que ocupavam a calçada em frente à sorveteria, perguntou:

- Eu estava pensando numa coisa. O que você acha de a gente ir para a Grécia no ano que vem?

- Algum motivo especial?

- E precisa ter motivo para ir à Santorini?

- Sério?

Sorriu, concordando com a cabeça.

- Acho que a gente podia ir no verão. Vai ser bom entrar naquela água cor de turquesa, aquele visual todo paradisíaco... - Comentei e sorriu, pegando na minha mão. Beijou meus dedos e, de repente, assumiu uma pose séria.

- O que foi? - Perguntei.

- Você está mais distante... - Respondeu. - Mesmo ontem.

- Como assim?

- Parece que você está com a cabeça em outro lugar...

Respirei fundo e falei:

- Você me conhece. Sabe que, vez ou outra, meu pensamento voa para longe. Estou pensando num monte de coisas ultimamente e por isso que estou parecendo mais distante.

- E no que você está pensando, exatamente?

- Talvez, numa reforma geral na casa? Sei lá, eu pensei em mudar as cores das paredes e redecorar... Mas não quero arquiteto dando palpite.

Concordou, rindo e, continuamos conversando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário