quarta-feira, 12 de agosto de 2015

What happens in Vegas... Might not stay in Vegas - 20º capítulo - Interativa














20. You're such an instigator, you wanna play the game

E eu não posso esperar outro minuto
Não posso suportar o olhar que ela está dando
Seu corpo se move toda a noite
Uma em um milhão
Minha jogada de sorte

(Maroon 5 - Lucky strike)



- Só para constar? - Perguntei, olhando meu próprio reflexo no espelho. - Eu te odeio com todas as forças das profundezas do âmago do meu ser, Coyle.

Riu e disse:

- Odeia... Mas vai me agradecer depois, pode apostar. Não é, Lola?

A ruiva estava distraída, sobre a minha cama, mexendo no celular.

- Nicola! - A chamamos ao mesmo tempo e ela finalmente desviou a atenção do aparelho.

- Oi?

Explicamos e ela concordou com a Nadine.

- E eu realmente gostei dessa lingerie, Izzy. - A ruiva disse. - Apesar de quem tem que gostar ser o ...

- Pois é. Não sei quem é pior: Se vocês ou ele! Ô povo peste para me botar em confusão!

Riram e, de repente, o próprio entrou no meu quarto. Imediatamente, a Lola se levantou, correndo até a porta enquanto eu e a Nadine nos trancávamos no closet. Só que nós duas tivemos uma crise de riso daquelas e, sendo assim, não conseguíamos simplesmente parar.

- Izzy? Ele já foi. - A Lola disse, depois de alguns instantes. A Di saiu para que eu pudesse trocar de roupa e, assim que pus uma camiseta de Doctor Who e um short jeans, perguntei:

- O que ele queria?

- Avisar que o ligou e já está a caminho, com a Simone e o Gordon.

Suspirei e dei meia-volta, entrando no closet de novo, trocando por um vestido comportado.

Assim que eles chegaram, não pude deixar de perceber o olhar curioso da na direção da Nadine. As duas se deram bem logo de cara e, não muito tempo depois, minhas amigas foram para a casa.

- Podiam ficar um pouco mais! - A Simone protestou.

- Vocês estão cansados da viagem. Amanhã a gente está aqui, pode confiar. - A ruiva disse.

Depois que elas foram embora, o foi ajudar a mãe e o padrasto a se instalarem e fiquei sozinha com o . Perguntei:

- Será que posso te pedir ajuda numa coisa?

Me olhou curioso e expliquei. Depois que terminei, quis saber:

- Só de curiosidade. Por que você está querendo fazer isso?

Expliquei meus motivos e ele concordou. Diria até que achou o meu jeito “bonitinho”.

- Ah! Vou abusar de você um pouco mais. O me fez um pedido para... Domingo e, apesar de ele já saber o que vou fazer, eu gostaria de surpreendê-lo.

- Eu não sei se você sabe, mas...

- Ele não gosta de surpresa, eu sei. Mas nesse caso, pode acreditar que ele vai gostar.

- E o que ele te pediu?

Hesitei.

- Ai, , é sério que você está me perguntando isso? - Perguntei, morrendo de vergonha. - Já estou naquela agonia só de o seu irmão ter me pedido isso.

- E o que tem?

Respirei fundo e falei:

- É... Uma coisa que tem que ser feita só com ele.

Me olhou, não se aguentando de curiosidade.

- E para quê você precisa da minha ajuda?

- Distrai ele. As meninas já estão sendo úteis até dizer chega e eu realmente preciso que o nem suspeite do que eu vou fazer.

- Estou ficando realmente preocupado.

- Me responde uma coisa. Se por um acaso eu fosse fazer algo realmente ruim com ele... Acha mesmo que o já estaria sabendo? Já viu algum caso criminoso em que o assassino virou e falou com a vítima: “Oi, vamos lá em casa tomar uma xícara de chá, comer uns macarons e logo depois eu te mato.”?

Riu e negou.

- Então. O que pode acontecer é eu me machucar e não o contrário.

Era tortura com o coitado ficar atiçando a curiosidade, mas eu estava morrendo de vergonha de falar tudo.

- Quer que eu leve o até algum lugar?

Assenti.

- Te passo o endereço depois.

- Escuta... Já que estamos pedindo favores um para o outro...

- Me diga o que posso fazer por você...

