quarta-feira, 14 de outubro de 2015

What happens in Vegas... Might not stay in Vegas - 29º capítulo


29. If love is really good you just want more
Sentir
Você não vê que há muito aqui para sentir
Bem no fundo do seu coração
Você sabe que eu sou de verdade


(Kylie Minogue - All the lovers)

Luiza

Era tão estranho estar de volta em Londres, para a casa em que eu morei por dois anos e sabendo que ia dar expediente no The Coyote mais uma noite...

Logo no dia seguinte, a Claire veio e, assim, pudemos ensaiar realmente. Combinamos de irmos juntas ao bar. Só que, nem eu e nem a Di contávamos que a Lola fosse acordar atrasada e ainda inventasse de ficar se embonecando. Resultado?

          - Nicola! - Ouvi a Nadine chamar, batendo na porta do quarto da ruiva, que respondeu:

          - Já vou!

Logo, a Nadine parou na porta do meu quarto e perguntou, exasperada:

          - Izzy, o que eu faço?

Respirei fundo, me levantando da cama e indo apressar a Nicola:

          - Roberts, se você não sair daí em cinco minutos, no máximo, eu juro que peço para o Gustav arrombar essa porta e te levo para o bar pelos cabelos! Anda, mexe essa bunda magrela! - Bati na porta com a mão aberta mesmo e, de repente, olhamos para o lado. Bill, Tom, Georg e Gustav nos olhavam, sem entender nada.

          - Vocês sempre são tão gentis umas com as outras? - O mais velho da banda perguntou e a Di respondeu:

          - Só quando estamos de bom humor.

Eles assentiram e bati na porta:

          - Nicola!

          - O que houve? - Ouvi o Tom perguntar.

          - Está se embonecando toda por causa de um ensaio. - Respondi. - Quer saber? Fica aí. Depois não reclama se não souber os passos!

Saí puxando a Nadine pelo pulso quando finalmente ouvimos a porta do quarto da Nicola se abrir e ela dizer, irritada:

          - Fizeram essa bagunça toda, quase botando a minha porta abaixo para me deixarem para trás?

          - Ninguém manda você ficar demorando um século para se arrumar. - Reclamei e a Nadine me deu razão:

          - É um ensaio, não a apresentação.

Pegamos as nossas coisas, nos despedimos de cada um dos meninos e finalmente pudemos ir encontrar com a Claire.

Assim que chegamos ao endereço que o Stephen havia nos passado e descobrimos que, por fora, parecia um hangar. No centro de Londres. Meio absurdo, mas era a verdade. Paramos perto da entrada e apertamos o botão do interfone. Depois de alguns instantes, ouvimos a sua voz:

          - Pois não?

As meninas me olharam e me adiantei:

          - Foi daqui que pediram três coyotes e uma agregada vindas de Los Angeles?

Ouvimos um bipe e a porta deu um estalo. Entramos e fomos andando pelo lugar, que era enorme. A essência era a mesma, apesar de ter ficado maior.

Estava distraída, observando o lugar quando a Lola deu um grito e a Nadine, a Claire e eu nos viramos imediatamente para ver o que era. Nosso chefe vinha andando até onde estávamos, sorridente, e de braços abertos.

          - Sem abraço grupal, por favor. - Pediu e a Di foi primeira, seguida da ruiva. Quando foi minha vez, disse: - Você, hein, danada... Se casa justamente com o seu ídolo...

          - As notícias não correm... Vão à jato ultrassônico mesmo. - Comentei e ele riu.

          - Você está ótima. Engordou um pouco. - Disse.

          - Stephen, não sei se você sabe, mas essa não é exatamente uma coisa boa para se dizer a uma mulher. - A Di falou e ele riu.

          - É, eu sei. - O Stephen disse. - E sei que a Izzy não é do tipo que se preocupa tanto assim com o peso... Ou mudou de opinião?

Neguei com a cabeça.

          - Stephen... Essa é a Claire, nosso reforço. - A apresentei e, quando os dois se cumprimentaram, percebi uma coisa e olhei para a Di, que sorriu, cúmplice.

