quarta-feira, 25 de novembro de 2015

What happens in Vegas... Might not stay in Vegas - 36º capítulo - Interativa










I was lost and broken, they all lead straight to you

Eu sou toda menina apanhada num mundo mortal
Você pode me reconstruir, me dar um lar
Você pode me consertar
Conserte-me, beije-me, quebre-me, acabe comigo
Abrace-me, ame-me, remende-me, dê-me seu coração

(Nicola Roberts - Fix me)

Nicola

Eu estava em pânico. Tanto que, antes da primeira consulta, na segunda-feira de manhã, liguei para a , implorando que fosse comigo e a Di. Resultado: A cara da médica foi de choque ao ver três mulheres ali.

- Certo... Quem é a futura mamãe?

Ergui a mão e ela me mandou trocar de roupa para poder me examinar. Enquanto isso, só uma única coisa ecoava na minha cabeça: Como eu ia contar para o Charlie? Eu sei que ele sempre quis ter filhos, mas fazia questão de que fosse depois de nos casarmos e estivéssemos estabilizados, financeira e emocionalmente. Não podia nem imaginar o que seria se ele não aceitasse a notícia...

Depois de me examinar e fazer aquelas perguntas clássicas e tal... A médica disse:

- Então Nicola... Pelo que você me falou, está com seis semanas, não é isso?

Concordei. Quer dizer, tinha feito os cálculos, então...

- Eu vou pedir alguns exames, passar algumas vitaminas e ácido fólico.

Passou mais algumas orientações e a Nadine, claro, garantiu que eu ia tomar tudo direitinho. Ao sair do hospital, provoquei as duas:

- Achei que a minha mãe estivesse na Inglaterra, não aqui. E fosse uma só!

As duas riram e a , como sempre, passou um “sermão”:

- Seguinte: Queremos esse feijãozinho aí saudável para, quando nascer, ficar todo pimpão, correndo por aí e se divertindo horrores. Portanto, nada de álcool e pode deixar comigo que dou um esculacho em três alemães fumantes.

- Falando nisso... O parou com o cigarro? - A Di perguntou e a assentiu.

- Você é outra que tinha que largar essa porcaria. - Reclamei com a Nadine e ela resmungou que era fácil falar.

- Fácil falar uma ova! Querendo, a gente para de fumar, emagrece e até faz sexo quando tá puta com o marido! - A protestou e é óbvio que a gente olhou para ela. - Quê? Ah, vocês duas! - Rimos e ela continuou: - Em primeiro lugar: Eu tenho um marido gostoso para cacete. Tenho mais é que aproveitar enquanto ainda posso. Em segundo: Não é como se eu nunca tivesse transado com o . E em terceiro... Por que, com essa... Coisa de raiva é tão excitante?

Nós rimos e falei:

- A questão não é se você transa ou deixa de transar com o . Mas é o jeito que você falou.

- É. Parece até que você faz aquilo, de “tacar na parede e chamar de lagartixa”. - A Di comentou e fomos até o carro. Detalhe 1: A era a motorista. Detalhe 2: O carro era do . Quando estávamos na metade do caminho para o restaurante onde iríamos almoçar, a Di me perguntou:

- E aí? Ainda negativa a respeito de contar para o Charlie?

- É. - Resmunguei. - Não sei como vou fazer se ele simplesmente sair andando ou até me xingar, acusando de ter engravidado de propósito...

- E por que ele faria isso? - A questionou. - Quer dizer, ele gosta de crianças e eu sinceramente acho que você não deveria ser tão pessimista. Deveria pensar é que vai dar tudo certo e que vocês vão ser felizes juntos.

- Isso me lembra uma coisa. É praga sua, !

Ela me olhou pelo espelho retrovisor e riu.

- Quem manda você e o Charlie serem perfeitos? Casais como vocês têm mais é que se casarem, terem uma penca de filhos e serem felizes pelo resto da eternidade. Não como nos contos de fada, porque perfeição é uma merda que só fode a vida da gente.

Olhamos para ela.

- Luzinha da minha vida. - A Di falou. - Se você falou dois palavrões na mesma frase é porque tem alguma coisa te irritando. O que é?

Ela respirou fundo antes de responder:

- O se declarou há dois dias. E está... Fazendo tudo para me conquistar. Quando digo tudo, falo literalmente. Desde coisas como... Me dar nem que seja uma rosa por dia, passando por abrir a porta para mim e até em não falar... Safadezas.

Olhamos para ela.