- O me falou da área restrita do site. Acha que poderia... Sugerir uma coisa para a Nadine?

- Essa coisa, por um acaso, seria o que estou pensando?

- Se estiver pensando naquela dança com água...

Dei um meio sorriso e falei:

- Tive uma ideia melhor. O disse que a gente podia dar uma esticada em Londres no ano novo. Tem problema se tiverem mais... Coyotes?

Negou.

- Vai ser estranho te ver em cima de um balcão, mas...

- Então. Já estou pensando aqui em como a gente pode fazer para que a Nadine faça tudo sem desconfiar de nada.

Me olhou com aquela cara de quem não tinha entendido absolutamente nada e ri.

- Confia em mim. Vai dar certo.

De repente, o entrou na cozinha e perguntou:

- O que vai certo?

- Eu te convencer a comer frango com quiabo. - Falei e ele fez careta. - E não duvide que te faço comer espinafre.

- Quero ver você tentar.

- Olha lá, , que eu aceito o desafio. E não vou nem sossegar e nem te deixar em paz até conseguir!

O se divertia, só olhando de um para o outro. Não muito tempo depois, comemos uma besteira qualquer que improvisei. Enquanto os dois estavam trancados no estúdio, eu fui para o meu quarto, arrumar algumas coisas.

No meio da noite, quando estávamos os três vendo TV, a Simone apareceu e perguntei:

- Conseguiu descansar um pouco?

Concordou.

- E vocês? Como estão?

Os dois falaram, em alemão, o que cada um fazia e, no meio da conversa, consegui ouvir meu nome pelo menos umas dez vezes, todas elas ditas pelo .

- E já decidiram o que vão fazer no aniversário de vocês? - Ela perguntou, em inglês.

- A gente estava pensando em ir comer uma pizza. Nada muito... Fora do comum. - O disse.

- No domingo mesmo? - Ela quis saber e ele hesitou. Olhei para o , que fazia uma cara de malícia...

- Na realidade, a gente decidiu que cada um ia fazer uma coisa. Eu vou ficar com a Nadine e o , com a . - Disse, mantendo aquela expressão. Me segurei para não rir dele.

- E o que cada um vai fazer?

- Ah, nada demais. - O falou disfarçando e ficou muito óbvio. - A gente deve sair um pouco, talvez jantar fora... Típico programa de casal.

- Sei... - Ela disse, desconfiada.

- Simone, escuta... Você está com fome? Se quiser, posso fazer alguma coisa e... - Falei, me levantando.

- Ah, não... Não precisa se preocupar.

- Ih, que preocupação enorme! - Falei, brincando. - Agora é sério. Se estiver com fome...

O falou algo em alemão com a mãe, que acabou concordando. Antes de ir para a cozinha, no entanto, falei com ele:

- Vou precisar da sua ajuda. Vem comigo, por favor.

Ele obedeceu e não pude deixar de notar o olhar da Simone na minha direção; Provavelmente estava surpresa ao me ouvir falar “Por favor”.

Assim que chegamos à cozinha, perguntei para o :

- O que falou com ela?

- Nada demais... Só que você não ia desistir até que ela aceitasse.

Dei um estalo impaciente com a língua e ele riu.

- Falei que você cozinha bem e que ia valer a pena.

Sorri timidamente e perguntou:

- E então? No que posso te ajudar?

Parei para pensar por um instante e peguei umas batatas e dei para ele.

- Pode começar descascando, por favor.

E assim, me ajudou a fazer a massa de gnocchi. Quando estava quase tudo pronto, o Gordon acordou e foi até bom, porque ele também ia experimentar.

No dia seguinte, quando estava no estúdio, trabalhando, a Claire bateu na porta e eu e o erguemos a cabeça ao mesmo tempo. Disse:

- , tem visita para você.

- Quem é?

- Então. Me pediram segredo, já que é uma surpresa... Mas acho que você vai gostar.

- Ai que medo... Manda entrar. - Falei. Ela assentiu e fechou a porta. O perguntou:

- Será que é quem eu estou pensando?

Suspirei impaciente e falei:

- O está em Londres. E além do mais... Decidimos continuar só com a amizade. Sem benefícios.

Fingiu indiferença, porém, percebi que tinha ficado feliz com aquela notícia. De repente, ouvimos mais batidas na porta e falei:

- Entra.