          - Então... Vamos começar o ensaio? - A Lola sugeriu e, pouco tempo depois, estávamos sobre o palco (Sim! Agora havia um palco ali) e nos preparando para a apresentação. Num dado momento, quando sabia que teria de ser bem sexy nos meus movimentos, aproveitei a pausa para falar com o Stephen:

          - Posso dar uma palavrinha rápida com você?

Concordou e me levou até o seu escritório.

          - Realmente as coisas melhoraram e muito... - Comentei, me sentando à sua frente.

          - Foi graças à você e as meninas. Estive guardando uma parte do dinheiro que arrecadava e, para completar, o outro bar pegou fogo logo depois que elas se mudaram para Los Angeles...

          - Sério?- Perguntei e ele concordou.

          - Juntei o dinheiro do seguro com essa... Poupança e comprei este lugar. - Agora quero saber o que queria falar comigo.

          - Então. Como vamos fazer com o meu marido ciumento e possessivo? Estou falando isso por causa das roupas e o assédio dos caras que devem vir...

          - Quanto à isso, não se preocupe. Vou dar um jeito de amansar a fera e não ter qualquer problema. Era só isso?

          - Não... Na realidade, eu tenho uma ideia para a apresentação... - Avisei e contei tudo. Apesar de ser em cima da hora, ele não se opôs e confesso que fiquei muito feliz.

Passamos o resto da manhã ensaiando exaustivamente e só paramos quando o próprio Stephen trouxe o nosso almoço. Quando ele entregou o da Claire, foi inevitável não reparar no olhar dos dois.

Ficamos o dia inteiro no bar, só ensaiando para a apresentação e, quando estávamos no metrô, só a Nadine, Nicola e eu, comentei com elas:

          - Alguém mais reparou no clima entre a Claire e o Stephen?

          - Querem apostar quanto como que, se eles ficarem sozinhos, se pegam? - A Lola perguntou, de brincadeira.

          - E se a gente juntasse os dois? - Propus e imediatamente, tive o apoio das duas. Percebi que a Nadine não largava o celular e perguntei: - O que você tanto mexe aí?

          - “... E Luiza usava uma suéter rosa, calça preta, bolsa e botas Jimmy Choo. O casaco era da Kenzo.”. - Leu.

          - Sério? - Perguntei e ela concordou. Suspirei e a Lola disse:

          - Veja pelo lado positivo. Pelo menos não estão criticando seu jeito de vestir.

          - É... Pelo menos isso. - Respondi. Percebi que tinham umas garotas, de uns dezesseis anos, que nos olhavam e cochichavam. A Lola comentou:

          - Fazendo uma rápida leitura labial... Estão dizendo: “Será que é ela? Parece muito, se não for.”

          - Contanto que não venham me xingar nem me ameaçar de morte... Tá tudo tranquilo. - Respondi. O meu celular começou a tocar e, quando peguei o aparelho, a Di perguntou:

          - É quem estou pensando?

Sorri e apertei o botão para atender:

          - Fala.

          - Onde você está?

          - Indo para a casa. Dentro do Tube.

          - Dentro de quê?

          - Tube. Aquele trem que passa por baixo da terra. - As meninas riram e fiz língua para as duas.

          - Ah tá. Metrô*. - Ele respondeu.

          - É. Já estamos perto. Passamos agora da Sloane Square... Mas por que essa curiosidade toda de saber onde estou?

          - Como você mesma disse... Curiosidade. Já estamos indo para a casa também.

          - Tudo bem. Qualquer coisa... Liga. - Avisei e ele concordou, rindo fraco. Nos despedimos e, quando guardei o celular na bolsa, as meninas me olhavam com uma cara [n/a: Nadine - Nicola]...

          - Quê? - Perguntei.

          - “Big boy”? - A Nadine perguntou.

          - É. Por causa do tamanho dele. - Respondi, sem pensar. Quando vi a cara de malícia das duas, só me restou rir. - O tamanho que falo é altura, tá?

          - Claro que é. - A Lola disse. - Lembra daquele dia que a Izzy estava descadeirada, Di?