- Ok. - A Di falou. - Quem é você e o que fez com a ? Aquela que corava só de ouvir certas coisas e não achava ruim de ter esses gestos mais... Românticos?

- Sou a mesma . A diferença é que... Bom, eu simplesmente casei com um alemão que é safado até o último fio de cabelo. E, paralelamente, ele é uma das pessoas mais românticas que eu conheço. Ganha em disparada até do . - Disse, pensativa. O sinal abriu e o motorista do carro de trás buzinou. E a logo reclamou: - Vai, anta magra bronzeada! Passa por cima!

Assim: Uma coisa que sempre reparamos é que a , apesar de não ter o sangue exatamente frio, xingava os outros motoristas mais para si mesma do que descer do carro e ir bater boca. E ela SEMPRE usava os xingamentos mais engraçados.

Logo, ela colocou o carro para andar e me perguntou:

- Lola... Eu estava pensando uma coisa, de curiosidade.

- Que coisa?

- Lembra daquele dia que a gente ficou falando na decoração do casamento de cada uma de nós?

Concordei, mexendo na minha bolsa e tentando achar o meu celular, que havia apitado.

- Ainda mantém a sua ideia? - Ela perguntou e vi que era uma mensagem do Charlie, avisando que ia chegar no próximo sábado.

- Sim. Por quê? - Devolvi a pergunta.

- Curiosidade. Quer dizer, eu estava pensando em mudar algumas coisas com o meu e queria saber, para evitar casamentos iguais. - Respondeu.

- Tive uma ideia. - A Di falou. - E se a gente propositalmente incluísse um elemento dos casamentos das outras? Tipo, a Lola queria a decoração com lírios. Já eu, prefiro que tenham elementos em tons pastéis de verde e amarelo. E a ...

- Rosas brancas e vermelhas. - Repeti, em tom entediado.

- Pois é. Se, por exemplo, a decidir casar com o de novo, ela podia colocar um lírio e alguma coisa amarela ou verde. Do mesmo jeito que eu colocaria o lírio e as rosas... - A Di explicou e pareceu uma boa ideia.

- Seria tipo um pacto nosso? - Perguntei e a disse:

- Pacto a gente já tem com as pulseiras, lembra?

Sorrimos ao mesmo tempo, claramente nos lembrando...

[Flashback]

No dia em que fizemos dois anos de amizade, fomos à joalheria e montamos as pulseiras. Só quando chegamos em casa, fizemos esse pacto:

- Nunca vamos abandonar uma à outra, não importa o que aconteça. - A disse.

- Vamos sempre apoiar a outra quando for preciso. E também, se necessário, vamos dar uns xingos. - A Di falou e rimos.

- Nunca vamos deixar de resolver as discussões e brigas que possam vir. Sempre vamos falar quando algo de errado ou que desagrade esteja incomodando. E nunca vamos dormir sem antes pedir desculpas e nos acertarmos. - Falei. Em seguida, cada uma pôs as pulseiras e parecia que, ao fechar o mosquetão, estávamos interligadas pelo resto da vida.

[/Flashback]

- Vamos fazer uma promessa então. As outras sempre serão as madrinhas da noiva. - Sugeri e a falou:

- Vocês já cumpriram com a sua parte...

- Da próxima, as madrinhas estarão sóbrias. - A Di comentou e rimos. Assim que chegamos, a saiu do carro e deu uma olhada em casa. Franziu as sobrancelhas, estranhando alguma coisa e perguntei:

- O que houve?

- Ele está aprontando alguma. - Disse. - Estou até com medo de descobrir...

- Se precisar... Estamos aqui. - A Nadine se prontificou e falei:

- O que me diz de se distrair um pouco, me ajudando a bolar o cardápio do jantar?

A sorriu.

Acabamos de resolver toda a questão do jantar quase à meia-noite e, tão logo terminamos, ouvimos a campainha e na mesma hora soubemos que era o . A foi embora e, depois que tranquei a porta, perguntei para a Di:

- Aceita uma aposta?

- Valendo o quê?

- Um par de Louboutin.

Assentiu.

- Eu aposto que a vai deixar para a última hora para finalmente aceitar que gosta do .

- Eu aposto que, em no máximo dois meses, ela desiste do divórcio. - Disse e aceitei a aposta. A selamos apertando as mãos.