De repente, a Nadine apareceu. Seguida da Nicola. Que segurava a mão do Charlie. Imediatamente, me levantei, sorrindo e fui cumprimenta-lo.

- Quando você chegou? - Perguntei, depois que o soltei do abraço.

- Ontem de manhã.

- Nem imagino a reação da Nicola quando te viu.

Riu e perguntou:

- E então? Como você está?

Olhei para trás e chamei o com a mão. Ele se levantou e falei, assim que parou ao meu lado:

- Charlie, esse é o , meu marido. , esse é o famoso Charlie, namorado da Nicola.

- Famoso? - Ele perguntou, apertando a mão do .

- É. Desde que a Nicola veio para Los Angeles que eu só escuto seu nome. - Meu marido (Wow... Isso era estranho.) respondeu. - E então? Vai ficar quanto tempo em Los Angeles?

- Então... Consegui uma folga do trabalho e vou passar quinze dias aqui. - O Charlie respondeu.

Olhei para o relógio e vi que já estava quase na hora do almoço. De repente, tive uma ideia e falei:

- Me digam uma coisa. Por um acaso estão planejando alguma coisa para agora?

Negaram.

- Faz o seguinte. - Pedi para o . - Liga para o e fala com ele para ir com o e o se encontrarem com a gente naquele restaurante aqui perto que a gente foi outro dia, por favor.

Assentiu e aproveitei que ele estava ligando para conversar com o Charlie, já que as meninas tinham ido ao banheiro:

- E aí? Como estão as coisas em Londres?

- Chuvoso, como sempre. - Ri. - Mas se estiver querendo saber notícias do ... Está namorando com uma garota chamada .

- ? - Perguntei. - Como ela é?

- Simpática, educada...

- Fisicamente.

- Ah... Parece um pouco com você... Por quê?

Peguei meu celular e procurei uma foto antiga do com ela. Perguntei, mostrando o aparelho:

- É essa?

Concordou. Puta merda.

- Essa é a ex do . Aquela que acabou com a banda e ferrou com a vida dele.

Resmungou um palavrão.

- Isso não é o pior.

- Ah, tem mais? Ela está enganando o também?

- Não. Mas ela sabe de você.

- Acha que... Ela pode estar com o de propósito? Sabe, para conseguir chegar ao ?

- Então... Ela nunca falou no nome do . Quer dizer, ela sabe que vocês estão casados porque já saiu a notícia em Londres. Mas não acho que vá querer tentar te separar dele. Ainda mais que eu te conheço...

Sorri.

- Mas é bom ela não ficar no meu caminho, senão faço um estrago irreversível nela.

Sorriu e o parou ao nosso lado.

- Estão prontos?

Concordamos e peguei minha bolsa.

Cerca de uma hora depois, quando estávamos todos no restaurante, todo mundo conversando ao mesmo tempo e rindo dos casos do bar.

-... E aí elas simplesmente fizeram um cara subir no balcão e fizeram um leilão dele. - O Charlie disse. - Quanto mesmo vocês conseguiram arrecadar com o coitado?

- Cinco mil libras. - A Nicola respondeu.

- E por que vocês leiloaram o cara? - O perguntou.

- Então. Longa história, para variar. - A Nadine disse. - Ele tinha ido lá com a namorada. Que até então, era ex. E ele queria voltar. Só que ela não. Então, para fazer om que a menina percebesse o que estava fazendo, decidimos... Mostrar o que estava perdendo...

- Ai meu Deus! - A Nicola falou. - Lembra daquele dia que a estava andando pelo balcão, no dia de Natal?

Me afundei na cadeira. Claro que aquilo atiçou a curiosidade deles.

- O que aconteceu? - O perguntou e falei:

- Nada demais. Fui andando, o balcão acabou e eu continuei.

- E quando a gente foi ver... Ela estava sentada no chão, com o cabelo todo no rosto e tremendo. A primeira coisa que a gente pensou foi que ela tinha quebrado algum osso. - A Di contou. - Quando fomos ver, essa aí estava chorando de rir do próprio tombo.

- Uai, se eu chorasse ia ser pior! - Tentei me defender. - E eu sempre tomo cada tombo idiota...

- Verdade. - A Nicola falou. - Lembra daquele dia da água?