          - Pois é... Altura, né?

Dei um estalo impaciente com a língua e as duas riram.

          - Ô Nadine... Nem fala nada porque você tá de rolo com o Tom, que é gêmeo idêntico do Bill. Nunca vi pelado, mas dá para ter uma ideia.

          - Bom, pelo menos de uma coisa a gente tem certeza. - Ela respondeu. - Não é à toa que a Alemanha é conhecida por ser a terra do salsichão.

Tivemos que nos controlar para não sermos indiscretas e continuamos o resto da viagem falando besteira.

Assim que chegamos em casa, não havia ninguém ali e a Lola simplesmente saiu correndo até o quarto. Quando voltou, trazia uma caixa enorme e se sentou no chão da sala. Eu e a Di ficamos sobre os sofás enquanto a ruiva tirava um monte de coisas, como pingentes e tal. Disse:

          - Estava esperando estarmos todas juntas para dar os presentes de Natal para as duas. Vamos começar pela caçulinha.

          - Ai meu Deus. - Resmunguei e ela riu, me entregando dois saquinhos de veludo preto. Abri o primeiro e tinha uma pulseira de prata, parecida com a nossa da amizade. No outro saquinho, tinham vários pingentes. E a Lola explicou:


          - Lembra daquele dia que você falou sobre os cisnes? - Concordei. - Então...

Empurrou um pingente que eram dois cisnes um de frente para o outro e nem precisei pensar muito para descobrir o significado.

          - Esse - Era um outro com uma espátula e uma colher. - é porque você ama cozinhar. - Sorri. - Esse aqui de gatinho não precisa de explicação...

          - E a Vivi? - A Di perguntou.

          - Com a minha mãe. - Respondi.

          - Esse aqui de máquina é porque você é metida e adora aparecer. - A Lola disse. Em seguida, riu e disse:- Falando sério. É, não só porque você vai ser eternamente perseguida por paparazzi, mas porque você gosta de fotografia. Tem esse scarpin rosa porque você, assim como a Di e eu, ama sapatos. O drink é por causa de Las Vegas e tem um a mais que eu acho que, assim como o do gato, não vai precisar explicar.

Me deu um que realmente dispensava qualquer explicação. Era um escrito: “I NY”. Olhei para ela e falei:

          - É... Realmente.

Sorriu e a Di quis saber:

          - Por que esse “I NY” não precisa de explicação?

A Lola me olhou, se coçando para contar e fui mais rápida:

          - Porque foi em Nova Iorque que eu transei com o Bill pela primeira vez.

          - Está explicado. - Ela respondeu. Logo, ouvimos o barulho das chaves e a Lola começou a dizer o significado dos pingentes da Nadine. Quando vi o Bill, fiz sinal para que ele fosse comigo até o quarto e, uma vez lá dentro, pedi:

          - Vamos sair para comer alguma coisa?

          - Iza... - Falou, em tom de aviso. - Fiquei o dia inteiro no estúdio...

          - E eu fiz mais esforço físico que você. Anda, Bill... A gente só vai comer alguma coisa, no máximo dar umas voltas no parque... - Insisti, manhosa. Me aproximei dele e dei um jeito de beijar seu pescoço.

          - Isso é golpe baixo, Luiza... - Apertou minha cintura.

          - Anda, liebe... Você sabe muito bem que, até irmos para Los Angeles, as oportunidades de ficarmos sozinhos vão ser muito poucas...

Respirou fundo e concordou. Avisei que ia não ia demorar e, sem me intimidar por sua presença, troquei de roupa na sua frente. Senti seu olhar em cima de mim o tempo inteiro e vi que estava se controlando ao máximo do que podia.

Depois que estava pronta, saímos e fomos andando meio sem rumo. Pegamos o metrô e fomos até Soho.

          - Sempre que saía do bar com as meninas, vínhamos comer aqui.

Ele olhou para a placa e disse:

          - É um pub.

          - Pubs, caso você não saiba, não vendem só bebidas. Vendem comida e a deste é deliciosa. Anda. Vem.

Assim que entramos, vi que o lugar estava estranhamente mais vazio que de costume e, logo, vi o dono do lugar.