No sábado de manhã, tive a ajuda de praticamente todo mundo (As meninas, Claire e os gêmeos) para organizar o jantar. Enquanto elas foram ao mercado, eu ajudava os dois com a decoração. Quer dizer, eles haviam levado uma mesa até a área externa, perto da piscina e eu não conseguia deixar de sentir medo da reação do Charlie. Depois que terminaram, o entrou enquanto o continuou ali comigo. Perguntou:

- Você sabe que ficar ansiosa desse jeito só atrapalha, não é?

Assenti.

- Estou com medo.

- De...?

- Ele não aceitar a ideia de que estou grávida.

- Se isso acontecer, pode me ligar que venho na mesma hora para fazer ele mudar de ideia.

Ri fraco e perguntei:

- E se fosse a Di? O que faria?

Olhou fixamente para um ponto à sua frente e respondeu, depois de um tempo:

- Assumiria. E ia pedir para ela se casar comigo. Quer dizer, é o mínimo, não é?

Assenti.

- Sabe o que eu estava pensando? - Me olhou. - A gente bem que podia dar um empurrãozinho com a e o , hein? Fazer com que eles desistam da ideia absurda do divórcio...

- Ajuda não vai faltar. Quer dizer, não conta para ela e nem para ele, mas o Georg já deu um jeito de fazer com que os dois se acertem. O Gustav vai ajudar se a gente pedir. Comigo... Bom, já está óbvio que vou ajudar. E a Nadine?

- Que vergonha, Kaulitz... Você está... Como posso definir, exatamente, o relacionamento de vocês?

- Então... - Disse, hesitante. - Ainda não pedi ela em namoro, apesar de querer e muito.

Ergui a sobrancelha em sinal de entendimento.

Logo, ouvimos as vozes das meninas e elas apareceram, querendo mostrar as coisas que haviam comprado. Acabou que elas ajudaram a fazer quase tudo e, para não deixar os meninos sem fazer nada, pedi que ajudassem com coisas tipo... Descascar batatas e mexer molho, por exemplo.

Assim, quando estava quase na hora, eles foram para a casa do enquanto eu me arrumei sem pressa e com capricho. Todos me desejaram boa sorte e, antes de ir, a pediu:

- Se tudo sair nos conformes... Amarra aquele lenço rosa na janela. Senão, amarra uma camiseta vermelha.

- E se ele aceitar a gravidez?

- Então. Para isso que é o lenço rosa.

Assenti e ela me abraçou, me desejando boa sorte mais uma vez antes de correr para alcançar os outros.

Quando estava sob o chuveiro, fiquei pensando em como contaria para o Charlie que estava esperando um filho. Ao sair do banho, me arrumei sem pressa, fazendo um coque alto nos cabelos e uma maquiagem neutra, só dando destaque aos olhos. Em seguida, fui até a sala, já que estava tudo pronto e era só esquentar as coisas, e fiquei esperando. Cerca de cinco minutos depois, ouvi o barulho do táxi. Respirei fundo e quase imediatamente, a campainha foi tocada. Abri o portão e destranquei a porta. Assim que me viu, o Charlie sorriu largamente e não tive como não retribuir. Veio andando na minha direção e, parando na minha frente, me beijou, me levantando do chão.

Um tempo depois, quando estávamos comendo, ele disse:

- Parecia até que você estava adivinhando que um clima assim... Seria necessário.

Estranhei.

- Charlie, eu tenho que te contar uma coisa. Não me interrompe até que eu termine, por favor. - Pedi e ele fez uma cara de medo. Respirei fundo e, fechei os olhos por um instante. - Lembra da noite de Natal, que a gente fugiu de toda a confusão e fomos para o meu antigo quarto?

Concordou lentamente.

- Então... - Comecei a dizer.

- Você está grávida. - Ele afirmou e, antes que eu pudesse conter as lágrimas, concordei.

- Um mês e meio, mais ou menos. - Respondi e, no instante seguinte, ele havia se ajoelhado no chão e me abraçava pela cintura. De repente, percebi que estava chorando. Passado o choque inicial, ele se endireitou e disse:

- Eu vim à Los Angeles com um propósito e quero deixar bem claro que isso não interfere em nada depois de descobrir que vamos ter um bebê.

Olhei para ele, que segurava uma caixinha preta de veludo. Voltou a se ajoelhar aos meus pés e perguntou:

- Nicola Maria Roberts... Aceita se casar comigo?

Claro que a resposta não poderia ser outra.

Nadine

A Claire, a e eu estávamos sentadas no chão da sala de jantar enquanto o e o estavam na cozinha. Nós três estávamos prestando o máximo de atenção à casa em frente, esperando o menor sinal de um lenço rosa ou uma camiseta vermelha. Claro que torcíamos pelo lenço, mas enfim...