- Ai... - Respondi. - Justo no dia que a gente ia fazer uma apresentação de dança com água, inventei de usar minissaia. Tudo ia muito bem, obrigada, até que escorreguei e caí.

- E fez a alegria dos caras que estavam lá. - O comentou e neguei.

- Justamente pelo risco de esse tipo de coisa acontecer, eu estava com um short preto por baixo.

Continuamos o almoço em meio à vários outros casos e, quando terminamos, o Charlie foi convidado a ir à pizzaria no sábado.

No começo da noite, quando cheguei em casa, o Gordon e a Simone tinham saído. O tinha ido para a própria casa com a Nadine. Então, eram só eu, o e a Vivi, que estava dormindo sobre a minha cama.

- Está com fome? - Ele perguntou, antes de entrar no próprio quarto. Neguei com a cabeça. - Vou tomar banho então. Depois a gente pede alguma coisa.

- Para quê vai gastar dinheiro se tem um monte de coisa aqui? - Reclamei e ele deu de ombros. - Deixa que eu penso em alguma coisa.

Concordou e, de repente, fez uma cara de malícia. Até podia adivinhar o que ia falar.

- Não quer... Vir comigo? - Perguntou e falei, andando até ele e, parando na sua frente, comecei a brincar, distraída, com suas correntes:

- Hm... Oferta irresistível...

- Vem comigo... - Falou e por um instante, quase aceitei.

- Vamos fazer o seguinte: Depois que só nós estivermos aqui... Aceito sua oferta.

- Escuta, é impressão minha ou você está me deixando na abstinência de propósito?

Dei um meio sorriso e entrei no quarto. Depois de alguns minutos, disquei o número que eu já sabia de cor e salteado e, depois de alguns toques, o ouvi dizer, com a voz um pouco ofegante:

- Estava pensando em você agora mesmo.

- Pela voz ofegante, estou até com medo de perguntar o que estava pensando...

Riu e disse:

- Fui correr.

- Às cinco da manhã? - Perguntei e concordou.

- Me deu vontade. Mas então... A que devo a honra da sua ligação?

- Que história é essa de você estar de rolo com a ex do ? , está lembrado do que essa... Mulher, para não dizer outra coisa, aprontou com ele?

- Sim, estou. Mas ela está diferente. Eu sei disso.

- Lembra do que eu te disse sobre psicopatas?

- Estou achando que essa sua implicância é ciúmes, honestamente...

Tentei convencê-lo a ficar esperto com a tal e acabamos discutindo. Desliguei o telefone, quase atirando o aparelho longe e sentei na cama, bufando.

- O que houve? - O perguntou, de repente, me assustando. Ergui o olhar para ele, que estava usando só uma toalha presa ao quadril. Suspirei e respondi:

- Eu... Estava falando com o e briguei com ele por causa de uma besteira.

- Que besteira? - Perguntou, sério.

- Foi um mal entendido por causa de um boato que saiu na imprensa de lá. Não é algo com que você tem que se preocupar.

- Será?

- É sério que você está duvidando de mim?

Deu de ombros e disse:

- Você estava falando com o ...

Suspirei, tentando manter a calma e falei:

- Quantas vezes eu tenho que te dizer que não tem motivos para ficar com essa ciumeira desenfreada? Além de o estar do outro lado do oceano, nós dois decidimos que era melhor continuarmos como amigos. Sem falar que eu gosto dele. Mas sinto uma coisa muito mais intensa por você.

Me olhou.

- O que... Você sente por mim, então?

Suspirei.

- Eu... Não sei explicar. Não é amor ainda. Mas... É tão forte quanto. Não sei dizer se é paixão ou outra coisa. O que posso te garantir é que é muito maior do que o que sinto pelo , que é um enorme carinho. Gosto dele e admito que senti uma atração, do contrário, jamais teria me envolvido com ele por tanto tempo. Mas com você é diferente. Sempre foi. E vou ser sincera. Se você continuar duvidando de mim o tempo inteiro, falando esse tipo de coisa... Pode apostar que, além de eu não ter a menor vontade de continuar aqui, não vai mais ter nenhuma notícia minha. Ainda mais agora que o já está com outra...

Continuava me olhando fixamente.

- Me desculpa.

- Tudo bem. Mas lembra disso antes de me acusar.

Assentiu em silêncio.