          - Jeff! - Exclamei e ele sorriu, erguendo o olhar e vindo nos cumprimentar. Depois de nos arranjar uma mesa, perguntou:

          - Já sabem o que vão querer?

          - Eu vou querer o mesmo de sempre. - Respondi.

          - Para mim pode ser esse Salmão em massa folhada. - O Bill falou e vi o Jeff olhar para ele.

          - OK... E para beber?- O dono perguntou.

          - Já sabe. - Avisei e ele concordou, sorrindo.

          - Ah! Hoje é segunda. - O Jeff falou e perguntei para o Bill:

          - Tem uma promoção de Guiness hoje. Vai querer?

Aceitou e o Jeff se afastou, levando os pedidos.

          - Promete que não vai ficar brava? - Perguntou e olhei para o Bill.

          - O que você aprontou?

          - Então...

          - Ai meu Deus... - Ergui a mão e a pus na direção da sua coxa.

          - Eu comprei uma coisa para você. - Desci a mão e ele se encolheu um pouco. Mas mesmo assim, pegou uma caixa de veludo do bolso da jaqueta que usava e me entregou. Ali dentro, havia um anel de prata em formato de laço e com brilhantes.

          - Wow... Obrigada. - Respondi, sorrindo timidamente. Pegou o anel e pôs no meu dedo.

Depois que trouxeram os pedidos, ele percebeu uma coisa e perguntou:

          - Por que não me avisou que tinha pedido a mesma coisa?

          - E o que tem de tão ruim?

          - Para falar a verdade... Não é ruim. Só... Surpreendente.

Franzi as sobrancelhas e falei:

          - É salmão com massa folhada. Onde que isso é surpreendente?

          - Na coincidência.

Assenti lentamente.

          - Tá. Tenho que comentar uma coisa com você.

          - Fala.

          - Quando o Stephen viu a Claire... Ah, mas pintou um clima ali... Até surgiu uma conversa de tentarmos juntar os dois.

          - Vocês estão querendo juntar os dois só por causa do clima?

          - Você não está entendendo, Bill. Se estivessem sozinhos, os dois com certeza pulariam um em cima do outro assim. - Estalei os dedos. - É tipo o Tom e a Nadine.

Sorriu, concordando e perguntei:

          - E então? Acha que a gente pode seguir com o plano?

          - Vamos fazer o seguinte: Respondo depois que você e as meninas se apresentarem no bar e eu puder conhecê-lo.

Tive que concordar.

Depois que terminamos de comer e pagamos a conta, ficamos andando pela região e, quando estávamos na estação do metrô, só nós dois, percebi o olhar dele e perguntei:

          - Por que estou com medo de descobrir o que está se passando pela sua cabeça?

Sorriu e disse:

          - Estou pensando em te propor de a gente não ir para a casa.

Olhei para ele, estranhando.

          - A gente podia passar a noite num hotel... Como você mesma me disse, não vai ser fácil ficarmos sozinhos com aquele monte de gente em casa...

Estreitei os olhos e o metrô chegou.

          - Você é uma peste. E está encarregado de avisar que não vamos em casa.

Concordou, sorrindo. O peguei pelo pulso e o levei para fora da estação. O guiei até o hotel, que ficava ali perto. Assim que entramos, ele pediu ao recepcionista:

          - Oi, eu queria uma suíte com cama de casal...

          - Temos as opções de quartos standard, deluxe e executivo.

          - Deluxe.

Olhei para o Bill, que balançou a cabeça. Fez o check-in e, enquanto estávamos no elevador, vi que ele mandou uma mensagem, provavelmente para o Tom.

Assim que entramos no quarto, fui surpreendida pelo Bill, que me segurou pela cintura e me puxou para mais perto. Sem aviso prévio e qualquer demora, me beijou do jeito mais... Apaixonado possível. Mesmo com a diferença de tamanho (Por um milagre, eu não estava de salto), foi inevitável corresponder.