- Folga de quinze minutos até que eu vá lá e descubra o que houve. - A resmungou.

- Tem coragem? - A Claire quis saber. - E se você estragar alguma coisa?

- É... Tipo a Lola assassinando o Charlie. - Respondi, rindo da minha própria piada.

- Coyle, que coisa mais... Macabra! Quem mata o namorado porque ele não quis assumir um filho?- A perguntou, franzindo as sobrancelhas.

- Então. Tinha a prima da tia da sobrinha da cunhada da vizinha da minha tia-avó que fez isso. Bom, ela castrou o cara. Mas ainda sim... - Provoquei e ela caiu.

- Me lembre de nunca ir com você para a Irlanda do Norte.

Ri e, de repente, os meninos apareceram. Como estávamos sentadas e meio escondidas (Para completar, num breu daqueles para não sermos flagradas), eles não nos viram de imediato.

- Tem alguém aqui? - Ouvi o perguntar e, do nada, a jogou o próprio relógio para o ar, o pegando num reflexo impressionante. Eles vieram até onde estávamos e acabaram ficando curiosos também.

- Ai meu Deus! - A disse, batendo no meu braço, ansiosa. Olhamos todos para a mesma direção que ela e vimos a Nicola amarrando o lenço. Em seguida, todos os celulares deram o aviso de mensagem.

Ela aceitou meu pedido - Dizia a do Charlie.

Tudo saiu nos conformes. - Dizia a da Lola.

- Vai, surta. - Falei com a , que estava que não se aguentava.

- Nah... Vou surtar na frente da Lola... - Respondeu, depois de franzir o nariz.

- Falando nisso... - A Claire falou. - Já tem algum pressentimento?

A estreitou os olhos, fazendo uma careta e, em seguida disse:

- Um mês e meio ainda é cedo demais. Mas, arriscando meu palpite... Menina.

- Anota aí. - Falei com a Claire, que já foi gravando no bloco de notas do celular. - Apesar de eu achar totalmente desnecessário, mas enfim...

Não muito tempo depois, viemos embora e, depois de deixar a Claire em casa, o quis saber:

- Vai querer ficar lá em casa hoje?

Dei de ombros.

- Acho que lá em casa está transbordando tanto mel que é perigoso contrair diabetes por osmose.

Ele riu e, aproveitando que estava parado no sinal, quis saber:

- Por que você fez aquilo com a ?

- O que?

- A história do pressentimento?

- Ah tá. É que ela tem isso. Sempre acerta. Principalmente quando é menino. Lembro de uma vez que ela foi até a casa da minha tia e uma prima minha estava grávida. Ninguém sabia de nada e a sentiu tudo: Desde a gravidez até o sexo. Falou que era menina e dito e feito.

- Ela já te disse alguma coisa?

- Como assim?

- Já te fez alguma previsão?

- Disse que ia ser menino. - Respondi. Logo, teve que voltar a se concentrar no trânsito e, assim que chegamos à sua casa, me abraçou por trás e, já começando a beijar meu pescoço, disse:

- Vamos lá para cima? Quero te mostrar uma coisa...

- Que coisa?

- É uma surpresa.

Franzi as sobrancelhas. Mas entrei no joguinho dele.

Um tempinho depois, estávamos no quarto dele e eu estava de pé e virada para a janela. Percebendo que eu estava estranhamente quieta demais, me perguntou:

- O que foi?

- Sabe uma coisa que eu gostei na sua casa, na do e na minha?

Pelo canto do olho, notei sua expressão de estranhamento.

- Não faço a mínima ideia.

- A vista. Passo mais tempo do que deveria na varanda, só observando a cidade. A Lola não liga tanto assim para isso. A eu sei que não se atreve nem a chegar numa janela de segundo andar.

- Por quê?

- Ela sofre de acrofobia. Medo de altura. Tem vertigem até de subir em bancos.

- Sério?

Concordei.

- Não parece.