No sábado à noite, estava me arrumando para sair quando ouvi uma batida na porta do quarto.

Quando terminei de fechar a sandália, ergui o olhar e vi a Simone encostada ao batente, me observando.

- Posso falar com você um instante? - Perguntou e concordei. - Percebi que você e o estão um pouco mais distantes... O que houve?

Hesitei.

- Eu não sei se devo contar para ele ou não. Eu tenho medo de que ele possa... Não digo fazer algo como sair correndo daqui, mas... Sei lá. Tenho medo por ele.

Assentiu em silêncio.

- Descobri que um amigo meu está de rolo com a... A ex do . Aquela. - Confessei. Sua expressão ficou séria.

- Não vou negar que nunca gostei dela. Por isso mesmo, conte comigo se precisar de ajuda para mantê-la afastada do .

Assenti, dando um sorriso fraco e perguntei:

- Seu santo não bateu com o dela de imediato?

Concordou. Antes de sair do quarto, porém, disse:

- De início, não tinha batido com o seu também. Acho que dá para entender, não é? As coisas mudaram quando ouvi o falando de você pela primeira vez.

- E o que ele falou?

- Que tinha conhecido a garota mais extraordinária do mundo. E que estava fazendo com que tudo voltasse como era.

- Tem problema se eu te abraçar? Deu vontade.

Rindo, esticou os braços e fui até ela.

Óbvio que não íamos à pizzaria nenhuma. Em vez disso, fomos à uma boate em Beverly Hills mesmo. De início, fiquei quieta num canto, só observando todo o lugar. Quer dizer, um olho no pessoal que dançava e outro no , que estava no bar. De repente, um cara se aproximou de mim e disse:

- Eu estava te observando de longe... Sabia que você é exatamente a garota dos meus sonhos?

Dei um meio sorriso, me virando para olhá-lo e falei:

- Olha que coisa... Sou exatamente a garota dos sonhos do meu marido. Vaza antes que eu seja obrigada a te por para correr.

- Ui, a gatinha morde...

- E realmente não tem medo de colocar um protótipo de marombado acéfalo para correr. Estou te mandando ir embora numa boa.

De repente, senti um braço sobre meus ombros e tomei um susto ao ver o ao meu lado.

- Algum problema?

- Você é casada com ele? - Perguntou, rindo descrente.

- E se for? Qual é o problema? Caça teu rumo, vai... - O disse e ergueu o queixo. Do nada, surgiu um cara tão grande quanto o folgado e pôs a mão em seu ombro, o afastando dali. O quis saber:

- Está tudo bem?

- Não ia estar se eu tivesse que usar meu par novinho de Louboutins. - Riu e perguntou:

- Por que está sozinha aqui?

- Olha o ali. - Falei, indicando o bar com o queixo. Tinha uma garota com um vestido que mais parecia uma blusa, se esfregando toda nele, que nem impedia.

- E vai deixar assim?

- Tanta boate em Los Angeles e vocês escolheram justo essa, que tem um bando de pegajoso insistente...

Riu e levantei, bufando. Parei perto da criatura e cutuquei seu ombro. Ela virou e, me olhando de cima a baixo, perguntou:

- Posso te ajudar?

- Pode. Se afasta dele. Estou num humor do cão e é melhor você não se atrever a tocar mais no meu marido. - De propósito, não olhei para ele, que tinha um leve sorriso convencido.

- Me deixa dizer uma coisa. Já que ele é seu marido, não deveria deixa-lo solto por aí.

- Obrigada pela dica. Vem, . - Falei, puxando sua mão e o levando até a pista. Parando de frente para mim, perguntou:

- Isso tudo é ciúme?

- Somado à impaciência. E talvez uma pitada de TPM. Sem falar na rabugice natural. - Respondi, sorrindo forçosamente. - E outra: Experimenta ficar saidinho demais para ver o que te acontece... Não vai pensando que porque é seu aniversário que vou perdoar.

- Eu sei que é clichê, mas... Já te disseram que você fica ainda mais linda brava desse jeito?

Revirei os olhos e falei:

- Quer saber? Vem comigo.

Tão logo conseguimos passar pela multidão, fui atrás de um canto mais reservado e, assim que o encontrei, literalmente, coloquei o contra a parede e, sem dar qualquer chance, o beijei.

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