Estava vendo a hora em que íamos tomar aquele tombo enquanto passávamos da antessala para o quarto. Mas, surpreendentemente, não deu nada errado. Principalmente porque no meio do caminho, ele me pegou nos braços e foi me carregando até lá, sem parar de me beijar. Assim que senti que me pôs na cama, não o soltei de jeito nenhum. Depois de alguns minutos, já começava a querer acabar com a barreira das roupas. Tanto que comecei a erguer sua camiseta, uma vez que já tinha dado um jeito na jaqueta, que jazia perto da porta do quarto. Podia sentir cada mínimo pedaço do seu corpo encostado no meu e, por vontade própria, envolvi seu quadril com as minhas pernas, o puxando para mais perto. Claro que, por causa da posição, pude sentir o quanto estava excitado. Perdendo um pouco da timidez que eu tinha, rebolei como pude e sua resposta foi um gemido fraco. Senti que ficou mais duro e tive vontade de tocá-lo. Ainda mais que o Bill começava a me provocar, vez ou outra apertando, arranhando e acariciando determinados pontos. Respondi, arranhando sua nuca e, quase imediatamente, arranhei sua barriga, não resistindo, e a senti se contrair. Ri fraco por entre o beijo e ele resmungou:

          - Danada.

Cada vez mais, fui erguendo a peça até que tivemos que nos separar pelo tempo que pudesse passa-la pela sua cabeça. Aproveitei para tirar a minha blusa também, justamente para não precisar mais interromper o beijo.

Em poucos minutos, as respirações, que saíam com certa dificuldade, estavam ofegantes e pesadas. Sentia sua mão acariciando diretamente minha cintura, de um jeito que era simples e absurdamente gostoso; A apertava vez ou outra de maneira firme, porém, sem machucar. Não demorou e a desceu até o cós da minha calça. Abriu o botão e desceu o zíper. Achei que realmente teria jeito de tirar o resto das nossas roupas sem interrompermos o beijo, mas não tinha como. E ele, assim como eu havia feito, aproveitou a oportunidade para tirar a própria calça. Quando se virou, para voltar à cama, percebeu para onde eu havia direcionado o meu olhar e perguntou, provocante:

          - Pelo jeito... Você está com as piores intenções, acertei?

Sorri lasciva e respondi, me ajoelhando sobre o colchão:

          - Basicamente o mesmo de sempre. Lamber, chupar, tocar... Só que sem pressa. Quero ver até onde você aguenta...

Sua resposta foi um sorriso idêntico ao meu. Parou na minha frente e disse:

          - Estou à sua mercê. Pode fazer o que quiser comigo.

          - Tem certeza? Olha, olha, Kaulitz...

          - Só uma coisa. Prefiro muito mais quando você fala meu nome. - Se inclinou na minha direção. Aproximou a boca do meu ouvido e disse: - Principalmente quando estou dentro de você... E gemendo.

Quase imediatamente, minha respiração já começou a acelerar e, só para provoca-lo, perguntei, enganchando o indicador sob o elástico da sua boxer:

          - Ah é? E como eu faço? É mais... - Tentei fazer como ele dizia e senti que pôs a mão na minha cintura. - Ou mais... - Gemi, tentando parecer mais lânguida. Me apertou e sorri. Deslizei a minha mão para dentro da sua única peça restante e, ao mesmo tempo, comecei a beijar seu pescoço. Fechei meus dedos em torno do seu pênis e comecei a masturba-lo. Depois de alguns minutos, percebi que ele não ia aguentar por mais tempo e falei, ainda com a boca próxima à sua orelha:

          - Liebe, deita, por favor.

Antes de atender ao pedido, tirou a boxer, que foi parar num canto qualquer do quarto. Fiquei por cima do Bill, apoiada nas mãos e nos joelhos, o beijando lentamente, mas sem tocar em qualquer outra parte do seu corpo. Depois, passei novamente para o seu pescoço, partindo para o peito, a barriga e, quando estava cada vez mais próxima do seu sexo, ergui o olhar rapidamente para ele, que me fixava de volta e de maneira intensa.

          - Izzy... Tira o sutiã, pelo menos...

Sorri maliciosa e falei:

          - Prefiro que você tire. Mas daqui a pouco.