Sorri e começou a beijar meu ombro. Foi partindo cada vez mais na direção do meu pescoço e eu ia tombando a cabeça para o lado. Quando senti sua barba me arranhando de leve, não consegui disfarçar um tremor e ele encarou aquela minha reação como um incentivo para continuar. De repente, me fez virar de frente para ele, que começou a beijar a minha boca. Logo, foi me guiando até a cama. No meio do caminho, foi começando a tirar, não só as minhas roupas, mas as dele também. Depois que interrompemos o beijo para que ele tirasse as nossas camisetas, as jogando num canto qualquer do quarto. Em seguida, fez com que eu deitasse na cama e se livrou do meu sutiã, não esperando para cobrir um dos meus seios com a boca enquanto tocava o outro. Usava a ponta da língua para rodear o bico, sugando-o vez ou outra e, de repente, deixou uma das mãos escorregar até minha bunda, a apertando com vontade contra seu corpo. Cravei as unhas no seu ombro enquanto ele começou a beijar meu busto, principalmente o espaço entre os seios. Senti sua língua morna no que antes era apalpado e, naquelas alturas, o mínimo que eu podia fazer era arquear as costas um pouco, como se me oferecesse para ele, que não parou um único instante sequer. Arranhei as suas costas até onde conseguia alcançar. Passados alguns minutos, ele começou a beijar minha barriga, indo cada vez mais para baixo. Se livrou da minha jeans e, quando achei que não poderia ficar pior do que já estava... Ele começou a me provocar, beijando e deixando a barba arranhar a parte interna das minhas coxas. Quando me mordeu muito de leve, dei um gritinho, fazendo-o rir. De repente, tive uma ideia e, antes que pudesse controlar, já tinha saído:

- Sabe o que seria realmente bom? Se você tirasse a minha calcinha usando os dentes...

Sorriu lascivo e, quando menos esperei, começou a se aproximar cada vez mais da minha virilha. Quando estava quase chegando onde eu queria, se afastava e, logo, voltava a se aproximar. Quando eu estava perdendo a paciência, ao invés de parar com aquela enrolação e ir logo para o que interessava... O telefone tocou. Sério.

Resmungando, ele fez que ia continuar de onde tinha parado, mas não deixei:

- Atende. Pode ser alguma coisa importante.

Respirou fundo e pegou o aparelho de cima do criado mudo. Atendeu e deixou a pessoa falando. No final, respondeu:

- Olha, na boa. Você não podia ter ligado em hora mais inconveniente. Estou quase transando com a minha namorada e você vem me fazer oferta de ligação?

Bati no seu braço e ele sorriu.

- Não, não desculpo. O mínimo que você podia fazer é não me ligar. Seja em horário comercial ou não. Boa noite.

E desligou a chamada. Eu não conseguia acreditar naquilo. Porém...

- Eu sou sua namorada? - Perguntei. Assim que se endireitou, depois de recolocar o telefone na base, me olhou.

- Se quiser...

Sorri e, deixando meu indicador esquerdo deslizar pela sua barriga, perguntei:

- Não acha que estou em desvantagem?

Manteve seu sorriso lascivo e, logo, se viu livre da calça. Voltou a me beijar e enrosquei os meus dedos nos seus cabelos, puxando seu rosto para mais perto, se é que aquilo era fisicamente possível. Quando dei por mim, estava com as pernas enroscadas em torno do seu quadril e ele deixava a mão passear livremente pelo meu corpo, passando pela coxa e refazendo o caminho todo de volta até a cintura. Depois de alguns minutos, abandonou a minha boca para recomeçar a beijar meu pescoço, colo e os seios. Desta vez, continuou até chegar na barriga, não deixando nenhum milímetro passar ileso e, quando estava perto do meu baixo-ventre, me olhou, se apoiando nos cotovelos.

- O que foi?- Perguntei.

- Acho que vou fazer o que me disse.

Franzi as sobrancelhas e, no instante seguinte, ele se inclinou e tirou a minha calcinha com os dentes, mantendo aquele olhar fixo e intenso na minha direção o tempo inteiro. Imediatamente senti como se meu sangue tivesse se transformado em lava, dando a sensação febril. Gentilmente, ele afastou as minhas pernas e, logo, senti sua língua tocando delicadamente o meu sexo. Deixei um longo suspiro escapar por meus lábios enquanto ele começava a usar o polegar para fazer círculos no meu clitóris. Logo, substituiu o dedo pela língua enquanto me masturbava. Rebolei, tentando fazer com que ele tocasse os pontos certos. Logo, comecei a ter aquela sensação prazerosa se espalhando por cada mínimo pedacinho do meu corpo e, quando cheguei ao meu limite, meus músculos se retesaram e relaxaram quase instantaneamente. Não havia me dado conta de que gemi até que ele sorriu, todo convencido.

- É assim, é? - Perguntei, me fingindo de brava. - Vai ver só...