Vi que não gostou muito e essa era a minha deixa. Com uma das mãos, voltei a segurar o seu pênis enquanto recomeçava a masturba-lo e o colocava na boca. Como sempre, usei a língua para ajudar nos estímulos, além de experimentar uma coisa que havia lido uma vez, passando a glande contra a bochecha. Usei a outra mão para “brincar” com os seus testículos e o ouvi gemer. Sua voz era daquele jeito que me deixava louca, mais baixa, grave e rouca que de costume. Tentando me manter atenta ao que fazia, comecei a mover as mãos mais rapidamente e prestei atenção, não só às suas expressões, mas à sua respiração também. Sua barriga começou a se contrair e senti o gosto do pré-gozo. Decidida a não parar, continuei até que ele não aguentou mais.

Esperei que se recuperasse e, enquanto isso, fui até a antessala. Peguei a bolsa e procurei por uma camisinha. Tinha acabado de encontra-la quando o ouvi me chamando.

          - Já vou! - Respondi. Foi quando algo chamou a minha atenção: Havia uma mensagem no seu celular. Tomando o máximo de cuidado, abri a SMS e tinha uma única frase:

Um dos pontos fracos da Luiza é o pulso.

Mas quê...?

Voltei ao quarto, com o celular dele e perguntei ao Bill:

          - Que mensagens são essas?

Pegou o aparelho, se sentando na cama e leu. Em seguida, disse:

          - Não sei de quem são. Só sei que desde Nova Iorque que tenho recebido. E você é enxerida, hein?

Dei um estalo impaciente com a língua e falei:

          - Está falando de mim... Claro que vou querer saber!

Respirou fundo e desligou o aparelho, o colocando sobre o criado-mudo. Em seguida, pegou o pacote de camisinha e o pôs ao lado do celular. Sem dizer nada, segurou meu braço esquerdo e o ergueu um pouco.

          - Vai realmente testar? - Perguntei, não conseguindo não achar graça.

          - Vou. - Respondeu e começou a beijar meu pulso. Me olhou e, vendo que eu não estava nem um pouco diferente, franziu as sobrancelhas. Ri e avisei, mostrando uma veia:

          - Experimenta aqui.

Mantendo o olhar fixo no meu, recomeçou a beijar minha pele e, quando senti sua barba me arranhando, sufoquei um gemido fraco. Ele sorriu e falei:

          - Eu sei que vou me arrepender disso, mas...

Consegui soltar meu braço e, me sentando de costas para ele, segurei o cabelo com uma das mãos enquanto que, com a outra, indicava um ponto entre a orelha e a base do crânio. Quase imediatamente, senti primeiro sua respiração, que me fez arrepiar. Depois, sua boca, morna e macia. Soltei o cabelo por cima do outro ombro e estranhei que suas mãos não estavam me tocando. Como se pudesse ler meus pensamentos, percebi que abrira o fecho do meu sutiã e começou a trilhar um caminho pelo meu pescoço até chegar na base. Dali, foi até o ombro e, à medida que ia se aproximando, desceu a alça. Fez a mesma coisa do outro lado e, depois que só fiquei mesmo com a calcinha, me virou de frente para ele e começou a me beijar.

Novamente, estava deitada e sob o Bill, que não deixava nenhum milímetro do meu colo passar sem ser beijado. Quando senti sua boca morna cobrindo o bico do seio direito, arqueei as costas e ofeguei. Diferente do que fazia normalmente, não estimulou o outro seio com uma das mãos. Espiei e as duas estavam servindo de apoio para ele, bem ao lado do meu corpo. De repente, o senti sugar o bico e gemi. Quer dizer, quase gritei, mas mesmo assim... A sensação que tive foi intensa e só me fez ficar em uma situação ainda pior, se é que me entende...

Continuou como se não tivesse acontecido absolutamente nada, começando a fazer a mesma coisa com o seio esquerdo. Só então, usou a mão para estimular o outro. Não aguentando mais aquilo, deslizei a mão para dentro da calcinha e comecei a mover o clitóris em círculos. Claro que ele percebeu e segurou meu pulso, o afastando dali. Aproximou a boca da minha orelha e disse:

          - Ainda não...

Suspirei e ele recomeçou de onde havia parado. Beijou toda a minha barriga, rodeando o meu umbigo com a ponta da língua e a deslizou até o baixo-ventre. Cravei as unhas no travesseiro, já que não podia me tocar, e percebi que, conforme ele ia beijando cada vez mais para baixo, a minha calcinha ia sendo tirada. Uma vez livre da peça, imaginei que o Bill não ia esperar muito. Mas não foi o que aconteceu. Em vez disso, começou a beijar a parte interna da minha coxa, se aproximando cada vez mais da minha virilha, mas nunca chegando lá. Estava começando a ficar impaciente de verdade quando finalmente o senti me tocando. Ao mesmo tempo em que dois dedos se movimentavam no meu sexo, usava o polegar para estimular o clitóris. Naquele instante, me sentia quase febril e, mesmo sem ter uma maior liberdade de movimentos, mexia meus quadris como podia, na esperança de que O Bill tocasse os pontos certos. Quando comecei a ter aquela sensação prazerosa já conhecida, que começava bem fraquinha e ia aumentando rapidamente, o chamei e, sabe-se lá como, consegui esticar o braço até o criado-mudo e pegar o pacote com a camisinha. Percebendo isso, se endireitou e, enquanto isso, dava um jeito de rasgar a embalagem com o dente. Não consegui e perdi a paciência. Ele riu e conseguiu abrir. Depois que pôs o invólucro sobre o criado, o olhei e perguntei, manhosa:

          - Posso?

Me entregou a camisinha e a coloquei nele. Em seguida, se posicionou e, enquanto me beijava, senti que me penetrava, mas com o máximo de cuidado e sem a menor pressa. Aos poucos, foi aumentando a velocidade com que investia e, em contrapartida, parecia que o simples ato de respirar ia ficando cada vez mais impossível. E como estamos falando do Bill, era óbvio que aquilo tudo não era o suficiente. Não parecia ser bom o bastante ele me beijar da maneira mais intensa, estar movendo os quadris de um jeito que, além de quase me fazer perder o resto de juízo que ainda tinha, parecia ir cada vez mais profundamente. Não, senhor. Ainda tinha que morder o meu lábio inferior e suga-lo. Quando me atrevi a abrir os olhos por um instante, percebi que dava aquele sorriso que eu amava. De birra, cravei as unhas nos seus ombros e, não resistindo, levei as mãos até as suas costas, quando começou a se mover ainda mais rapidamente, e as arranhei. Gemeu e imediatamente me arrependi.

          - Ai meu Deus... Liebe, me desculpa. - Pedi.

Sorriu daquele jeito canalha e disse:

          - Se quiser passar a fazer isso mais vezes...

Bati na sua bunda e ele tentou rir. Como estava com as pernas envoltas no seu quadril, o puxei para mais perto e logo, tive aquela sensação prazerosa de novo. Só que parecia ainda mais intensa que de costume. Senti cada um dos meus músculos ficando subitamente tensionados e, logo em seguida, relaxando. Foi algo tão... Inesperado que me senti um pouco zonza. Não demorou muito e percebi que o Bill também havia chegado ao seu limite. E sem sair de dentro de mim, me olhou e perguntou:

          - Está tudo bem?

 Assenti.

          - Só... Um pouco zonza.

Ergui a cabeça só um pouco para roubar um beijo. Quando nos separamos, ele deitou a cabeça no meu peito e ficou ouvindo as batidas do meu coração enquanto eu passava a mão pelos seus cabelos.

          - Está quieta... - Comentou.

          - Estou pensando.

          - Em quê?

Fiz com que erguesse a cabeça e me fixasse.

          - Se ficar convencido demais, apanha.

Sorrindo, prometeu que não diria nada.

          - Eu acho que você me fez ter o primeiro orgasmo da minha vida. - Contei e ele não fez outra coisa a não ser roubar um beijo.

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* Tube é como os britânicos chamam o metrô. Underground também.

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