Manteve o sorriso irritante e, quando se aproximou de mim, inverti as posições, o deixando por baixo e, me inclinando sobre ele, comecei a beijar seu pescoço. Passei pelo peito, barriga e, quando cheguei onde interessava, brinquei com o elástico da sua cueca, distraída e tentando me fazer de inocente. Falei:

- Esses dias estava me lembrando de quando te conheci lá no bar.

Sua expressão se tornou neutra.

- E...?- Quis saber.

- E, depois que você me cantou daquele jeito mais... Cafajeste imaginável - Sorriu. - Pensei: “Ah... Não vale a pena.”

- Viu como estava errada ao meu respeito?

- Não, porque eu te vi agarrado com outra garota.

- Então você sentiu ciúmes?

Sorri e respondi:

- Não era exatamente ciúmes, porque eu nem te conhecia. Foi mais... - Me olhava com uma cara de sabe-tudo. - Tá, admito! Foi ciúmes mesmo!

Sorriu largamente e ele confessou:

- Só fiquei com a garota porque você não me deu bola. Gostei de você desde antes mesmo de nos conhecermos.

Franzi as sobrancelhas e ele explicou:

- Vi sua foto no site do bar. Por isso que eu quis te conhecer.

Não falei mais nada. Me inclinei na sua direção e o beijei. Quando me afastei dele, não refiz a trilha de beijos pelo seu peito e barriga e fui diretamente onde me interessava. Me livrei da sua boxer, a atirando num canto qualquer e, assim que o segurei, fixei meu olhar no seu e comecei a mover a minha mão lentamente. Depois de alguns minutos fazendo aquilo, cobri só a glande com a minha boca e comecei a suga-lo, percebendo que sua respiração saía cada vez mais rápida e com dificuldade. Dei um meio sorriso e comecei a deslizar a língua por toda a sua extensão, sentindo-o ficar cada vez mais duro. O fechou os olhos por um instante, tombando a cabeça um pouco para trás e, por um tempinho, o admirei. Não tinha como negar: Ele realmente era um cara lindo e irresistível. E eu o tinha nas minhas mãos, literal e figurativamente. Decidi ousar um pouco mais e tentei enfiar seu pênis totalmente na minha boca e usei a língua para ajudar. Sua testa estava levemente enrugada e ele ofegava um pouco. Nesse instante, lembrei de uma coisa que a me sugeriu e, lentamente, deixei as minhas unhas passearem sem rumo pela sua barriga, descendo cada vez mais e, quando passei pela sua virilha, ele gemeu fraco e continuei até chegar onde eu queria. Logo que comecei a “brincar” com seus testículos, o ouvi gemer de novo, mas mais alto e não parei com nada do que estava fazendo, mesmo quando senti o gosto do pré-gozo. De repente, ele conseguiu me afastar e, quando dei por mim, já tinha posto a camisinha e me sentava no próprio colo enquanto me penetrava. Me segurei nas suas coxas enquanto rebolava, sendo que ele guiava meus movimentos e segurando firme nos meus quadris. Depois de alguns minutos, ele soltou uma das mãos e passou a tocar um dos meus seios e comecei a aumentar a velocidade. Quando estava cada vez mais perto do clímax, não consegui segurar os gemidos que escapavam pela minha boca, tombando a cabeça para trás enquanto aproveitava a sensação prazerosa se espalhando por cada milímetro do meu corpo. Novamente, senti meus músculos se enrijecendo e relaxando enquanto eu tinha, talvez, o orgasmo mais intenso da minha vida. Depois de alguns instantes, foi a vez dele, que me puxou para perto e fez com que eu me deitasse sobre o seu peito. Ainda com as respirações ofegantes, ficamos ali, só sentindo o calor do corpo do outro e, não resistindo, ele acariciou a minha cintura. Tombei o rosto um pouco para trás e consegui roubar um beijo. Assim que nos separamos, ele pareceu se lembrar de alguma coisa e disse:

- Você não respondeu à pergunta que te fiz.

- Que pergunta?

- Sério mesmo que já esqueceu?

Lancei um olhar impaciente para ele, que riu e finalmente falou:

- Se você quer ser a minha namorada.

- Ah sim. - Respondi, assentindo lentamente. - É... Fazer o que se eu não consigo mais ficar longe de você, seu moleque? - Apertei sua cintura e ele se encolheu, rindo.

- Também não consigo ficar longe de você, Nadine.

De repente, seu olhar pareceu transparecer outra coisa. Não sabia explicar o que era. Só sabia que era diferente e não tão ruim assim...

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